Ações da Diageo sobem 7% com notícia sobre possível oferta de sócios da 3G

Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira estão nos estágios iniciais dos estudos de uma oferta pela Diageo, disse a revista Veja em sua coluna Radar na sexta-feira

Reuters

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LONDRES (Reuters) – As ações da produtora de destilados Diageo avançavam cerca de 7 por cento nesta segunda-feira, reagindo à notícia de que o bilionário Jorge Paulo Lemann e seus sócios na empresa de private equity 3G Capital estariam considerando uma potencial oferta para comprar a empresa.

Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira estão nos estágios iniciais dos estudos de uma oferta pela Diageo, disse a revista Veja em sua coluna Radar na sexta-feira, sem dizer como obteve a informação.

Os três ajudaram a transformar a Anheuser Busch InBev na maior cervejaria do mundo. Eles realizaram posteriormente aquisições alavancadas do Burger King e da Heinz e agora estão fundindo a Heinz com a Kraft Foods.

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Mas uma aquisição alavancada da Diageo seria a maior na história e muito além de tudo que a 3G já fez, disseram analistas da Jefferies, que estimaram que a empresa responsável pela compra teria que levantar um capital de 73 bilhões de dólares, assumindo um prêmio de 30 por cento em relação ao preço dos papéis da Diageo e uma alavancagem de seis vezes.

“O que pode ser mais provável é que a 3G estude apoiar uma investida pela Diageo por parte da AB InBev, na qual Lemann e Telles têm fatias substanciais”, disse a Jefferies, acrescentando que a AB InBev pode ver sinergias em vender cerveja e destilados.

A Diageo, fabricante do uísque Johnnie Walker, do gim Tanqueray e da cerveja Guinness, se recusou a comentar a notícia e a Reuters não confirmou de forma independente a reportagem. Um porta-voz baseado em Nova York da 3G não foi encontrado imediatamente para comentários fora do horário comercial.

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A AB InBev, sediada na Bélgica, que também não estava disponível imediatamente para comentar, faz aquisições com frequência e é há tempos alvo de rumores de que estaria analisando a cervejaria rival SABMiller.

A Diageo é menor que a SABMiller, o que facilitaria o pagamento de um acordo, e também ofereceria oportunidades de melhoria de margens por meio de cortes de custos, disseram analistas da Bernstein, acrescentando que também há partes da Diageo que poderiam ser vendidas para repagar dívidas.

(Por Martinne Geller)