Ações da BRF (BRFS3) fecham em queda de 7,11% após Goldman cortar recomendação de neutra para venda

Inflação de custos, demanda "suave" e competição intensa foram fatores apontados para a redução nas projeções; preço-alvo também foi cortado

Equipe InfoMoney

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O Goldman Sachs reduziu a recomendação para as ações da BRF (BRFS3) de neutra para venda, com o preço-alvo sendo reduzido de R$ 21,40 para R$ 14,50, uma queda de 10,5% em relação ao fechamento desta segunda-feira (11).

Em um dia também negativo para o setor, os papéis BRFS3 se destacaram entre as perdas, com baixa de 7,11% a R$ 16,20.

“Embora reconhecendo o potencial de crescimento de longo prazo, o forte valor da marca Sadia e Perdigão, e a qualidade dos ativos operacionais, notamos que o impulso dos lucros perdeu força e acreditamos que isso pode pesar no desempenho da ação nos próximos 12 meses”, explicam os analistas.

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Além disso, o banco elenca outros fatores como a inflação de custos, que não está mostrando sinais de normalização, o cenário ruim para o consumo doméstico, o espaço limitado para o repasse dos preços, com consumidores já optando por categorias de proteínas mais baratas, e a concorrência intensa.

Na avaliação dos analistas do Goldman Sachs, o cenário externo também traz riscos para a empresa, primeiro porque a normalização do rebanho de animais domésticos na Ásia levou os preços da carne suína para níveis estruturalmente mais baixos, o que pode afetar o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) da BRF.

Há ainda o efeito câmbio, já que o real se valorizou 4,7% em relação ao dólar no primeiro trimestre. A estimativa da Goldman é de um Ebitda de R$ 5,1 bilhões para a BRF neste ano, um valor 13% abaixo do consenso Bloomberg.

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Os analistas esperam que a empresa feche o ano com uma alavancagem de 2,9 vezes– próxima da zona de conforto de 3 vezes da gestão da companhia, a despeito da oferta de ações recente, no valor de R$ 5,4 bilhões.

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