Ações da Yduqs desabam 7,5% após resultado; BR Distribuidora cai 3% e Sanepar despenca 6%, enquanto bancos sobem

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira (27)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa fechou estável, entre o cenário mais positivo no exterior com as sinalizações do Federal Reserve e o ambiente interno de maior cautela em meio ao risco fiscal.

Os investidores iniciaram a sessão atentos principalmente à fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que afirmou hoje no simpósio de Jackson Hole que a autoridade monetária americana deve buscar uma inflação em média de 2% ao longo do tempo. Por aqui, os investidores seguem monitorando o noticiário político, com a tentativa de Paulo Guedes, ministro da Economia, de encaixar o programa Renda Brasil no orçamento.

Entre os destaques de ações, a BR Distribuidora (BRDT3, R$ 21,02, -3,27%) viu as suas ações caírem mais de 3% após a (PETR3, R$ 22,65, -0,48%;PETR4, R$ 22,15, -0,32%) anunciar a aprovação da venda de participação remanescente de 37,5% detida na companhia, o que pode gerar uma pressão de curto prazo sobre as ações.

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Enquanto isso, as ações da estatal de petróleo fecharam perto da estabilidade. No mercado de petróleo, o contrato do WTI para outubro fechou em queda de 0,81%, a US$ 43,04 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês caiu 1,21%, a US$ 45,09 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Investidores destacaram o fato de que o furacão que passou pelo Golfo do México não havia causado os estragos temidos sobre a infraestrutura de companhias do setor na região.

O Commerzbank afirmou que nem o furacão conseguiu tirar o mercado de petróleo “de seu estado letárgico”, apontando que furacões no Golfo do México têm influenciado mais o mercado de gás do que o do petróleo.

A maior queda do índice, contudo, ficou com a ação da Yduqs (YDUQ3, R$ 27,71, -7,48%) após a divulgação do resultado do segundo trimestre. A empresa de educação teve um prejuízo de R$ 79,5 milhões no segundo trimestre, revertendo lucro de R$ 194,8 milhões obtido no mesmo trimestre do ano passado, com o resultado sendo impacto pela pandemia do novo coronavírus.

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Fora do índice, quem caiu forte foi a unit da Sanepar (SAPR11, R$ 26,73, -6,21%) após o governo do Paraná pedir suspensão do reajuste de tarifa aprovado pela agência reguladora do estado.

Por outro lado, após a queda de cerca de 2% da véspera,  Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 24,18, +1,64%), Bradesco (BBDC3, R$ 19,56, +2,09%; BBDC4, R$ 21,04, +1,50%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 32,75, +0,92%) e Santander Brasil (SANB11, R$ 28,82, +1,48%) tiveram uma sessão de recuperação.

As ações da Vale (VALE3, R$ 60,79, -1,55%), que chegaram a registrar ganhos no início da sessão, fecharam em queda acompanhando o minério. A commodity teve baixa – o de Qingdao teve queda de 1,7% – após a BHP, maior mineradora do mundo, alertar que oferta deve aumentar, moderando os preços. Já a CSN (CSNA3, R$ 14,95, +2,33%) fechou a sessão com ganhos; na véspera, a companhia informou que estuda o IPO da sua unidade de mineração. Também entre as maiores altas, destaque para as aéreas Gol (GOLL4, R$ 18,30, +4,27%) e Azul (AZUL4, R$ 22,37, +3,61%), monitorando as discussões sobre a vacina contra o coronavírus.

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A ação da Tecnisa (TCSA3, R$ 11,88, -7,11%), por sua vez, fechou com fortes perdas, mas ainda acumula alta de 4,85% na semana. Hoje, a Coluna do Broadcast, do Estadão, destacou que o empresário e fundador da Tecnisa, Meyer Nigri, estabeleceu uma estratégia contra a tentativa de compra pela Gafisa (GFSA3, R$ 5,03, -4,37%), notícia essa que vinha impulsionando os papéis.

Confira os destaques:

Vale (VALE3, R$ 60,79, -1,55%)

O Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais e outros órgãos estaduais e nacionais pediram ontem à Justiça para que a Vale seja condenada a pagar R$ 54 bilhões em indenizações pela tragédia de Brumadinho, de acordo com o Valor Econômico.

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Deste total, os procuradores solicitam o bloqueio imediato de R$ 26 bilhões. O rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em janeiro do ano passado, deixou 259 pessoas mortas. Onze ainda estão desaparecidas.

A Vale informou que teve conhecimento da informação e destacou que não se trata de nova ação civil pública, mas de pleitos na ação em andamento desde janeiro de 2019. “A Vale não teve conhecimento formal dos pedidos formulados e se manifestará a seu respeito nos autos daqueles processos, no prazo estipulado pelo Juiz”, afirmou a empresa.

Segundo o Itaú BBA, a Vale tem atualmente R$ 11 bilhões em garantias e depósitos judiciais. O banco explicou que um juiz vai tomar uma decisão sobre o pedido antes que os recursos sejam congelados. Na visão do BBA, a notícia é negativa, mas deve ter impactos limitados na liquidez de curto prazo, caso a ocorra uma decisão desfavorável.

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Além disso, o banco acredita que o valor parece exagerado, considerando o valor de US$ 1,4 bilhão envolvido desde 2019 para acordos e doações, além dos US$ 3,4 bilhões adicionais que estão provisionados. “Mesmo assim, o evento traz incertezas legais, que costumam ser um ponto de preocupação, principalmente para investidores estrangeiros.”

Yduqs (YDUQ3, R$ 27,71, -7,48%)

A Yduqs teve um prejuízo de R$ 79,5 milhões no segundo trimestre, revertendo lucro de R$ 194,8 milhões obtido no mesmo trimestre do ano passado. A receita avançou 3,5% para R$ 991,1 milhões. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) caiu 67,5%, para R$ 111,2 milhões.

Segundo o Morgan Stanley, o resultado ficou abaixo do esperado devido ao efeito da Covid-19 nas receitas e margens, que foi além das expectativas. Em relatório, o banco destacou que o ticket médio de R$ 477 caiu 13% na comparação anual devido a concessão de descontos. As receitas de R$ 991 milhões ficaram 8% abaixo das estimativas do banco devido a concessão de bolsas e descontos.

Na ponta positiva, o destaque do balanço foi o melhor guidance de sinergias com a Adtalem, que foi ampliado para R$ 170 milhões a R$ 200 milhões até 2024. Na ocasião da compra, a previsão era de R$ 80 milhões.

“A empresa já capturou R$ 27 milhões e espera extrair 70% a 80% das sinergias totais até 2021.” De acordo com o Morgan Stanley, a empresa tem exposição a três temas importantes em 2020: ensino à distância, medicina e fusões e aquisições.

Já o Credit Suisse avaliou que a queda de 2,2% nos alunos presenciais foi relativamente pequena em relação à crise da Covid-19. Ao mesmo tempo, o número de alunos à distância avançou 51% na comparação anual, em linha com os objetivos da empresa.

Segundo o Credit, a deterioração do ensino presencial é uma continuação de uma tendência prévia, que foi apenas agravada pela Covid. “Estes efeitos adversos, progressivamente compensados pelo ensino à distância e crescimento de medicina, já estão nas nossas projeções para Yduqs.” O rating do Credit Suisse para o papel é Outperform.

O Itaú BBA destacou a queda “significativa” do Ebitda, afetado por itens não-recorrentes relativos à pandemia, como dívidas e provisionamentos. Ajustado por estes itens, o Ebitda teria sido de R$ 36,7 milhões, queda anual de 4,5%. O banco avalia que os fundamentos da empresa seguem intactos.

Vivara (VIVA3, R$ 23,04, +0,92%)

A Vivara fechou o segundo trimestre de 2020 com prejuízo de R$ 1,6 milhão, revertendo o lucro de R$ 157 milhões apurado no mesmo período de 2019.

Os resultados da Vivara no segundo trimestre de 2020 foram pressionados pela crise desencadeada pelo COVID-19, com as vendas no conceito mesmas lojas em queda de 55,0% na base anual, apesar de parcialmente suportadas pelo crescimento de 387% na base anual no e-commerce da companhia, que representou 63,9% das vendas no trimestre (versus 5,8% em igual período de 2019).

“Apesar dos números fracos, conforme esperado, o resultado veio acima das nossas expectativas e do consenso de mercado. Além disso, acreditamos que a sinalização de uma retomada acelerada ao longo do trimestre deva minimizar as preocupações em relação aos resultados de curto prazo da companhia”, afirma a equipe de análise da XP Investimentos, que mantém recomendação de compra para os ativos, com preço-alvo de R$ 30 para o final de 2020.

Pedro Fagundes, analista da XP, ressalta ainda que a Vivara retomou as compras de matéria prima para recomposição dos estoques de ouro e prata. “Apesar da alta significativa do custo dos metais, acreditamos que a companhia tenha capacidade de preservar sua rentabilidade por meio de (i) um maior poder de precificação, em função da verticalização, e (ii) flexibilidade em relação a potenciais mudanças do mix de vendas e/ou ajustes na composição das coleções”, aponta.

BR Distribuidora (BRDT3, R$ 21,02, -3,27%)

A Petrobras aprovou a venda de participação remanescente de 37,5% detida pela estatal na BR Distribuidora.

Segundo a Petrobras, a transação ocorrerá por meio de uma oferta pública secundária de ações (follow on), cujo lançamento será definido posteriormente. A operação está sujeita a condições de mercado, aprovação de órgãos internos da petroleira e análise da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e outros órgãos reguladores.

A BR Distribuidora foi privatizada em julho do ano passado. Na ocasião, a Petrobras reduziu sua participação na companhia de 71,25% para os atuais 37,5%.

Os analistas do Credit Suisse apontam que o desinvestimento era esperado, mas o anúncio pode afetar o desempenho das ações devido à entrada de mais papéis no mercado. Eles reforçam, contudo, que a BR Distribuidora continua a ser a top pick do setor de distribuição.

Já o Bradesco BBI aponta que uma boa janela para a oferta será o período pós resultados do terceiro trimestre, já que a BR deve reportar resultados menos poluídos pelo Covid-19, o que pode ser positivo para o preço das ações. “Para a BR Distribuidora, a oferta deve ser positiva em termos de governança, pois espera-se que haja redução da influência indireta de futuros governos na empresa”, avaliam os analistas.

Ontem, a BR Distribuidora informou que vai distribuir R$ 601,65 milhões em juros sobre capital próprio e parcela dos dividendos que compõem o dividendo mínimo obrigatório referente ao exercício de 2019.

Sanepar (SAPR11, R$ 26,73, -6,21%)

A Sanepar comunicou que o Governo do Paraná enviou nota para a imprensa informando que vai pedir a suspensão da revisão das tarifas de água e esgoto autorizadas pela Agência Reguladora do Paraná (Agepar), e que passariam a vigorar a partir de novembro.

O requerimento será encaminhado ao órgão regulador pela Procuradoria Geral do Estado e sustentará que o reajuste compromete ainda mais o orçamento doméstico de grande parte da população, que já convive com a queda de renda em razão dos efeitos adversos da pandemia do novo coronavírus sobre o mercado de trabalho e também por causa da calamidade hídrica.

No dia 25 de agosto, a agência reguladora autorizou reajuste tarifário de 9,6% a partir de 31 de outubro, o que fez com que as ações fechassem a sessão daquela data em forte alta.

Conforme aponta o Credit Suisse, a notícia é negativa, pois o estado controla a Sanepar. “Embora a agência reguladora não seja obrigada a suspender as tarifas (e tenha aprovado corretamente o aumento), a governança não é clara sobre a empresa”, afirmam os analistas.

Destaque ainda para o relatório do Bradesco BBI sobre o setor de saneamento. Antes do anúncio, os analistas do banco tinham revisado as perspectivas para o setor, com recomendação outperform e preço-alvo para 2021 de R$ 40. para a unit, destacando o valuation e justamente o recente anúncio de um reajuste tarifário para 2020, que vinha sendo adiado desde maio. O valuation EB/RAB (EV = enterprise value, ou valor de mercado + dívida líquida; RAB = base de ativos regulatórios) é de 0,81x, 15% abaixo da Sabesp, apontaram.

Sabesp (SBSP3, R$ 50,24, +0,06%) e Copasa (CSMG3, R$ 49,50, -1,39%)

A preferida do Bradesco BBI no setor de saneamento é a Sabesp, que teve o preço-alvo mantido em R$ 70. A valuation EB/RAB atual da empresa é de 0,95 vez, sendo que a privatização não foi precificada ainda. A recomendação para empresa é Outperform.

Em relação à Copasa, o novo preço-alvo é de R$ 64, com o menor potencial de alta dentre as empresas do setor. O rating é neutro. Segundo o banco, a empresa tem múltiplo EV/RAB de 0,77 vez, 19% abaixo da Sabesp, devido à ausência de progressos em Minas Gerais referentes à privatização.

Tecnisa (TCSA3, R$ 11,88, -7,11%) e Gafisa (GFSA3, R$ 5,03, -4,37%)

A Tecnisa informou que o Bergamo Fundo, do qual a Gafisa detém a totalidade das cotas, atingiu a participação acionária agregada de 3.848.458 ações ordinárias de emissão da companhia,  correspondentes a 5,23% do total de ações ordinárias emitidas.

Vale destacar que, na véspera, o Bergamo pediu a convocação de duas assembleias extraordinárias de acionistas da Tecnisa para avançar com a proposta de fusão da incorporadora com a Gafisa.

Ainda no radar das companhias, a Coluna do Broadcast, do Estadão, destacou que o empresário e fundador da Tecnisa, Meyer Nigri, estabeleceu uma estratégia contra a tentativa de compra pela Gafisa.

Com 24% da empresa, Nigri se associou a um grupo de acionistas e juntos passaram a deter a participação de 33%. O objetivo foi ter um muro de contenção contra a oferta hostil de aquisição desenhada pela Gafisa, isto é, contra a vontade do fundador.

Pelo acordo de acionistas fechado nesta semana, todos se comprometem a não vender os papéis da Tecnisa e a votar de forma unificada nas assembleias que irão deliberar sobre uma possível combinação de negócios entre as duas incorporadoras, conforme proposta formulada pela Gafisa. Além disso, a administração da Tecnisa publicou um longo comunicado recomendando a todos os seus acionistas a não aprovação dos itens propostas pela Gafisa.

Telebras (TELB3, R$ 150,10, -7,33%;TELB4, R$ 37,21, -2,97%)

A Telebras divulgou uma atualização da projeção da receita operacional bruta para 2020. Em fato relevante, a empresa informou que a nova projeção é de R$ 330,62 milhões, queda de 13,8% em relação ao valor projetado anteriormente.

A mudança se deve ao resultado obtido no primeiro semestre, que ficou aquém do esperado. A empresa obteve R$ 157,72 milhões de receita operacional bruta, quando esperava R$ 173,76 milhões.

Helbor (HBOR3, R$ 12,31, -3,75%)

O conselho de administração da Helbor aprovou a venda de ativos para a HBR no valor de R$ 132,14 milhões. De acordo com a companhia, a operação englobou 18 ativos da Helbor, incluindo unidades prontas, quotas de SPEs e frações ideais de imóveis.

A Helbor declarou que as transações vão melhorar o seu fluxo de caixa de curto prazo, bem como seus resultados nos empreendimentos envolvidos. De acordo com a companhia, a expectativa é que a venda reduza a exposição de caixa e o endividamento da Helbor, além de aumentar as suas margens devido à valorização dos ativos. Além disso, a empresa destacou que a HBR tem larga experiência em projetos desta natureza.

Eletrobras (ELET3, R$ 36,06, -0,93%;ELET6, R$ 36,53, -1,06%)

Em nova tentativa de agilizar a privatização da Eletrobras, o governo quer que um senador apresente um “projeto clone” da proposta enviada pelo Executivo ao Congresso no ano passado, segundo o Estado de S.Paulo.

A estratégia busca inverter a ordem de tramitação do texto, começando pelo Senado para depois seguir para a Câmara. Isso porque o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já afirmou que prefere deixar as discussões sobre o tema para 2021.

Marfrig (MRFG3, R$ 17,87, -1,11%)

A Marfrig iniciou as vendas de uma nova linha de produtos bovinos obtidos a partir de animais originários de propriedades sustentáveis, informou a empresa. A nova linha de carne bovina carbono neutro será comercializada sob a marca Viva. inicialmente, será distribuída apenas no Brasil.

A iniciativa foi desenvolvida em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ela envolve o gado criado em fazendas nas quais as emissões de metano dos animais são neutralizadas pelo cultivo de florestas ou produções agrícolas, segundo o comunicado.

Lojas Renner (LREN3, R$ 42,69, -0,72%)

O Credit Suisse reduziu o preço-alvo para as ações da Lojas Renner de R$ 55 para R$ 48, mantendo recomendação neutra para os papéis, ao revisarem as estimativas para a varejistas. Victor Saragiotto e Pedro Pinto, analistas do banco, reduziram as expectativas de lucro líquido de 2021 e 2022 em 34% e 23%, respectivamente.

“Apesar de melhorar gradualmente, os números de 2021 serão abaixo do potencial total, com vendas por loja caindo em relação aos níveis do ano passado”, apontam, avaliando que o papel parece estar no preço justo, negociando a múltiplo de preço sobre o lucro de 33 vezes esperado para 2021.

O cenário é de melhora gradual uma vez que (1) quase todas as lojas já foram reabertas, (2) a nova coleção vai entrar com preço cheio em setembro, o que ajuda a suportar uma margem bruta sequencial melhor e (3) o portfolio da Realize deve retomar o crescimento entre setembro e outubro.

Olhando pra frente, eles acreditam que a companhia terá boas oportunidades de crescimento, mas a empresa não está imune aos desafios impostos pela Covid-19, como eventual redução do tráfego de pessoas em shopping e a deterioração do cenário macro. Há esforços para acelerar as vendas online, mas a Lojas Renner ainda tem uma menor exposição ao e-commerce, o que pode levar a um desempenho de receita mais fraco em bases relativas.

Guararapes (GUAR3, R$ 17,96, +1,35%)

A Guararapes vai emitir 700 mil debêntures simples, no valor de R$ 700 milhões. O montante de R$ 200 milhões é referente à primeira série, e os R$ 500 milhões restantes serão referentes à segunda série.

MRV (MRVE3, R$ 18,18, -1,94%)

A MRV informou que o conselho de administração a emissão de R$ 500 milhões em debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única.

Hypera (HYPE3, R$ 32,41, -0,28%)

A Hypera também anunciou a emissão de debêntures. A operação vai somar R$ 735 milhões em duas séries.

Magazine Luiza (MGLU3, R$ 91,98, +2,03¨%)

A Superintendência do Cade aprovou a compra da Inloco pelo Magazine Luiza sem restrições, segundo despacho que consta no Diário Oficial desta quinta-feira.

JBS (JBSS3, R$ 23,10, -1,07%)

O Morgan Stanley revisou suas expectativas sobre a JBS, elevando o preço-alvo de R$ 33 para R$ 36. Em relatório, o banco reiterou o rating Overweight para o papel, em meio a uma perspectiva para o mercado global de milho e soja, somada à expectativa de altas margens para carne bovina e suína, principalmente nos Estados Unidos, no segundo semestre. O banco acredita na recuperação mais rápida do negócio de frango da JBS nos Estados Unidos, e destacou que as previsões são positivas para o negócio de carne bovina no país.

SLC (SLCE3, R$ 24,40, -1,33%)

A expectativa do Morgan Stanley para a ação da SLC Agrícola foi rebaixada devido à dinâmica de oferta e demanda do mercado de grãos e de algodão. “Com os preços sob pressão, acreditamos que o prêmio da ação atual não é sustentável”, afirmou em relatório. O preço-alvo para o papel passou de R$ 21 para R$ 20, enquanto a recomendação para os ativos segue underweight (exposição abaixo da média do mercado)

Rumo Logística (RAIL3, R$ 22,54, +1,08%)

Já no caso da Rumo, o Morgan avalia que os preços baixos de grãos não representam um cenário negativo. Em reais, o preço do milho está 55% acima da média de 2019, enquanto o preço da soja está 47% acima. Com isso, os produtores rurais brasileiros estão muito lucrativos atualmente, e não devem ser prejudicados com a queda de preços que é esperada pelo banco.

O Morgan destacou que mais de metade de safra de 2020/21 está vendida, e a área plantada deve aumentar 5%. Por isso, a área de transporte de grãos deve ter bons resultados no segundo semestre de 2020 e em 2021. A recomendação é overweight para os ativos.

Aura Minerals (AURA32, R$ 64,50, -0,77%)

A Aura Minerals entrou com pedido para oferta de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) equivalente a 2,1 milhões de ações.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.