Acima dos 119 mil pontos, Ibovespa tem melhor fechamento em mais de seis meses; dólar cai para R$ 4,83

O destaque de alta ficou com varejistas e ações de tecnologia, diante de uma queda nos juros futuros

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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A bolsa brasileira manteve a tendência de alta e registrou o sétimo dia seguido de ganhos nesta quinta-feira (24), acompanhando o movimento altista dos principais índices de Nova York. Pouca coisa mudou no cenário da guerra na Ucrânia e a comunidade internacional aumentou sanções contra a Rússia. A entrada de capital estrangeiro no país também impulsionou o índice para cima.

O Ibovespa fechou em alta de 1,36%, aos 119.052 pontos, maior pontuação desde setembro do ano passado, após oscilar entre 117.150 e 119.256 pontos. O volume financeiro foi de R$ 32,8 bilhões.

Os destaques positivos ficaram com as ações da Banco Inter (BIDI11), que subiram 10,12%, seguidas pela Magazine Luiza (MGLU3) e Méliuz (CASH3), com ganhos de 10% e 9,05%, respectivamente.

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“Com os juros futuros em queda, o contexto é favorável e estimula a alta dos papéis de varejo e tecnologia”, explica Ativa Investimentos.

As ações da Locaweb (LWSA3) e Hapvida (HAPV3) foram os destaques negativos da sessão, recuando, respectivamente, 7,05% e 4,92%, seguidas pela Petrorio (PRIO3), que recuou 4,50%.

Após o número de beneficiários e o ticket médio do último resultado virem abaixo do esperado pelo mercado, as ações da Hapvida fecharam no vermelho. Já as ações da Locaweb caíram após os custos de suas aquisições pressionarem prejuízo no último resultado.

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Enquanto isso, os papéis da Petrorio caíram em meio ao recuo do petróleo no mercado internacional, quando os EUA e seus aliados discutiram uma possível liberação coordenada de petróleo do armazenamento para ajudar a acalmar os mercados de energia após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

O dólar manteve a trajetória de baixa e fechou outra sessão no vermelho. A divisa americana à vista caiu 0,25%, a R$ 4,832, após oscilar entre R$ 4,765 e R$ 4,857.

Segundo Fernando Bresciani, analista de investimentos do AndBank, a valorização do real acontece em função da forte entrada de capital estrangeiro no país.

No after market, às 17h08, a curva de juros recuava em bloco: DIF23, -0,92 pp, a 12,86%; DIF25, -2,89 pp, a 11,74%; DIF27, -2,36 pp, a 11,57%; DIF29, -2,17 pp, a 11,71%.

A queda dos juros futuros repercute o tom dovish do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e da entrevista de Campos Neto, que reiteraram a mensagem da ata da última reunião do Copom.

Em Wall Street, os principais índices recuperaram algumas de suas perdas da sessão anterior, à medida que a queda nas reivindicações de seguro-desemprego aumentou a confiança na recuperação econômica dos EUA em meio a ventos contrários, como a guerra Rússia-Ucrânia e taxas de juros mais altas.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego na semana passada totalizaram 187 mil, o nível mais baixo desde 1969, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.

O índice Dow Jones subiu 1,02%, aos 34.707 pontos. O S&P 500 avançou 1,43%, aos 4.52 pontos, enquanto o Nasdaq teve alta de 1,93%, aos 14.191 pontos.

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