Ação do Méliuz (CASH3) fecha com salto de 10% após BofA elevar recomendação para compra

Analistas do banco americano veem o valuation atual como um ponto de entrada atrativo; contudo, preço-alvo foi reduzido de R$ 9 para R$ 7,20

Lara Rizério

Méliuz (Foto: Divulgação/Facebook)

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SÃO PAULO – As ações do Méliuz (CASH3) foram o destaque do Ibovespa na sessão desta quinta-feira (18), fechando com salto de 10,22%, a R$ 4,10.

A alta dos papéis vem na esteira da elevação de recomendação do ativo da companhia de neutro para compra pelo Bank of America, ainda que o preço-alvo tenha sido cortado de R$ 9 para R$ 7,20, o que ainda configura um potencial de valorização de 75,6% em relação ao fechamento desta sessão.

Os analistas Fred Mendes, Mirela Oliveira e Gustavo Tiseo apontam que, quando iniciaram a cobertura para a ação, a tese era de que o valuation estava esticado, com um múltiplo entre o valor da firma e as vendas esperado para 2022 de 13 vezes e que o curto prazo seria de maior pressão considerando a expansão da empresa e a mudança em relação à estratégia de serviços financeiros.

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“Embora sigamos com a nossa visão de que o quarto trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022 devam estar sob pressão, vemos o valuation atual como um ponto de entrada atrativo”, avaliam os analistas.

Para Mendes, Mirela e Tiseo, a empresa teve uma expansão rápida desde a abertura de capital em novembro de 2020. “Vemos o Méliuz como mais forte hoje, com um histórico de execução breve, mas forte, junto com M&A (fusões e aquisições) e mais talentos adicionados à equipe. Acreditamos que o Méliuz se moveu na direção certa ao lançar seu próprio cartão, apesar da pressão de curto prazo e de algum risco maior”, complementam.

A parceria com o Banco Pan na área de serviços financeiros, avaliam os analistas, foi um dos principais contribuintes para o forte desempenho do Méliuz. “Porém, por ter um espírito empreendedor e com foco no médio e longo prazo, o Méliuz decidiu lançar um cartão próprio por meio da aquisição do Banco Acesso. O cartão será lançado em janeiro e, embora precise de alguns meses de testes, achamos que pode ser uma virada de jogo. Acreditamos que isso pode impulsionar os números do segundo semestre de 2022, ao mesmo tempo que abre caminho para mais produtos”, avaliam.

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Além disso, a empresa passou de cerca de 140 funcionários em seu IPO para cerca de 800 em 21 de setembro – e por volta de 400 excluindo fusões e aquisições. “Acreditamos que essa rápida expansão traz diversos desafios principalmente relacionados à sua cultura. Porém, a maior parte da expansão já aconteceu e hoje vários de seus novos funcionários estão trabalhando em novos produtos que ainda não geram receita”, destacam.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.