Ação da Qualicorp sobe 6% com Rede D’Or elevando fatia; shoppings avançam, IRB cai 4% e Weg recua 6% após resultado

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (21)

Lara Rizério

Fábrica da Weg (Divulgação)

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SÃO PAULO – As ações da Weg (WEGE3, R$ 78,40, -6,16%) abriram com ganhos que chegaram a ser superiores a 4% em meio aos resultados positivos para a companhia no terceiro trimestre. Contudo, os papéis amenizaram a alta e viraram para perdas durante a sessão, fechando com a maior queda do Ibovespa na sessão (veja a análise clicando aqui).

Quem também abriu com ganhos foi o IRB (IRBR3, R$ 6,83, -3,80%), depois dos dados apresentados sobre o mês de agosto mostrando tendência de melhora nos números e com ação civil pública extinta pela Justiça, mas a ação também passou a cair durante a tarde.

Quem registrou avanço, ainda que menores com relação à abertura, foi a ação da Qualicorp (QUAL3, R$ 34,37, +5,75%). O papel chegou a subir 11,38% após a notícia da Folha de S. Paulo de que a Rede D’Or deu entrada no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para pedir autorização para elevar sua participação na companhia.

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Em nota, a Rede D’Or informou que o pedido de autorização submetido à autarquia é para  elevar a sua participação minoritária na Qualicorp. “Destaca-se que ainda não há decisão da Rede D’Or acerca da realização da operação, e que a quantidade de ações a serem adquiridas, se assim decidido, dependerá das condições de mercado no(s) momento(s) de possível compra”, apontou.

Do setor de construção, EzTec (EZTC3, R$ 40,90, +3,81%) e Cyrela (CYRE3, R$ 26,96, +0,86%) também abriram com ganhos, mantidos pela primeira companhia, enquanto a segunda zerou. A EzTec apresentou seu guidance para o biênio 2020-2021, enquanto a Cyrela apresentou sua prévia operacional do terceiro trimestre.

A ação da Petrobras (PETR3, R$ 20,17, -0,05%; PETR4, R$ 20,16, -0,10%) caiu em um novo dia de baixa para o petróleo, com os contratos futuros do brent e do WTI em baixa de mais de 3% depois que um aumento surpreendente nos estoques de petróleo dos EUA alimentou as preocupações sobre um excesso de oferta global e um aumento nos casos globais de COVID-19 alimentou temores de uma lenta recuperação da demanda de petróleo.

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Entre as maiores altas do índice ficou a ação da Braskem (BRKM5, R$ 24,35, +4,73%), com ganhos de quase 5%. Na véspera, a ação subiu quase 3% após o Santander elevar a recomendação para o ativo de manutenção para compra, com novo preço-alvo de R$ 28 para o fim de 2021.

De acordo com os analistas, a ação ainda não precifica os seguintes ventos favoráveis de curto prazo, o que poderia levar a resultados acima do consenso, com spreads maiores, devido a custos mais baixos da nafta, preços sólidos e uma melhora de volume.

As empresas do setor de shopping centers também avançaram, com destaque para Multiplan (MULT3, R$ 21,97, +3,73%), Iguatemi (IGTA3, R$ 34,16, +3,33%) e brMalls (BRML3, R$ 9,71, +2,64%). O Credit Suisse destacou em relatório, após realizar conferência com o setor, que a indústria está se recuperando mais rápido do que o mercado inicialmente esperava e que investidores possam estar perpetuando um cenário pessimista demais.

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“Mesmo estando alguns trimestres ainda de distância dos níveis pré-Covid em termos de fluxo de clientes, vendas e aluguéis, os participantes do evento afirmaram que os fundamentos do setor estão inalterados e que o foco em soluções de varejo omni-channel deve apoiar a volta do setor”, avaliam.

Durante o evento, Ruy Kameyama, CEO da brMalls, destacou que a companhia continua vendo o tema de fusões e aquisições como uma avenida para destravar valor, porem em conjunto com uma estratégia onde eles continuam com sua posição de dono dos shoppings de maior potencial das regiões. Para o curto prazo, o fluxo de clientes e volume de vendas estão gradualmente voltando e, mesmo com a inadimplência subindo, as taxas de ocupação permanecem controladas.

“Com os papéis descontados comparados com niveis pré-pandemia (queda de 43% no acumulado do ano), vemos que os investidores não estão olhando ou estão subestimando a dinâmica do setor no Brasil. No mais, taxas de short (posição vendida) no setor estão próximas a níveis pré-resultados do segundo trimestre, quando notávamos um movimento bem grande de investidores cobrindo suas posições vendidas com os números vindo melhores do que esperado”, avaliam os analistas.

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As ações de Ânima (ANIM3, R$ 29,60, -4,52%) e Ser (SEER3, R$ 14,63, -6,04%) também registraram queda, em meio ao impasse sobre a aquisição dos ativos da Laureate no Brasil. A Ânima apresentou uma oferta maior pelos ativos no Brasil da Laureate e com isso o grupo norte-americano de ensino encerrou tratativas com a Ser Educacional, que receberá uma multa rescisória a ser paga pela rival brasileira.

A Ser afirmou em curto comunicado ao mercado que teve “divergência” com a Laureate em relação justamente aos termos que permitiram ao grupo norte-americano buscar ofertas melhores e que obteve liminar favorável da Justiça que mantém o acordo com a Laureate “válido e eficaz”. Segundo a Ser, a liminar tem caráter antecedente a procedimento arbitral. 

Para a Laureate, “em vez de submeter uma proposta equivalente antes do fim do prazo, a Ser informou à Laureate que conseguiu uma liminar contra o fim do acordo e que não aborda o mérito da proposta maior apresentada”. “A Laureate pretende vigorosamente fazer valer seu direito em encerrar a transação com a Ser e completar a venda das operações no Brasil sob os termos da proposta maior (da Ânima)”, acrescentou a empresa.

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Seguindo a grande volatilidade do mês de outubro, as ações de OSX (OSXB3, R$ 14,00, +66,87%) e MMX (MMXM3, R$ 14,01, +122,73%) registraram fortes ganhos após a queda da véspera. No radar das companhias, a OSX informou que o acionista Roberto Lombardi de Barros adquiriu 264.100 ações ordinárias de emissão da empresa, de modo que passou a deter participação de 8,3894% no capital social.

“O Sr. Roberto Lombardi de Barros informou que a operação realizada não objetiva alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia, nos termos do inciso II do artigo 12 da Instrução CVM nº 358/02, bem como declarou não estar vinculado a qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da companhia”, destacou a OSX.

Confira as análises e mais destaques de empresas abaixo:

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Weg (WEGE3, R$ 78,40, -6,16%)

A Weg, cuja ação tem a maior alta do Ibovespa no ano, viu seu lucro subir 54% no terceiro trimestre na base de comparação anual, para R$ 644,2 milhões.

A receita subiu 43,5%, a R$ 4,8 bilhões. No mercado externo — que corresponde a 57% do total da receita da companhia — a alta foi de 37,8% na base de comparação anual.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 935,3 milhões, alta de 61,5% sobre o mesmo período de 2019. A margem Ebitda – ou relação entre Ebitda e receita líquida – teve alta de 2,2%, a 19,5%.

A Weg afirmou que houve melhora por equipamentos de ciclo curto, em áreas como motores comerciais, tintas e vernizes e geração solar distribuída. Também houve melhora nos negócios de ciclo longo no Brasil e no exterior, em indústrias como mineração, papel e celulose, água e saneamento, óleo e gás.

Mesmo assim, a companhia afirma que não acredita que a crise causada pela Covid-19 foi superada. “Incertezas com relação à recuperação econômica mundial ainda existem e os impactos futuros em diversos segmentos da indústria podem refletir em nossos negócios”, diz o relatório.

De acordo com o Itaú BBA, a Weg reportou números excelentes no terceiro trimestre mais uma vez, desta vez incluindo um recorde de receita, Ebitda e lucro líquido. “As tendências positivas registradas no segundo trimestre persistiram no terceiro (produtos de ciclo mais longo estáveis ​​no Brasil e no exterior, cenário cambial benigno e efeitos de ajustes operacionais) e os produtos de ciclo curto recuperaram substancialmente (mais rápido no Brasil do que no exterior). Vamos monitorar se a melhoria de ciclo curto é sustentável e acompanhar a carteira de pedidos de ciclo longo (novos pedidos desaceleraram no terceiro trimestre em equipamentos eletroeletrônicos industriais). Ainda assim, nossa opinião é positiva sobre o papel”, apontam os analistas do banco.

A empresa havia anunciado na noite de terça-feira (20) a renúncia do diretor de Finanças e Relações com Investidores da companhia, Paulo Geraldo Polezi. De acordo com comunicado, Polezi deve deixar a empresa em 13 de novembro. O cargo será acumulado temporariamente por André Luis Rodrigues, atual diretor administrativo e financeiro.

Petrobras (PETR3, R$ 20,17, -0,05%; PETR4, R$ 20,16, -0,10%)

A Petrobras informou na terça-feira que a produção de petróleo no Brasil no terceiro trimestre cresceu 2,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 2,952 milhões de barris. A alta foi de 5,6% frente ao segundo trimestre.

A empresa citou a “normalização da produção das plataformas que haviam sido paradas em função da Covid-19 no segundo trimestre”, e elevou sua meta de produção média para 2020, para 2,84 milhões de barris de óleo por dia.

De acordo com o Credit Suisse e a XP Investimentos, os números foram positivos, com o Credit destacou os resultados positivos de vendas de produtos, como gasolina, tendo alta de 33% na comparação sequencial e apenas um pouco abaixo (1%) frente os níveis de 2019.

Já a XP destaca: “a Petrobras forneceu um guidance de produção para 2020 de produção total de 2,84 mboed (milhões de barris de óleo equivalente ao dia) e 2,28 mbpd (milhões de barris ao dia) de produção de petróleo, que se compara às nossas estimativas de 2,90 mboed e 2,34 mbpd, respectivamente”.

A expectativa é de que o resultado do terceiro trimestre será significativamente melhor em relação ao segundo, refletindo uma elevação da produção de petróleo de 6,6% em comparação ao trimestre anterior, somada a uma maior taxa de utilização do parque de refino, estimada em 83% com base nos dados da ANP. “Além disso, evidentemente destacamos os maiores preços médios de petróleo Brent no terceiro trimestre de US$ 43,31 o barril comparados a US$ 33,29 o barril no segundo trimestre”, aponta a XP.

Além disso, a empresa aumenta a partir desta quarta em 5% o preço do GLP (gás liquefeito de petróleo).

IRB (IRBR3, R$ 6,83, -3,80%)

A resseguradora IRB Brasil Re informou nesta terça-feira que teve prejuízo líquido de R$ 65,4 milhões em agosto. Excluindo o impacto de negócios descontinuados, teria tido lucro de R$ 73,8 milhões.

Segundo a companhia, os prêmios emitidos atingiram R$ 697,6 milhões, mesmo nível de agosto de 2019. No exterior, o alta foi de 11,7%, enquanto no Brasil houve queda de 9,4%.

A despesa de sinistro no mês foi de 593,8 milhões de reais. O índice de sinistralidade, que mede quanto as despesas com pagamento de indenizações representou da receita, atingiu 89,6%, após ter atingido 108% no primeiro semestre. Excluídos sinistros de negócios descontinuados, o índice de agosto ficou em 56%.

Ainda de acordo com o IRB, seu resultado de subscrição foi negativo em R$ 99,3 milhões, refletindo a sinistralidade dos negócios descontinuados no valor de R$ 263,1 milhões.

No mês passado, o IRB havia reportado prejuízo líquido de R$ 62,4 milhões para julho, reduzindo o prejuízo de R$ 292,6 milhões um mês antes.

Segundo o Credit Suisse, os números foram positivos e têm mostrado melhora sequencial. A sinistralidade ficou em cerca de 90% – ou 56% excluindo as operações descontinuadas. A sustentabilidade do índice de sinistralidade continua sendo uma questão chave, avaliam os analistas.

Ainda em destaque, a companhia comunicou nesta quarta-feira que juíza da 2ª Vara Empresarial e de Conflitos de Arbitragem do Tribunal de Justiça de São Paulo extinguiu, sem resolução de mérito, a ação civil pública ajuizada pelo Instituto Ibero-Americano da Empresa contra a companhia.

A ação envolvia eventual necessidade da resseguradora apresentar garantia de R$ 1 bilhão para ressarcir acionistas devido às fortes perdas das ações da companhia neste ano.

“A referida decisão encerra a discussão judicial travada no âmbito da ACP acerca da necessidade de a companhia oferecer garantia no valor de 1 bilhão de reais”, afirmou em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Qualicorp (QUAL3, R$ 34,37, +5,75%)

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a Rede D’Or deu entrada no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para pedir autorização para elevar sua participação na Qualicorp. Há pouco mais de um ano, o grupo hospitalar se tornou o principal acionista da Qualicorp e hoje tem 12% do capital da empresa, que é a maior administradora de planos de saúde por adesão do Brasil. A companhia também vinha fazendo outras aquisições e se prepara para abrir capital.

Em nota, a Rede D’Or informou que o pedido de autorização submetido à autarquia é para elevar a sua participação minoritária na Qualicorp. “Destaca-se que ainda não há decisão da Rede D’Or acerca da realização da operação, e que a quantidade de ações a serem adquiridas, se assim decidido, dependerá das condições de mercado no(s) momento(s) de possível compra”, apontou.

Para o Credit Suisse, se confirmada, a mudança pode aumentar o interesse do mercado no papel, ainda afetado por questões de governança. No entanto, aumentaria o risco da Rede D’Or interferir no modelo comercial da companhia.

Totvs (TOTS3, R$ 28,82, +0,88%) e Linx (LINX3, R$ 36,75, -1,24%)

O conselho de administração da Totvs  prorrogou para 31 de dezembro o prazo para que a produtora de software Linx aprecie sua proposta de compra. A Linx também é disputada pela Stone .

A medida foi tomada após a Linx receber reclamações de conselheiros independentes, que acusaram o conselho de falta de imparcialidade, como vem sendo apontado por representantes da Totvs. As propostas da empresa e da Stone pela Linx giram em torno de R$ 6 bilhões.

Ânima (ANIM3, R$ 29,60, -4,52%) e Ser (SEER3, R$ 14,63, -6,04%)

Disputa também no setor de educação. A Laureate informou em comunicado ao mercado na manhã desta quarta que recebeu da Ânima oferta em dinheiro por suas operações no Brasil e que ela foi cerca de R$ 500 milhões acima da proposta inicial da Ser.

A Laureate informou que a Ânima vai pagar os R$ 180 milhões em multa rescisória para a Ser e que a oferta da Ânima ainda inclui R$ 200 milhões a serem pagos dependendo de certas métricas a serem alcançadas. A companhia informou que pretende encerrar as tratativas com a Ser Educacional.

Já em comunicado, a Ser afirmou que houve divergência entre as partes em relação ao válido exercício do direito de go-shop ( por meio do qual poderia ativamente solicitar e aceitar, até 13 de outubro de 2020, proposta vinculante apresentada por terceiros e que fosse superior à efetivada pelo Grupo Ser Educacional) e, em razão dessa divergência, o assunto será discutido judicialmente.

“Nesse sentido, a Ser entrou com pedido de tutela cautelar, em caráter antecedente a procedimento arbitral e obteve decisão liminar favorável, mantendo o Transaction Agreement, válido e eficaz.
A Ser manterá o mercado informado sobre fatos relevantes relativos a este assunto”, apontou.

Para a Laureate, “em vez de submeter uma proposta equivalente antes do fim do prazo, a Ser informou à Laureate que conseguiu uma liminar contra o fim do acordo e que não aborda o mérito da proposta maior apresentada”. “A Laureate pretende vigorosamente fazer valer seu direito em encerrar a transação com a Ser e completar a venda das operações no Brasil sob os termos da proposta maior (da Ânima)”, acrescentou a empresa.

No dia 13 de setembro, a Ser anunciou acordo para a compra da Laureate Brasil, que detém grandes marcas do ensino superior no Brasil como a Anhembi Morumbi e a FMU. Pelo combinado, haveria pagamento em dinheiro e em ações, sendo que a parcela em dinheiro soma R$ 1,7 bilhão. Além disso, a Laureate receberia 44% das ações da Ser.

Contudo, o contrato com a Ser previa que a Laureate tinha direito de buscar transações mais vantajosas com terceiros até 13 de outubro de 2020, sendo que a Ser teria o direito a igualar outra proposta. Se a Laureate decidisse por outra oferta, a companhia teria de pagar multa de R$ 180 milhões para a Ser.

A Laureate Brasil possui mais de 50 campi espalhados pelo Brasil em 13 cidades e sete estados e mais de 500 centros de ensino à distância. No primeiro trimestre, a companhia tinha 267 mil alunos, 82% dos quais estão na modalidade presencial e com mais de 800 em cursos de medicina. Regionalmente estão concentrados em São Paulo (50%) e no Nordeste (33%). Nos últimos doze meses até o primeiro trimestre desse ano, a empresa teve R$ 2,2 bilhões de receita líquida.

Em relatório recente, o Bradesco BBI destacou que a aquisição da Laureate poderia consolidar ainda mais o posição no Sudeste para a Anima. Além disso, a empresa tem um perfil de aluno semelhante, o que poderia trazer sinergias e representar um começo promissor para as iniciativas de ensino à distância da Anima. Por outro lado, o acordo teria uma magnitude grande para a empresa.

Dasa (DASA3, R$ 55,05, -2,94%)

A Dasa (Diagnósticos da América) (DASA3), focada no setor de exames de saúde, anunciou na terça-feira aprovou a emissão de 600.000 debêntures no valor de R$ 1.000 cada, totalizando R$ 600 milhões. A emissão dos títulos será em 20 de outubro, e a primeira série terá vencimento em 2025, e a segunda, em 2027.

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 32,25, +0,75%)

O Banco do Brasil anunciou na terça que exerceu a opção de recompra de 100% dos títulos de dívida perpétuos emitidos em 2009, com cupom de 8,5% por 100% de seu valor de face.

Neoenergia (NEOE3, R$ 18,07, +1,98%)

A elétrica Neoenergia registrou lucro líquido de R$ 814 milhões no terceiro trimestre de 2020, alta de 36% ante igual período do ano passado, informou nesta terça-feira a empresa controlada pela espanhola Iberdrola.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da companhia totalizou R$ 1,76 bilhão no período, avanço de 17% na comparação anual, cifra que a empresa disse confirmar a retomada econômica do Brasil em meio à pandemia de coronavírus.

Também citando a recuperação da economia local, a Neoenergia – que possui negócios nos segmentos de geração, transmissão e distribuição –  disse que a energia injetada pela companhia verificou aumento de 1,3% no terceiro trimestre, a 16.307 gigawatts-hora (GWh), confirmando dados preliminares publicados no início deste mês.

A empresa destacou ter recebido no último trimestre R$ 1,66 bilhão da Conta-Covid, programa de auxílio às distribuidoras de eletricidade do Brasil diante dos efeitos da pandemia, montante que contribuiu com o resultado financeiro do período com um menor saldo da dívida.

Nesse sentido, o resultado financeiro do terceiro trimestre ficou negativo em R$ 197 milhões, contra – R$ 310 milhões no terceiro trimestre do ano passado, enquanto a proporção dívida líquida/Ebitda atingiu 2,85, versus 3,33 na mesma etapa de 2019.

O Capex da empresa somou R$ 1,87 bilhão, alta de 60% no ano a ano, “em virtude do avanço dos projetos de transmissão e eólicos”.

O Itaú BBA repercutiu positivamente os resultados informados pela Neoenergia positivamente, recomendando as ações da empresa como outperform (com previsão de desempenho acima da média do mercado).

O Credit Suisse apontou que o balanço veio muito forte, impulsionado pelo controle de custos. A companhia reportou resultados regulatórios melhores que as estimativas do banco e do consenso, confirmando o bom desempenho de custos e também apoiado por fortes volumes no segmento residencial.

Os resultados de geração vieram ligeiramente piores do que o estimado pelo desempenho mais fraco de hidrelétrica, parcialmente compensado por melhores resultados dos parques eólicos, avaliam os analistas.

Já as receitas consolidadas (excluindo receitas de construção) aumentaram 2.9%.  Os custos e despesas totais caíram 2.8 % na base anual, enquanto o índice de inadimplência voltou aos níveis normais de 1,6% da receita (abaixo dos 3.4% no segundo trimestre de 2020).

Romi (ROMI3, R$ 13,02, -4,82%)

A Romi teve lucro líquido de R$ 36,1 milhões no terceiro trimestre deste ano, 30% maior em relação ao mesmo período de 2019.

A receita líquida foi de R$ 250 milhões, 1,6% acima na base anual e com ganhos de 27,8% no trimestre.

O Ebitda foi de R$ 40,1 milhões, alta de 12,8%.

“Mesmo com um ambiente ainda de incertezas, a recuperação das atividades industriais, a melhoria da confiança do empresário industrial, assim como a redução da taxa básica de juros e a desvalorização cambial, impulsionaram o volume de entrada de pedidos na Unidade de Máquinas Romi”, destacou no comunicado.

Cyrela (CYRE3, R$ 26,96, +0,86%)

A construtora Cyrela informou nesta terça-feira que seus lançamentos no terceiro trimestre somaram R$ 2,59 bilhões, o que equivale a um crescimento de 45,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já as vendas contratadas líquidas da companhia entre julho e setembro totalizaram R$ 2,456 bilhões, um salto de 58,1% no comparativo anual.

O Itaú BBA repercutiu positivamente os resultados da construtora Cyrela para o terceiro trimestre de 2020 e manteve a recomendação das ações da Cyrela em outperform (com expectativa de crescimento acima da média do mercado).

Na mesma linha, o Credit apontou que a Cyrela reportou dados operacionais bem fortes, ultrapassando as expectativas que já eram altas por quase 25%. As vendas líquidas foram as mais altas nos últimos 10 anos, velocidade de vendas também teve nível perto do recorde para lançamentos e estoque e a venda de estoque foi a segunda mais alta na historia da empresa.

Na avaliação do analista, mesmo com o mercado prevendo números robustos, tal performance demonstra que as taxas de crédito imobiliário a níveis tão baixos possam ter um resultado mais transformacional do que inicialmente previsto na demanda. O segmento de alta renda foi o mais relevante para vendas, representando 42% do total de volume vendido.

EzTec (EZTC3, R$ 40,90, +3,81%)

A EzTec informou que espera realizar de R$ 4,0 bilhões a R$ 4,5 bilhões em Valor Geral de Vendas, para o agregado dos anos de 2020 e 2021, de empreendimentos exclusivamente residenciais, considerando
somente a participação da EzTec. A projeção acima já inclui o valor de R$ 770 milhões referente aos lançamentos residenciais realizados nos 3 primeiros trimestres de 2020, conforme comunicado anteriormente ao mercado.

Na avaliação do Credit Suisse, o guidance estabelecido pela EzTec é “impressionante”, estando entre 25% e 40% acima dos números projetados pelo banco (sendo que os analistas do banco já estavam acima do consenso).

Pelo guidance, o ritmo de lançamentos seria entre R$ 650 e R$ 750 milhões por trimestre nos próximos 5 trimestres. “O desafio é relevante, mas a demanda nunca foi tão favorável, landbank nunca foi tão grande e o management desenvolveu um goodwill bom o suficiente com o mercado para que os investidores precifiquem essas estimativas”, afirmam os analistas.

O Credit aponta que, nas últimas semanas, o case da EzTec tem chamado a atenção dos investidores, uma vez que o prêmio da empresa em relação aos pares estava perto das mínimas históricas, sendo que é uma das empresas que está melhor posicionada no momento do ciclo habitacional no Brasil, alavancada em um execução superior e com um landbank atrativo.

Panvel (PNVL3, R$ 22,80, +0,13%)

Ontem, a Panvel anunciou o cancelamento da assembleia geral extraordinária e da assembleia geral de acionistas preferencialistas da companhia originalmente marcada para 29 de outubro. O principal motivo alegado está relacionado a questionamentos vindos de alguns acionistas que fizeram a companhia discutir e revisar os termos da proposta de conversão de ações a ser apresentada em assembleia geral.

Nos próximos dias, a companhia terá que fazer nova convocação de assembleia geral extraordinária e assembleia geral de preferencialistas, visando dar continuidade ao processo de eventual conversão de ações preferenciais (PN) em ordinárias (ON) e da companhia de forma a dar foco em uma governança corporativa mais forte.

“Vemos o adiamento como parte normal do processo, dado o feedback dos acionistas detentores de ações preferenciais. Nesse sentido, entendemos que a empresa discutirá internamente os pontos trazidos pelos acionistas preferencialistas e trabalhará em uma proposta atualizada que não será diferente da anterior; no entanto, deve trazer todas as respostas para os pontos levantados pelos investidores. Depois disso, esperamos que a Panvel convoque a assembleia geral / assembleia de acionistas preferenciais, com a possibilidade de os acionistas aceitarem a conversão de ações, o que permitiria à empresa migrar para o novo mercado no futuro (um nível superior de governança)”, destaca o Bradesco BBI, que reitera a recomendação outperform para o papel, com preço-alvo de R$ 39.

Randon (RAPT4, R$ 14,01, +2,56%)

Na véspera, a Randon inaugurou um novo espaço de 4.000 m² chamado Conexo para que a empresa fique perto de startups, universidades, empresas e empreendedores, de forma a desenvolver projetos a partir do relacionamento com essas partes. O CEO Daniel Randon disse que a inauguração desse novo espaço marca uma nova forma de conduzir os negócios, com foco em ações inteligentes, colaborativas e sustentáveis.

“A Randon tem buscado focar em produtos e soluções inovadores que possam impulsionar a lucratividade da empresa nos próximos anos por meio de sua plataforma de startups Randon Ventures  e a abertura deste novo espaço reforça isso. Mantemos nossa recomendação outperform e preço alvo para 2021 de R$ 14,00 para a ação”, aponta o Bradesco BBI.

Ambev (ABEV3, R$ 13,37, -0,07%) e M. Dias Branco (MDIA3, R$ 36,60, -1,08%)

O Bradesco BBI repercutiu informações da Apas (Associação Brasileira de Supermercados) segundo as quais preço médio da cerveja caiu 2,5% no Brasil entre janeiro e setembro. Mas há certa recuperação, com alta de 2% em setembro em relação ao mesmo mês do ano anterior. A expectativa da Apas é que os preços aumentem entre 5% e 10% em 2020.

Na avaliação do Bradesco BBI, a demora para aumentar os preços, associada ao programa de auxílio emergencial do governo brasileiro, pode beneficiar o volume de cerveja vendida pela Ambev. Mas o banco afirma estar preocupado quanto aos volumes vendidos em 2021, com o fim do auxílio. Por isso, desaconselha as ações da Ambev, e recomenda as ações da M. Dias Branco, “já que ela vende marcas acessíveis, que se mostraram resilientes em cenários de menor renda disponível”.

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.