Cielo sobe 2,7% com notícia de que BB pode vender fatia e Cogna avança quase 5%

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (12)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A sessão foi mais uma vez de ganhos para o Ibovespa, com o benchmark da bolsa brasileira acompanhando o exterior na esteira da desaceleração de novos casos do coronavírus.

Com isso, o minério de ferro negociado em Qingdao registrou nova alta, de 2,9%, a US$ 88, impulsionando papéis de Vale (VALE3) e siderúrgicas. A TIM avançou 4,05%, na esteira de resultados fortes do quarto trimestre.

O grande destaque da sessão, contudo, foi a ação do Pão de Açúcar (PCAR4), que terminou com ganhos de 5%.

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Em destaque de alta, estiveram ainda os papéis da Cielo (CIEL3), que terminaram o pregão com ganhos de 2,7% após notícia do Valor de que o Banco do Brasil pode vender fatia na companhia. Confira os destaques:

Cogna (COGN3)

A oferta de ações da Cogna Educação movimentou R$ 2,56 bilhões com a venda de 232,4 milhões de ações. O preço por ação foi estabelecido em R$ 11,00, desconto de 1,35% em relação ao valor do último fechamento.

Em relatório, a Levante Ideias de Investimento destacou que, quando os recursos entrarem em caixa, o endividamento da Cogna cairá de 3 vezes Ebitda ao fim do terceiro trimestre para menos de 2 vezes.

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“Além disso, o dinheiro que entrar para o caixa da companhia será utilizado para preparar a estratégia de crescimento. Nos planos estão compras de instituições de ensino superior”, ressalta a equipe de análise.

Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3)

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) divulgou os números de dezembro e fechados de 2019 sobre a produção e demanda de papel no Brasil. A demanda geral subiu em dezembro, com alta de 2,7% no mês na base de comparação anual e estável em 2019, enquanto a exportação subiu 2,4%.

“Os dados positivos de dezembro, com a melhora geral da atividade econômica no quarto trimestre, sustentaram a demanda por papéis e embalagens, enquanto o mercado de exportação permaneceu saudável, principalmente para embalagens. De fato, a Klabin recentemente compartilhou mensagens positivas sobre as perspectivas para a demanda doméstica de papel e celulose em 2020, que já vem apresentando bom desempenho no início do ano. Esperamos que a persistência dessa tendência sólida também apoie a implementação de alguns aumentos de preços anunciados recentemente”, afirmam os analistas do Bradesco BBI.

Banco do Brasil (BBAS3) e Cielo (CIEL3)

O Banco do Brasil colocou sob revisão as suas participações no setor de cartões, o que poderá levar a uma reorganização da área e até à venda de ativos, informa o Valor Econômico. O objetivo é estudar como “extrair mais valor” dessas operações. Os negócios do BB incluem uma administradora de cartões e participações na credenciadora Cielo, na empresa de “vouchers” Alelo, entre outras.

Em relatório, o Bradesco BBI avaliou a possível venda com cautela. “Desinvestir na emissão de cartões pode colocar a operação inteira de varejo em risco. Claramente, esta opção está sobre a mesa porque a privatização do Banco do Brasil não parece ser uma opção do ponto de vista político. A solução então parece ser levantar valores com a venda de ativos em certas áreas. Nos cartões, parcerias com outros bancos, como o Bradesco e a Caixa, tornam a reorganização uma tarefa desafiadora”, avalia o BBI. Confira a análise dessa possível venda clicando aqui. 

Vale (VALE3)

A Vale informa que acionou hoje o nível 2 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) da Barragem Capitão do Mato, da mina de mesmo nome, em Nova Lima (MG), em decorrência das chuvas na região. Segundo a empresa, o acionamento do nível 2 não terá impacto no plano de produção do primeiro trimestre.

Em nota, a companhia explica que em decorrência do volume de chuvas, superior à média histórica registrada na região, alguns instrumentos da estrutura apontaram alterações temporárias no nível de água, já tendo, neste momento, retornado aos níveis normais.

Segundo a empresa, a barragem permanecerá preventivamente em nível 2 até a conclusão da análise técnica do histórico e das condições atuais da estrutura. “Esses estudos, chamados ‘As-Is’, estão em andamento e novas discussões técnicas acontecerão em breve com a empresa de auditoria independente para reavaliação da situação”, afirma a Vale.

A mineradora informa ainda que os moradores da Zona de Autossalvamento (ZAS) já haviam sido realocados em novembro do ano passado em razão de obras de reforço na barragem Vargem Grande.

A Capitão do Mato é uma barragem de contenção de sedimentos, construída em etapa única, com aterro convencional. Segundo a Vale, além de inspeções rotineiras de campo, a barragem é monitorada permanentemente por instrumentos, como piezômetros, radares, estações robóticas, câmeras de vídeo, e pelo Centro de Monitoramento Geotécnico.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

A ação ordinária da Eletrobras entrou na carteira de estratégia do Itaú BBA após o ativo apresentar uma reação negativa ao fluxo de notícias recente sobre o possível atraso em sua privatização.

“A privatização ocorrendo somente em 2021 já é um dos pilares da nossa tese de investimentos desde o início e acreditamos que a reação do mercado pode ter sido exagerada. Ressaltamos também, que a empresa continua sendo o top pick do nosso time de Utilites”, destacam os estrategistas.

Alguns outros fatores da tese de investimentos do Itaú BBA são: i) expectativas de ganhos adicionais em eficiência; ii) rápida redução da alavancagem, com a relação dívida líquida / EBITDA chegando a 1,8 vez no terceiro trimestre (em relação aos 9,8 vezes do primeiro trimestre de 2016); e iii) uma maior probabilidade de aumento no pagamento de dividendos no médio prazo em um cenário de alavancagem menor.

Moura Dubeux

A construtora e incorporadora imobiliária Moura Dubeux Engenharia, de Pernambuco, fará sua estreia na B3 amanhã (dia 13) com o código MDNE3 para sua ação. A empresa, uma das maiores construtoras do Nordeste do Brasil, realiza no momento uma oferta pública de ações (IPO) e está levantando ao redor de R$ 1,25 bilhão. A ação foi precificada a R$ 19.

A oferta foi coordenada pelo Itaú BBA, com a participação do Credit Suisse, Bradesco BBI, BB Investimentos e Caixa Econômica Federal. Em prospecto enviado dia 3 à CVM, a expectativa da empresa era levantar ao redor de R$ 1 bilhão, com o preço do papel entre R$ 17,00 e R$ 21,00.

Log-in (LOGN3)

A Log-in foi iniciada como compra pelo Goldman Sachs. O preço-alvo é de R$ 30,80, o que implica potencial de alta de 36% em relação ao último fechamento, mas ainda assim abaixo do preço-alvo médio de R$ 30,93.

Ambev (ABEV3)

A Heineken reportou fortes resultados no quarto trimestre de 2019 sendo que, no Brasil, o volume de cerveja cresceu um dígito médio em 2019 e duplo dígito no quarto trimestre com destaque para as marcas Heineken, Amstel e Devassa. Já as marcas econômicas declinaram um dígito alto, seguindo dois aumentos de preço durante o ano.

“A Ambev reportará seus resultados no dia 27 de fevereiro: esperamos números suaves no quarto trimestre, com volumes de cerveja no Brasil crescendo 2% ao ano, após queda de 2% no quarto trimestre de 2018. Porém, os volumes surpreendentemente fortes da Heineken corroboram o cenário competitivo desafiador e por isso, temos uma leitura negativa para Ambev”, aponta a equipe de análise da XP Investimentos.

TIM (TIMP3)

A operadora de telefonia TIM (TIMP3) informou na noite de ontem em balanço que obteve um lucro líquido de R$ 756 milhões no quarto trimestre de 2019, expansão de 28,7% sobre igual período de 2018. O EBITDA cresceu 8,1% para R$ 1,9 bilhão. Já a receita líquida teve uma expansão menor no período, de 2,9% para R$ 4,58 bilhões.

A empresa informou que houve uma queda de 2,6% na base de clientes no final do quarto trimestre de 2019, para 54,4 milhões. O número de clientes no pré-pago caiu 7,6% no período, para 32,9 milhões de pessoas. No pós-pago, o número de clientes cresceu 6,1% para 21,4 milhões.

O Itaú BBA manteve a recomendação outperform (acima da média) para as ações da operadora de telefonia TIM, com preço-alvo de R$ 22,30 para a ação da operadora, alta de 4,25% sobre o valor atual. No geral, o BBA considerou os resultados da TIM positivos e dentro das estimativas, com um EBITDA no quarto trimestre de 2019 (R$ 1,9 bilhão) um pouco superior às projeções do banco.

“Os aspectos positivos são a contínua recuperação da receita nos serviços móveis e o crescimento da banda larga”, comentou o BBA, alertando, porém, que o endividamento da empresa cresceu. “As provisões para as dívidas cresceram 25% em uma base anual, chegando a 2,8% do faturamento bruto, apesar do declínio trimestral”, indica o BBA. No geral, o BBA aponta que a TIM bateu as metas. A operadora divulga as metas para 2020 em 11 de março.

Ouro Fino (OFSA3)

A Ouro Fino Saúde Animal informou uma expansão de 14% no seu lucro líquido no quarto trimestre de 2019, para R$ 24,5 milhões. No ano fechado de 2019, o lucro líquido recuou 34,4% para R$ 46,6 milhões. A receita líquida teve um crescimento de 12,1% no quarto trimestre de 2019, para R$ 196,5 milhões; no ano inteiro de 2019, a receita líquida atingiu R$ 619,6 milhões, crescimento de 5,2% sobre 2018.

O EBITDA da Ouro Fino foi de R$ 44,6 milhões no quarto trimestre de 2019, expansão de 22% sobre igual período do ano anterior. A Ouro Fino, segundo o balanço, fechou 2019 com um EBITDA de R$ 107,2 milhões – queda de 18,6% sobre 2018. Em 2019 também houve um crescimento no endividamento da Ouro Fino. A dívida líquida cresceu de R$ 222 milhões em 2018 para R$ 238 milhões em 2019. A relação dívida líquida sobre o EBITDA se deteriorou, passando de 1,69 vez em 2018 para 2,22 vezes em 2019.

Comgas (CGAS3

A Comgas, Companhia de Gás de São Paulo, publicou balanço na noite de ontem e informou lucro líquido recorrente de R$ 277 milhões no quarto trimestre de 2019, um crescimento de 2,7% sobre igual período do ano anterior. O EBITDA cresceu 5,4% no quarto trimestre de 2019, para R$ 489,6 milhões. Já o número de clientes da empresa cresceu 5,4% e ultrapassou 2 milhões no final de 2019.

Romi (ROMI3)

A Romi, fabricante brasileira de bens de capital, publicou balanço ontem e informou um lucro líquido de R$ 19 milhões no quarto trimestre de 2019, uma queda de 9,4% sobre igual período de 2018. A empresa teve uma receita líquida de R$ 230,8 milhões no quarto trimestre de 2019, um recuo de 6,6% sobre igual período do ano anterior. Já o EBITDA caiu 18,8% para R$ 31,3 milhões no quarto trimestre. No acumulado de 2019, a receita líquida da Romi cresceu 3% sobre 2018 para R$ 765,5 milhões.

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(Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.