Ações de Usiminas e CSN saltam com alta de commodities, enquanto aéreas caem forte; Positivo sobe 7% e mais reações a balanços

Confira os destaques da B3 na sessão desta terça-feira (16)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A sessão que marcou o primeiro dia da reunião do Copom e do Fomc foi de volume reduzido para a Bolsa brasileira mas, ainda assim, de grandes variações para diversas ações do benchmark da bolsa, o Ibovespa, e também para ações fora do índice.

Entre as altas, estiveram as ações de siderúrgicas com a notícia de aumento de preços do aço para a  CSN (CSNA3, R$ 36,95, +3,13%); o papel fechou com ganhos de mais de 3%. De acordo com o Valor, a CSN decidiu fazer novos reajustes na sua tabela a partir de 1º de abril. Os reajustes ficarão de 10%, para alguns tipos de aço, até 15% para aço longo (vergalhão). Folhas metálicas, usadas em embalagens, vão ter 11,25%. Contudo, os maiores ganhos ficaram com a Usiminas (USIM5, R$ 18,54, +8,55%), que saltaram 8,5%, enquanto Gerdau (GGBR4, R$ 28,78, +1,02%) fechou com ganhos de cerca de 1%.

O dia também é de ganhos para o minério de ferro, o que levou a uma alta, ainda que modesta, para os papéis da Vale (VALE3, R$ 96,51, -0,32%) no início da sessão. Contudo, os ativos VALE3 fecharam com leves perdas. Os futuros do minério de ferro de referência na China chegaram a subir mais de 5% nesta terça-feira, devolvendo perdas à medida que o mercado tentava reduzir o intervalo entre os preços spot e futuros, enquanto a retirada de um alerta de poluição no pólo siderúrgico de Tangshan também ajudou o sentimento dos investidores.

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Os ativos de outras empresas ligadas ao setor de commodities, como Klabin (KLBN11, R$ 29,61, +4,37%) e Suzano (SUZB3, R$ 75,25, +3,29%), também tiveram ganhos. No radar da Klabin, a companhia também foi convidada para os debates em preparação à próxima Conferência Climática da Organização das Nações Unidas, a COP26. A companhia foi a única empresa brasileira convidada a integrar o grupo, reforçando o forte trabalho com relação a agenda ESG, destaca a Ativa Investimentos.

Outros destaques ficam para empresas fora do Ibovespa, caso do BDR da Aura (AURA33, R$ 60,00, +6,86%), que avançou cerca de 7% após a companhia anunciar pagamento de dividendo no valor de R$ 4,68 por ativo (veja mais clicando aqui).

Já entre os resultados, atenção para a Positivo (POSI3, R$ 5,33, +7,68%), que viu suas ações saltarem mais de 7% após o balanço.

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Por outro lado, após a forte alta da véspera seguindo o desempenho dos papéis do setor no exterior, as ações de Azul (AZUL4, R$ 40,19, -6,19%) e Gol (GOLL4, R$ 22,54, -6,36%) fecharam em forte queda. As ações da CVC (CVCB3, R$ 17,50,  -7,46%) também fecharam com fortes perdas, liderando as baixas do Ibovespa. Com relação à CVC especificamente, a Equitas Administração de Fundos de Investimentos, acionista relevante da companhia, vendeu ações da empresa, ficando com 4,14% do total.

Na segunda-feira, as ações das aéreas subiram forte com a notícia de que os aeroportos dos Estados Unidos registraram na sexta-feira seu maior tráfego em um ano, quando a epidemia de covid-19 interrompeu brutalmente o transporte aéreo no país, segundo dados publicados pela Agência de Segurança no Transporte (TSA).

O Bradesco BBI destaca que os EUA estão começando a ver uma recuperação no tráfego aéreo quase 3 meses desde que a vacinação acelerou no país, confirmando a visão de que as companhias aéreas no Brasil devem levar mais tempo para se recuperar, ainda mais levando em conta o ritmo lento de vacinação por aqui. A recomendação segue neutra para os ativos de Azul e Gol, com preços-alvos respectivos de R$ 40 e R$ 25.

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Cabe destacar ainda que houve um aumento das preocupações sobre a recuperação da economia global após Alemanha, França e outros países europeus suspenderem o uso da vacina contra o Covid-19 da Oxford/AstraZeneca após relatos de possíveis efeitos colaterais. A agência reguladora de medicamentos da Europa, por sua vez, disse que os benefícios da vacina da AstraZeneca superam seus riscos. Investidores estão preocupados com a possibilidade de o ritmo lento da vacinação na União Europeia afetar a recuperação econômica.

Por consequência, a sessão foi de queda para os preços do petróleo, com a avaliação sobre o possível impacto para a demanda por combustíveis. O petróleo tipo Brent cujo contrato vence em maio fechou em queda de 0,71%, a US$ 68,39 o barril; já o WTI para abril teve queda de 0,90%, a US$ 64,80 o barril. A sessão foi de queda para as ações da Petrobras (PETR3, R$ 22,91, -1,50%; PETR4, R$ 23,28, -1,56%), que também monitora a reunião do Comitê de Pessoas da estatal para analisar, entre outros itens, a indicação de Joaquim Silva e Luna para a presidência da estatal.

A sessão também foi de perdas para as ações de alguns bancos, como de Itaú (ITUB4, R$ 26,94, -2,04%), Bradesco (BBDC3, R$ 21,95, -1,79%; BBDC4, R$ 24,95 -1,66%) e Santander Brasil (SANB11, R$ 38,50, -3,51%). Ações de construtoras e operadoras de shoppings, após subirem no acumulado das últimas sete sessões, caíram nessa sessão. Os investidores também monitoram a decisão de política monetária do Banco Central na próxima quarta após o fechamento do mercado, que deve levar à primeira alta da Selic desde julho de 2015.

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Confira mais destaques:

Petrobras (PETR3, R$ 22,91, -1,50%; PETR4, R$ 23,28, -1,56%)

O Comitê de Pessoas da Petrobras se reúne nesta terça-feira e, entre os itens constantes na agenda, está a análise da indicação de Joaquim Silva e Luna para a presidência da estatal. Em comunicado, a estatal afirma que o Comitê pode ou não se manifestar sobre a indicação.

A CVM iniciou quatro ações judiciais para investigar supostos casos de má conduta na Petrobras após a recente turbulência em torno da troca de comando da empresa e a relação do governo. Uma das ações irá analisar como o governo efetivamente informou os acionistas sobre a saída de Roberto Castello Branco, presidente da empresa, e se a estatal cumpriu os deveres de divulgação de informações pelos acionistas controladores, administradores e demais pessoas ligadas à Petrobras.

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“Não esperamos que a Petrobras incorra em multas relacionadas aos processos mencionados e o foco das investigações parece estar no acionista controlador – o governo brasileiro. Na verdade, essas ações judiciais devem ser benéficas para a empresa em termos de governança corporativa, pois mostra como as autoridades podem decidir contra medidas tomadas pelo controlador que não cumpram regulamentos como a Lei do Poder Público, a Lei das Sociedades por Ações e o Estatuto Social da empresa”, avalia o Bradesco BBI.

Vale (VALE3, R$ 96,51, -0,32%)

A mineradora Vale informou que o conselho de administração da companhia aprovou a reeleição do diretor-presidente Eduardo Bartolomeo e dos demais membros da diretoria-executiva, que terão mandatos de três anos.

Em paralelo, a empresa informou que seu diretor jurídico, Alexandre D´Ambrosio, passará à posição de diretor executivo jurídico, enquanto a diretora de pessoas Marina Barrenne Quental também passará a ser diretora executiva. A Vale ainda elegeu Maria Luiza de Oliveira Pinto e Paiva como diretora executiva de sustentabilidade.

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A Vale disse que o mandato da diretoria executiva foi alterado para três anos após mudanças estatutárias aprovadas em assembleia em 12 de março, “visando conferir maior estabilidade à administração”, segundo comunicado na manhã desta terça-feira.

A mineradora também convocou uma assembleia-geral ordinária e extraordinária de acionistas para 30 de abril que irá deliberar sobre a formação do conselho de administração da companhia e outros assuntos.

Deverão ser aprovados na assembleia tanto os conselheiros quanto aqueles que assumirão o papel de presidente e vice-presidente do colegiado.

A Vale informou em 10 de março uma lista de indicados para o conselho para o mandato de 2021 a 2023. Os indicados como membros independentes são: Clinton James Dines, Elaine Dorward-King, José Luciano Duarte Penido, Maria Fernanda dos Santos Teixeira, Murilo César Lemos dos Santos Passos, Manuel Lino Silva de Sousa Oliveira (Ollie Oliveira), Roger Allan Downey e Sandra Maria Guerra de Azevedo. (Full Story)

Como membros não independentes, os candidatos são Eduardo de Oliveira Rodrigues Filho, Fernando Jorge Buso Gomes, José Mauricio Pereira Coelho e Ken Yasuhara.

Eletrobras (ELET3, R$ 33,02, +0,30%;ELET6, R$ 33,63, +1,57%)

A Eletrobras adiou novamente a divulgação de seus resultados para o quarto trimestre de 2020, agora para a próxima sexta-feira (19) após o fechamento do mercado. O balanço estava previsto para esta segunda-feira. Além disso, a estatal informou que a diretora financeira e de Relações com Investidores da companhia, Elvira Cavalcanti Presta, ocupará a presidência da estatal de forma interina a partir desta terça-feira, quando ocorre a saída do atual CEO, Wilson Ferreira Junior.

Segundo Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, Jair Bolsonaro tem participado de conversas para a definição de um novo presidente para a estatal.

“O presidente Bolsonaro está analisando alguns nomes e eu tenho conversado com ele, estou assessorando ele nesse sentido. E nós acreditamos que poderemos em breve anunciar o novo presidente da empresa”, disse Albuquerque, em entrevista à Band News.

O ministro acrescentou que a nova direção da Eletrobras deverá ser de “continuidade”.

Sanepar (SAPR11, R$ 21,00, -1,36%)

A Sanepar anunciou nesta segunda-feira a prorrogação da tarifa social para clientes cadastrados no benefício por 90 dias a partir de 20 de março. Segundo a empresa, a medida tem como objetivo minimizar os impactos à população ocasionados pela pandemia da pandemia da Covid-19, mas que não se trata de isenção ou abatimento de contas.

CSN (CSNA3, R$ 36,95, +3,13%)

Segundo o Valor, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), uma das maiores fabricantes de aço do país, decidiu fazer novos reajustes na sua tabela a partir de 1º de abril. Os reajustes ficarão de 10%, para alguns tipos de aço, até 15% para aço longo (vergalhão). Folhas metálicas, usadas em embalagens, vão ter 11,25%.

Gol (GOLL4, R$ 22,54, -6,36%) e Smiles (SMLS3, R$ 22,42, -1,28%)

A Gol informou que a assembleia sobre a incorporação da Smiles, marcada para a véspera e que não foi instalada por falta de quórum, terá segunda convocação, para ocorrer no dia 24 de março.

Metal Leve (LEVE3, R$ 19,39, +8,51%)

A Mahle Metal Leve teve lucro líquido de R$ 100,8 milhões no quarto trimestre do ano passado, 52,3% maior frente igual período de 2019.  Em 2020, a empresa teve lucro líquido de R$ 124,5 milhões, queda de 51,9%.

A receita líquida de vendas, por sua vez, teve alta de 30,4%, a R$ 776,7 milhões. Em 2020, a receita foi de  R$ 2,4 bilhões, queda de 4,9%.

Mitre (MTRE3, R$ 12,70, -2,91%)

A Mitre teve lucro líquido de R$ 22,56 milhões no quarto trimestre de 2020, alta de 329,3% ante igual período de 2019.

A receita líquida foi de R$ 154,761 milhões no período, alta de 26,8%. Já em 2020, a receita somou R$ 411,3 milhões, 31,9% superior à registrada em 2019 “em função do aumento no número de lançamentos, alto índice de velocidade de vendas e da manutenção da evolução das obras, que estão todas antecipadas.”

O Bradesco BBI classificou os resultados da Mitre como sólidos tanto para o quarto trimestre como para o ano de 2020 como um todo. O banco destacou os lançamentos equivalentes a R$ 920 milhões em 2020, 30,4% acima do ano anterior. As vendas ficaram em R$ 607 milhões, alta de 31,6% na comparação anual.

A margem bruta ficou levemente abaixo da estimativa do Bradesco, enquanto o faturamento líquido ficou em linha com sua estimativa. O banco diz que continua a preferir outras empresas, como a Trisul, devido aos riscos da Mitre com sua estratégia de crescimento rápido. O banco mantém avaliação neutra para a Mitre, com preço-alvo de R$ 19, frente aos R$ 13,08 de fechamento na segunda.

O Credit Suisse comentou os resultados da Mitre para o quarto trimestre, que classificou como fortes, 9% acima de sua estimativa, e um crescimento de 27% na comparação anual. O banco diz que a empresa continua em direção a suas metas após a oferta pública inicial de ações, atingindo um retorno sobre o capital investido de 9% em 2020, meta que o banco esperava que fosse atingida apenas em 2021. O banco espera que novos resultados positivos surjam, reafirmando sua avaliação de outperform, apesar de desafios operacionais. O preço-alvo é de R$ 17.

Guararapes (GUAR3, R$ 14,07, -1,61%)

A Guararapes teve lucro líquido de R$ 368 milhões no 4º trimestre, queda de 16,5%. Em 2020, o prejuízo foi de R$ 27 milhões.

A receita do quarto trimestre de 2020 foi de R$ 393 milhões, 38,9%, abaixo, enquanto em 2020 houve redução de 20% no indicador, para R$ 1,9 bilhão.

Direcional (DIRR3, R$ 12,49, -4,44%)

A Direcional, por sua vez, reportou lucro líquido de R$ 43,608 milhões no quarto trimestre de 2020, alta de 54,6% na base anual.

A receita líquida nos últimos três meses no ano anterior totalizou R$ 425,314 milhões, 15,7% acima frente o último trimestre de 2019. A margem bruta subiu de 35,6% no terceiro trimestre para 35,9%.

O Credit Suisse destaca que a empresa foi a única construtora focada no setor de baixa renda a reportar expansão em sua margem de projetos a concluir, de 31,3% no terceiro trimestre para 32,6% no quarto, apesar do cenário de inflação desafiador. O Credit mantém avaliação de outperform, e preço-alvo de R$ 20, frente aos R$ 13,07 de fechamento na segunda.

O Bradesco BBI publicou uma avaliação sobre a Direcional, afirmando que a subsidiária Riva continua a melhorar. Os lançamentos no programa Casa Verde Amarela atingiram R$ 1,3 bilhão. As vendas de R$ 1,2 bilhão representam alta de 23,4%, com as quais a Riva contribuiu com R$ 249 milhões.

O banco avalia que a margem bruta foi muito forte, significativamente acima daquela de outros atores do mercado, apesar da preocupação com os custos mais altos. A empresa é sua top pick (escolha favorita) entre construtoras brasileiras. O banco mantém avaliação de outperform, e preço-alvo de R$ 20.

Hidrovias do Brasil (HBSA3, R$ 5,68, +0,18%)

A Hidrovias do Brasil teve prejuízo de R$ 105,54 milhões em 2020, revertendo lucro de R$ 58,6 milhões em 2019.

Contudo, para o Credit Suisse, os resultados específicos do quarto trimestre mostraram um crescimento anual ainda maior do que o estimado, principalmente por : (1) crescimento de 30% no corredor norte; e (2) crescimento do Ebitda de cerca de 52% no Corredor Sul, devido a depreciação do real.

Os resultados, apontam, mostram não só ganhos de participação no Corredor Sul, mas também entre os players do Arco Norte (47% de market share no porto de Bacarena em 2020, alta de 10 pontos percentuais versus. 2019). A empresa encerrou 2020 com mais de R$ 1 bilhão em caixa e sem vencimentos relevantes até 2024. Em fevereiro, a Hidrovias reestruturou sua divida, estendendo vencimentos de dívida de 4 para 10 anos, enquanto reduziu o custo em 100 pontos-base, aumentando ainda mais a liquidez. A dívida líquida foi reduzida em 0,6 vezes, a 4,3 vezes o Ebitda. A recomendação é outperform para os ativos, com preço-alvo de R$ 9,50.

Positivo (POSI3, R$ 5,33, +7,68%)

A companhia reportou uma receita líquida de R$ 887 milhões no quarto trimestre de 2020, crescimento de 59% na base anual, e um Ebitda ajustado de R$ 95 milhões (alta de 142% na comparação anual), o que implica em uma margem de 11% (alta de 3,7 pontos percentuais na base anual. O lucro foi de R$147 milhões, positivamente impacto por efeitos não recorrentes, como reconhecimento de créditos fiscais, no total de R$139 milhões.

Segundo a XP Investimentos, os destaques do resultado foram os seguintes: i) forte crescimento de hardware levando a vendas recordes, impulsionado pela pandemia; ii) ganho da licitação das urnas eletrônicas do TSE e retomada de iniciativas no segmento de Instituições Públicas, o que deve contribuir para crescimento em 2021; iii) vendas online, que atingiram 47% da receita do segmento consumer; iv) forte recuperação de rentabilidade, devido à demanda aquecida, um portfólio mais aderente às necessidades dos consumidores, grande capacidade de reação no supply chain e uma melhor atuação junto aos canais de distribuições; e v) novas soluções de Meios de Pagamento, Tecnologia Educacional, Casa Inteligente (IoT), HaaS e Servidores, que já representam 19% do faturamento;

“Apesar do sólido resultado, vemos a redução do auxílio emergencial e depreciação do real como riscos para sustentar essa forte demanda vista em 2020. Mantemos nossa recomendação de neutro e um preço alvo de R$ 6,0 por ação para o final de 2021”, destacam os analistas.

Mobly (MBLY3, R$ 23,00, +5,50%)

A varejista online de móveis Mobly teve a cobertura iniciada pelo Bradesco BBI e pelo Morgan Stanley. Os dois bancos iniciaram a cobertura com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado). O BBI tem preço-alvo de R$ 30, enquanto o Morgan tem preço-alvo de R$ 34.

O BBI espera uma taxa anual composta de crescimento nas vendas de 59% para o período entre 2020 e 2023, frente a 26% de outras empresas do setor neste período, e de 42% entre 2017 e 2020. O banco avalia que a empresa tem a capacidade de vencer em uma categoria complexa, com uma plataforma de logística especializada em itens grandes e uma marca própria forte. O banco diz acreditar que a empresa está pronta para acelerar seus investimentos, com gastos maiores em marketing e expansão de lojas.

Mosaico (MOSI3, R$ 27,42, +9,24%)

A XP Investimentos iniciou a cobertura para as ações da Mosaico com recomendação de compra e preço alvo de R$ 38,0 para o final de 2021.

“Vemos a empresa em uma posição única para se consolidar como principal assistente de compras dos consumidores enquanto o cenário competitivo mais acirrado no ecommerce brasileiro favorece seu modelo de negócio. Além disso, estimamos retornos muito atrativos (ROIC médio 2020-25e de 40%), enquanto a recente parceria com o BTG deve permitir que ele se torne mais ativo na oferta de cashback, o que reforça sua proposta de valor, em nossa opinião”, avaliam.

Aliansce Sonae (ALSO3, R$ 25,98, -3,02%)

A administradora de shopping centers Aliansce Sonae informou na noite desta segunda-feira (15) que, a partir desta terça (16), estão suspensas as operações do Boulevard Shopping Belém e do Parque Shopping Belém. A interrupção deve durar, pelo menos, até o dia 22 de março. A suspensão ocorre por determinação das autoridades locais, como medida de controle da transmissão do novo coronavírus. “As atividades comerciais afetadas pelas restrições mencionadas acima continuarão a atender por delivery e Drive-Thru & Pick-up”, diz a empresa em comunicado.

Aura (AURA33, R$ 60,00, +6,86%)

O Conselho da Aura aprovou um dividendo de US$ 0,83, totalizando US$ 60 milhões, com um dividend yield de 8,3% e com data de pagamento em 17 de abril aos acionistas com posição no papel até 26 de março, o que é visto como uma notícia positiva pelos analistas do Credit Suisse.

“O dividendo vem significativamente acima do mínimo de US$ 18 milhões com base nos resultados de 2020 (yield de 2,5%) e exemplifica a disciplina de alocação de capital, já que a Aura tem caixa líquido e está no caminho certo para entregar um crescimento considerável”, avaliam.

JSL (JSLG3, R$ 8,90, -0,56%)

A JSL anunciou ter aprovado o nome de Ramon Peres Martinez Garcia de Alcaraz como novo CEO da companhia em substituição a Fernando Antônio Simões, que assumirá a presidência do Conselho de Administração.

Como parte do plano de sucessão está a compra de 25% da participação que Ramon detém na Fadel Logística, que, como contrapartida, receberá ações correspondentes a 2,25% do capital social da JSL, após a emissão das novas ações. Ao todo, serão emitidos 6 milhões de papéis.

“A sucessão do cargo de Diretor Presidente está alinhada com o planejamento estratégico da JSL para que tenha um executivo com foco exclusivo em suas atividades. Este é um passo importante na trajetória da Companhia, que está pronta para um novo ciclo de desenvolvimento. O processo de sucessão desenhado possui, ainda, um alinhamento de interesses extremamente benéfico à Companhia uma vez que o Sr. Ramon se tornará, também, um dos principais acionistas
individuais da JSL. O plano de sucessão será iniciado imediatamente e a conclusão se dará no dia 14 de abril de 2021, quando o Sr. Ramon assumirá a presidência da Companhia”, afirmou a empresa em comunicado.

A JSL possui 75% da empresa atualmente, tendo desembolsado R$ 159 milhões pela fatia.

(Com Reuters, Bloomberg e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.