Ação da Camil (CAML3) fecha em alta de 5,79% com visão mais positiva de analistas sobre operações da companhia

Itaú BBA elevou projeções para ação, enquanto XP iniciou cobertura para os ativos nesta semana com recomendação de compra

Equipe InfoMoney

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A sessão é de ganhos para a ação da Camil (CAML3), em meio a um maior otimismo recente dos analistas de mercado com a companhia de alimentos. Os ativos CAML3 subiram 5,79%, a R$ 10,41.

No final desta semana, o Itaú BBA elevou a recomendação dos papéis de marketperform (desempenho em linha com a média do mercado, equivalente à neutra) para outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), com o preço-alvo passando de R$ 11 para R$ 13 ao fim de 2022, o que configura um potencial de valorização de 32% frente o fechamento da véspera.

Os analistas do banco dizem que, quatro anos após a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), a Camil voltou a entregar resultados sólidos e a cumprir as promessas feitas no período em que pretendia concretizar sua listagem na B3.

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“Atualmente, a empresa tem chamado a atenção dos investidores por causa de um momento positivo e da sua capacidade de execução de fusões e aquisições assertivas, que vêm trazendo resultados acima do esperado”, apontam.

Eles avaliam que, desde o IPO, a empresa sofreu no mercado de ações com um “de-rating”, ou seja, foi reclassificada por parte dos investidores por ter dificuldades para atingir os resultados projetados no período de listagem.

No entanto, de acordo com sua diretoria, a Camil optou por postergar parte dos planos que tinha feito na época devido a uma série de adversidades no mercado, principalmente aquisições prometidas que não seriam economicamente viáveis.

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Com a normalização do mercado e novas oportunidades surgindo, a Camil realizou duas aquisições importantes em 2021: i) a da Santa Amália, empresa de massas líder em Minas Gerais, que permitiu que a companhia entrasse em um segmento desejado e prometido desde o IPO e ii) a aquisição do direito de uso da marca União para a produção de café, outro setor que tem se mostrado de suma importância à empresa.

“Nas duas frentes, a Camil tem conseguido reportar margens (rentabilidade) acima dos níveis históricos, provando a sua habilidade e assertividade na hora de escolher os alvos desejados para suas operações de aquisição”, avalia o BBA.

Os analistas ainda reforçam que, apesar dos recentes movimentos, a Camil tem sido bastante enfática quanto ao fato de buscarem novas aquisições, uma vez que a sua alavancagem (nível de endividamento) atual de 2 vezes (dívida líquida em
relação ao Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) abre espaço para movimentações sem afetar o balanço da empresa, o que mostra a robustez de seus números. A empresa também conseguiu remunerar os
acionistas, não somente por dividendos, mas também através de expansão inorgânica e de recompras de ações realizadas, dada a sua forte geração de caixa.

“Neste contexto, entendemos que a empresa está passando por um momento operacional otimista e que seu histórico recente comprovou sua capacidade de execução e de integração de novos negócios. No entanto, enxergamos que grande parte do potencial da companhia ainda não está embutido em seu preço atual, sobretudo pelos cenários conservadores considerados para os segmentos de massa e de café”, concluem.

Na quarta-feira, a XP iniciou cobertura para Camil com recomendação de compra e preço-alvo para o fim de 2023 de R$ 14 (upside de 42%) destacando que, embora não seja a maior entusiasta da estratégia de precificação da empresa, que limita sua capacidade de arbitragem em momentos de alívio nos preços de commodities, como o atual, tem uma visão positiva para a ação.

Isto visto que (i) a Camil tem margens resilientes dado que a empresa atua em categorias quase essenciais para o consumidor brasileiro, mantendo marcas icônicas e top-of-mind; (ii) a diversidade de produtos complementares traz ganhos de escala para a Camil tanto na negociação com os clientes quanto na otimização de sua logística e ampla rede de distribuição; (iii) mercados internacionais e novos segmentos (Massas e Café) são importantes vias de crescimento para a empresa, em nossa opinião.

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