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SÃO PAULO – Em tempos de déficit fiscal crônico e aumento do endividamento público a perder de vista, a política torna-se ainda mais importante para a economia. Qualquer medida de investimento estatal tem que ser pensada com muito cuidado para que não leve o País à condição de insolvência.
É diante deste cenário que Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos, Carlos Melo, professor do Insper, e Richard Back, analista político da XP, discutem os impactos da política na economia brasileira, com a mediação do jornalista Augusto Nunes.
Segundo Melo, a oposição entre “velha política” e “nova política” é uma bobagem, pois o “toma-lá, dá-cá”, sempre existiu, mas nem sempre foi algo espúrio. “O Plano Real envolveu esse tipo de negociação, que está no centro do presidencialismo de coalizão”, afirmou.
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Para Melo, é o Congresso que garantirá a aprovação da reforma da Previdência. “A reforma será aprovada porque o Rodrigo Maia fechou uma coalizão”, destacou.
Já Zeina Latif ressaltou que o governo Temer conseguiu estancar a recessão com um projeto claro de governo e sinalização de diálogo com o Congresso. “É uma agenda de forma mais ampla, que une diversos ministérios. Tivemos uma coordenação muito importante feita pela Casa-Civil”, apontou.
Augusto Nunes, por sua vez, criticou o vazamento de mensagens trocadas pelo procurador da força-tarefa da Lava-Jato, Deltan Dallagnol com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, pelo site The Intercept. De acordo com ele, “o Brasil é o único país em do mundo em que o bandido quer prender o mocinho”.
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