A receita da Trisul para ser a companhia com o melhor retorno sobre o patrimônio do setor

CEO e diretor adjunto de relações com investidores da companhia participaram de live do InfoMoney e falaram sobre o que esperar para 2021

Anderson Figo

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SÃO PAULO — Mesmo tendo sido um ano difícil para o brasileiros, 2020 foi mais um ano lucrativo para a Trisul (TRIS3). A empresa do setor imobiliário e construção civil fechou o último trimestre do ano passado com aumento de 27% no lucro líquido sobre o mesmo período de 2019 e uma alta de 18% na receita operacional líquida, na mesma base de comparação. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 29%.

Para o CEO da companhia, Jorge Cury, a receita do sucesso foi manter o foco em empreendimentos voltados para a classe média alta e alta, e continuar apostando em manter as operações restritas em São Paulo. “É onde a gente conhece muito bem, e a classe média alta tem mais resiliência em momentos de crise”, disse, em live do InfoMoney nesta segunda-feira (15). “Não há na América Latina e nem no Hemisfério Sul algo parecido como a classe média alta de São Paulo”, completou.

A entrevista faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, no qual CEOs e outros executivos importantes de empresas da Bolsa comentam os balanços do quarto trimestre de 2020 e o desempenho anual das companhias, e falam também sobre perspectivas. Para não perder as próximas lives, que acontecem até o início de abril, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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O executivo falou que antes a proporção de terrenos da Trisul era de 70% terrenos de primeira linha, em bairros nobres, e 30% de terrenos de classe média. Agora, segundo ele, a proporção mudou para 80%-20%, e a companhia não deve comprar mais terrenos voltados para a classe média até que ela se recupere da crise.

Cury destacou que por causa do perfil de clientes a Trisul não observou um aumento da inadimplência como outras empresas de construção voltadas ao público de menor renda. No caso da Trisul, todos os empreendimentos são vendidos por no mínimo R$ 10.000 o metro quadrado.

Segundo ele, isso ajuda a companhia a ter o melhor retorno sobre patrimônio do setor. Cury falou ainda que o guidance de lançamentos prevê algo em torno de R$ 2 bilhões para este ano.

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O executivo comentou também sobre dividendos, aumento da Selic, banco de terrenos, concorrência, investimento em inovação e tecnologia para reduzir custos nos canteiros de obras, impacto do INCC sobre os recebíveis e mudanças que a pandemia trouxe na construção das novas unidades. Assista à live completa acima.

Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.