A megaempresa de private equity que não fica em Wall Street

Escondida em Baar, uma pequena cidade suíça, encontra-se uma empresa que, segundo algumas estimativas, vale mais do que suas grandes concorrentes americanas

Bloomberg

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(Bloomberg) — Se alguém falar sobre os titãs de private equity, você provavelmente pensará na Blackstone Group, na KKR & Co. ou na Carlyle Group.

Mas, escondida em Baar, uma pequena cidade suíça, em um edifício de vidro em frente a um McDonald’s e a alguns postos de gasolina, encontra-se uma empresa que, segundo algumas estimativas, vale mais do que suas grandes concorrentes americanas. Ela tem o terceiro maior valor de mercado do mundo entre as empresas de private equity com ações em bolsa e eclipsa administradoras de ativos muito maiores, como a Carlyle. A empresa realizou sua abertura de capital um ano antes que as primeiras colegas dos EUA e desde então cresceu mais de 10 vezes, enquanto que a cotação da Blackstone quase não supera o preço de seu IPO em 2007.

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“O tipo de seus negócios está fora do radar”, disse Michael Kunz, analista do Zürcher Kantonalbank. “É pouco provável que eles apareçam para tirar o Burger King da bolsa.”

Perfil baixo

Fundada em 1996 por três ex-executivos do Goldman Sachs Group, a empresa manteve um perfil baixo durante boa parte da sua história. Inicialmente atendendo clientes da Europa de língua alemã, concentrou-se em transações de médio porte, investindo em outros gerentes e comprando participações em empresas de private equity já existentes. Os investimentos lucrativos realizados após a crise financeira ajudaram a aumentar os ativos sob gestão em todos os anos desde o IPO de 2006 e a disparada das ações transformou seus fundadores, Alfred Gantner, Marcel Erni e Urs Wietlisbach, em bilionários.

No entanto, como em 30 de junho a empresa já administrava cerca de 58 bilhões de euros (US$ 69,46 bilhões) para clientes, manter o ritmo de crescimento sem perder seu DNA pode ser um desafio. Uma campanha para atrair uma maior fatia de ativos nos EUA fracassou e uma iniciativa de entrar nos planos de aposentadoria com contribuições definidas, uma área com um potencial enorme, ainda não ganhou impulso. A empresa, cuja divulgação dos ativos administrados no fim do ano está marcada para 11 de janeiro, levantou o recorde de 6 bilhões de euros para um novo fundo de aquisições no ano passado, um montante que poderia obrigá-la a fazer negócios maiores.

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“O crescimento da empresa tem sido notável, uma pequena empresa da Suíça se transformou em uma das maiores administradoras de ativos do mundo”, disse Thomas Liaudet, sócio da assessoria Campbell Lutyens. “O crescimento, no entanto, pode criar problemas. Agora, o veículo de aquisições vai competir com algumas das companhias que a empresa financia com seu fundo de fundos.”

Versão em português: Marisa Castellani em Sao Paulo, mcastellani7@bloomberg.net.

Repórteres da matéria original: Lukanyo Mnyanda em Edimburgo, lmnyanda@bloomberg.net, Christian Baumgaertel em Munich, cbaumgaertel@bloomberg.net, Kiel Porter em N York, kporter17@bloomberg.net.

Para entrar em contato com os editores responsáveis: Neil Callanan, ncallanan@bloomberg.net, Siobhan Wagner

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