9 ações disparam mais de 5% após Fed, Vale cai 2% e Ecorodovias recua 4%; veja mais

A Petrobras fechou com ganhos de 4% em meio à alta do petróleo nos mercados internacionais após decisões monetárias vindas do Fed

Paula Barra

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SÃO PAULO – A quarta-feira (18) foi de euforia para a Bolsa, com o Ibovespa fechando a sessão de hoje com ganhos de 2,47%, a 51.526 pontos, após o Federal Reserve retirar a menção “paciente” de seu comunicado sobre as taxas de juros. Mesmo assim, Janet Yellen, presidente do Fed, ressaltou que a retirada do termo não implica que a autoridade será “impaciente”. Entre os destaques estiveram as ações da Petrobras, que fecharam com fortes ganhos pela terceira sessão seguida, principalmente em meio à cotação do petróleo, que opera com ganhos após o Fed.

Em meio à euforia do mercado nesta quarta, 9 ações do Ibovespa subiram mais de 5%, sendo que no topo dos ganhos estiveram as ações de PDG Realty (PDGR3, R$ 0,42, +10,53%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 24,04, +7,08%), Marfrig (MRFG3, R$ 4,53, +6,59%), Light  (LIGT3, R$ 14,26, +5,71%) e Cosan (CSAN3, R$ 28,00, +5,70%).

Nos destaques negativos, no entanto, chamaram atenção os papéis da Vale, que mesmo com os mercados operando no positivo, fecharam entre os 8 papéis que ficaram no vermelho. Para ver os principais ganhos e perdas da Bolsa, utilize a ferramenta do InfoMoney “Altas e Baixas”, clicando aqui

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Confira abaixo os principais destaques da Bovespa nesta sessão:

Petrobras (PETR3, R$ 9,09, +4,36%; PETR4, R$ 9,27, +4,27%)
As ações da Petrobras deixaram a abertura negativa para trás e fecharam com fortes ganhos nesta quarta. Essa foi a terceira sessão seguida de ganhos do papel. Hoje o petróleo dispara nos mercados externos, com o WTI, cotado no Texas, operando com ganhos de 4,14%, a US$ 45,26, enquanto o Brent, negociado em Londres, operava com alta de 6,19%, a US$ 56,82.

Ainda no radar da companhia está a notícia de que a reunião do conselho de administração da estatal foi adiada do dia 23 para 26 de março, conforme afirmou uma fonte com conhecimento direto do assunto à Reuters. A pauta ainda não foi enviada aos conselheiros, que aguardam para saber se há a possibilidade de a reunião incluir assuntos relacionados à publicação do balanço da companhia.

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Vale (VALE3, R$ 19,59, -1,46%; VALE5, R$ 16,78, -2,39%)
Depois de um dia de otimismo na véspera, as ações da Vale fecharam em queda hoje em meio à derrocada do preço do minério de ferro. A commodity, principal produto da Vale, afundou 5,4%, chegando ao menor valor já registrado em meio a preocupações com a demanda no país asiático. A queda acontece em meio a temores de que maiores restrições ambientais na China podem atingir a produção de aço e prejudicar o apetite pela matéria-prima no país que é seu principal consumidor. Acompanharam o movimento hoje as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 11,62, -1,94%), holding que detém participação na Vale.   

Ecorodovias (ECOR3, R$ 9,15, -3,68%)
A Ecorodovias venceu o leilão da ponte Rio-Niterói realizado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) nesta quarta-feira na BM&FBovespa, em São Paulo. A companhia foi a que apresentou maior deságio sobre a tarifa mínima exigida, que era de R$ 5,18. O consórcio ofereceu preço de R$ 3,284, equivalente a um deságio de 36,7%. Entre as demais empresas que participaram do leilão, a CCR (CCRO3, R$ 15,97, +4,86%), que há 20 anos operava a concessão, ofereceu tarifa de R$ 4,242; a Triunfo (TPIS3, R$ 3,77, +1,07%), de R$ 3,869; a CS Brasil Transportes de Passageiros e Serviços Ambientais, de R$ 4,078; a Infra Bertin, de R$ 4,141; e o Consórcio Nova Guanabara, de R$ 3,359.  

BM&FBovespa (BVMF3, R$ 11,20, +4,19%)
A BM&FBovespa fechou em alta hoje novamente, após disparar 7,9% na véspera. Segundo o analista Lauro Vilares, da Guide Investimentos, sem nenhuma notícia no radar, o que pode explicar o movimento de arrancada é que ontem as ações romperam um importante patamar gráfico de R$ 10 – que já havia sido testado três vezes desde o final de dezembro. O rompimento disparou ordem de compras dos investidores já que era um ponto considerado importante para o papel, comentou. 

Usiminas (USIM3, R$ 21,21, -0,42%; USIM5, R$ 5,07, -0,59%)
Depois de três pregões seguidos de disparada, quando subiram impressionantes 119%, os papéis ordinários da Usiminas respiraram nesta sessão. O pedido do acionista minoritário Lirio Parisotto foi acatado pelo conselho da Usiminas e uma assembleia geral extraordinária deve ser convocada para o dia 6 de abril. Segundo o Valor, as informações são de que Parisotto deseja levar seu nome à votação para a presidência do conselho da siderúrgica. Nessa assembleia, os minoritários detentores de 10% do capital da empresa devem definir o novo presidente do conselho, visto que a Nippon Steel e a Ternium-Techint disputam, na Justiça, a gestão da empresa e, por isso, devem ser impedidos de votar, já que não chegam a um consenso. 

Eletrobras (ELET3, R$ 5,32, +4,31%; ELET6, R$ 6,93, +3,43%)
A Eletrobras anunciou ontem uma mudança nas garantias para quitar uma dívida de R$ 8,6 bilhões com a Petrobras, ocasionada pela inadimplência de distribuidoras de energia da região Norte em relação ao fornecimento de combustíveis. 

Natura (NATU3, R$ 25,93, +0,31%)
A Natura teve sua recomendação rebaixada de neutra para underperform (desempenho abaixo da média) pelo Credit Suisse. O preço-alvo segue em R$ 25 por ação. 

Ser Educacional (SEER3, R$ 11,39, +6,15%)
O grupo privado de educação Ser Educacional e a Ideal Invest, que gere o programa de crédito universitário Pravaler, fecharam acordo de parceria para oferecer crédito estudantil privado que prevê a disponibilização de até R$ 1 bilhão para financiar mensalidades de alunos. O financiamento será de até 100% durante toda a duração do curso e a Ser Educacional vai subsidiar uma parte da taxa de juros, restando aos alunos juro de 3,4% ao ano, mesmo percentual do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que é oferecido pelo governo federal.

Iguatemi (IGTA3, R$ 27,60, +4,55%)
A Iguatemi reportou o resultado do quarto trimestre de 2014 ontem após fechamento do pregão. Segundo a Guide Investimentos, o resultado foi forte e corrobora a tese de resiliência do segmento de shoppings ao cenário macroeconômico desafiador. A receita líquida da empresa foi de R$ 166,6 milhões no período, crescimento de 18,9% na comparação anual. O lucro líquido foi de R$ 65,4 milhões, avanço de 15,8%. 

Fibria (FIBR3, R$ 40,75, -1,85%)
A Fibria já encaminhou para apreciação do seu conselho de administração o projeto que pretende mais que dobrar o tamanho de sua fábrica em Três Lagoas (MS), de acordo com informações do Valor Econômico. Depois do longo aguardo do mercado, o projeto de US$ 2,5 bilhões está nas mãos dos conselheiros e depende do seu aval para sair do papel.