8 ações que podem roubar a cena na temporada de balanços, que tem início amanhã

Para analistas, a fraqueza dos balanços vista nos últimos períodos persistirá para o 4° trimestre, com risco de queda nas projeções já para 2016

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – A temporada de balanços costuma trazer volatilidade para a Bolsa, com as ações reagindo às expectativas do mercado sobre o resultado das empresas. A partir de amanhã não deverá ser diferente, com Santander (SANB11) e Fibria (FIBR3) dando o pontapé inicial aos resultados do 4° trimestre. 

Com os ânimos já voltados aos resultados, o Santander divulgou, nesta terça-feira (26), suas projeções para essa temporada, assim como faz uma lista com 8 ações que podem roubar a cena nesse período – tanto de maneira positiva como negativa.

Do lado das surpresas agradáveis, estão as ações da Smiles (SMLE3), Ultrapar (UGPA3), Mahle Metal Leve (LEVE3) e Fibria (FIBR3). Já do lado negativo, Duratex (DTEX3), Usiminas (USIM5), BRF (BRFS3) e Natura (NATU3), como as piores decepções.  

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Em relatório desta terça-feira, os analistas Daniel Gewehr e João Noronha, do Santander, comentam que a fraqueza dos balanços vista nos últimos períodos persistirá para o 4° trimestre, com risco de queda nas projeções já para 2016. Com as projeções do mercado para o PIB brasileiro em tendência de queda, eles deixam em aberto possibilidade de revisar para baixo a atual estimativa de crescimento do lucro das empresas para o ano que vem, de 15%. 

No caso das empresas que tendem a surpreender positivamente do lado operacional, eles citam papel e celulose, financeiro, transporte (com Embraer) – setores que o banco tem visão “outperform” (desempenho acima da média). O segmento de alimentos, telefonia e educação também podem entregar bons resultados. 

Por outro lado, siderúrgicas, elétricas, varejistas/consumo (com exceção de Lojas Renner e RaiaDrogasil), bens de capital (com expectativa de retração de 5% do Ebitda, excluindo Weg) e construtoras devem decepcionar, segundo os analistas. 

Continua depois da publicidade

Panorama geral
No geral, eles acreditam que a temporada trará compressão nas margens e elevada alavancagem das empresas, o que refletirá em um crescimento do LPS (Lucro Por Ação) de apenas 4,5%. 
 

Um crescimento estimado de dois dígitos do Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) que não se converterá em LPS, comentaram os analistas. 

Para eles, 60% das companhias vão apresentar crescimento da receita abaixo da inflação dos últimos 12 meses, enquanto 62% e 57% das companhias devem apresentar contrações no Ebitda e margens líquidas. Os analistas alertam que continuam vendo risco de queda na projeção de lucro das empresas para 2016 – atualmente, expectativa de crescimento de 15% -, enquanto as estimativas do mercado para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro seguem em declínio, perto de contração de 3% no ano que vem.