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7 números, uma verdade: as mulheres ainda têm muito a crescer no mercado financeiro

Veja quais conquistas ainda não foram atingidas pelas mulheres no mercado financeiro apesar de todos os avanços dos últimos anos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As conquistas das mulheres no século XX e neste começo de século XXI são incontáveis. Do direito ao voto (na maioria dos países) à possibilidade de se verem representadas por uma presidente e de conseguirem cargos de chefia nas empresas, não há como questionar que a mulher é muito mais livre, independente e tem muito mais oportunidades hoje. Contudo, neste Dia Internacional da Mulher, ainda há muito a ser conquistado, principalmente no mercado financeiro. Veja 7 estatísticas que mostram que a luta pelo espaço feminino ainda não acabou. 

1. Mulheres são menos de um quarto das pessoas físicas na Bolsa
As mulheres são um pouco mais de 50% da população brasileira, mas representam apenas 23,77% dos CPFs inscritos na BM&FBovespa. Das 559.374 pessoas físicas inscritas na nossa Bolsa, 427.455 são homens e 131.919 são mulheres, segundo dados oficiais do histórico de pessoas físicas da Bovespa. 

2. A proporção de mulheres só caiu desde 2012 na Bovespa
Segundo essa mesma base de dados, a participação das mulheres na Bovespa desde 2002 vinha aumentando consistentemente de 17,63%, chegando até 25,30% em 2012, mas desde então só tem caído e já chega a 23,58% neste começo de 2016.

3. O número de CPFs de mulheres cai mais do que o de homens no mercado
Conquanto o número de pessoas físicas na Bovespa caiu desde 2010 de uma forma geral (o que é explicado principalmente pela volatilidade dos últimos anos), o número de mulheres investidoras caiu mais do que a média. São 12,79% menos mulheres na Bolsa em seis anos, contra uma queda de 8,44% na média geral.

4. Brasil é o 3º pior em mulheres em posições de liderança
É bom ter em mente que o mesmo país que recentemente reelegeu sua primeira presidente mulher na história também é o terceiro pior colocado no ranking das nações com mulheres em cargos de liderança no mundo, segundo a pesquisa “Women in Business 2015”, da Grant Thornton. De acordo com o estudo, 57% das nossas empresas não têm mulheres nas posições mais altas de comando, número que só é melhor que os da Alemanha (59%) e Japão (66%). Para efeito de comparação, a média global atualmente é de 32%.

5. Apenas 21% dos agentes autônomos são mulheres
Segundo a Ancord (Associação do Mercado de Capitais), há 5.565 agentes autônomos de investimento credenciados. Deles, 4.369 ou 79% são homens e apenas 1.196 ou 21,5% são mulheres. O agente autônomo é o profissional ligado a uma corretora que gere a própria carteira de investimentos, prestando serviços como assessoria a investidores iniciantes ou experientes. 

6. Somente 15% dos analistas com CNPI são mulheres
Segundo levantamento feito pela InfoMoney com base na lista de analistas de investimento credenciados pela Apimec, cerca de 15% dos 664 analistas com CNPI são mulheres. 

7. Apenas 11% dos CFAs são mulheres
Um levantamento divulgado pelo CFA Institute, um programa global para a certificação de profissionais de investimentos, mostra que no Brasil apenas 11% dos profissionais com certificado CFA são mulheres. O número, que está abaixo da média mundial de 18%, se mostra ainda menor quando comparado com países como China e Hong Kong, em que a participação de mulheres é de 31% e 26%, respectivamente. 

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