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SÃO PAULO – No último dia de janeiro o Credit Suisse realizou um grande evento para investidores em que ganhou destaque o “embate” entre Marcio Appel, sócio-fundador da Adam Capital, e Rogério Xavier, um dos fundadores da lendária SPX (clique aqui para ver mais). Na ocasião, o banco também aproveitou para fazer uma pesquisa com os participantes e o resultado mostra um grande otimismo com o mercado brasileiro.
No levantamento, 89% disseram acreditar que o Ibovespa irá encerrar esse ano acima da marca de 85 mil pontos, sendo que 32% projetam a bolsa em mais de 100 mil pontos. 9% dos entrevistados esperam que o mercado fique próximo da estabilidade, entre 75 mil e 85 mil pontos. Enquanto isso, apenas 1% vê o índice entre 65 mil e 75 mil pontos e outros 1% abaixo de 65 mil pontos.
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Questionados sobre em qual classe de ativos estão mais expostos, 68% dos entrevistados disseram que estão comprados em ações da bolsa. No segundo lugar aparem CDIs e “investimentos alternativos”, ambos com 9%. Na sequência ficaram renda fixa e ativos ligados à inflação, com 7% cada um. Câmbio ficou com 0% e a categoria “outros” teve 1%.
Todo esse otimismo com o País é reflexo de uma avaliação de melhora das empresas locais. 36% dos entrevistados disseram que o principal fator que guia seus investimentos no Brasil é a projeção de melhora dos resultados e valuation das empresas.
Enquanto isso, 29% dos investidores apontaram a redução do custo de capital como fator para “apostarem” mais no País. 16% olham para a eleição presidencial e 13% para o cenário global como fatores para o otimismo com o mercado. 3% acreditam na aprovação da reforma da Previdência e outros 2% disseram que são outros fatores.
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Sobre os melhores setores da bolsa, 30% dos entrevistados disseram que as empresas financeiras terão o melhor desempenho no primeiro semestre desde ano, seguidas pelas varejistas, com 20%, e pelas mineradoras e siderúrgicas, com 11%. Entre os piores a disputa foi mais acirrada: 17% apontaram o setor de infraestrutura, 16% as de telecomuniações e tecnologia. Com 10% ainda apareceram as financeiras e as de utilites como as piores do semestre.
No caso do câmbio, 53% dos invstidores apontam que o dólar deve se manter no atual patamar entre R$ 3,00 e R$ 3,25, enquanto 28% acreditam que a moeda deve subir para um nível entre R$ 3,25 e R$ 3,50. Outros 13% projetam o dólar ainda mais baixo, entre R$ 2,75 e R$ 3,00 e os últimos 6% já olham para patamares acima de R$ 3,50.
No caso da Selic, a projeção de 48% é que fique entre 6,25% e 6,75%, enquanto 24% apontam para uma alta de juros este ano, que levaria a taxa para 7%. Há ainda outros 18% que acreditam que a Selic pode ir para um nível entre 7,25% e 7,75%.
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Eleição e riscos
Entre os maiores riscos para o mercado apontados pelos investidores que participaram do evento, 68% acreditam que será a eleição de outubro. Na sequência, com 20%, os participantes apontaram a não-aprovação da reforma da Previdência. Uma alta da inflação foi apontada como risco para 4%, enquanto 3% disseram serem outros fatores ou um crescimento menor que o esperado do PIB (Produto Interno Bruto).
Sobre as eleições, a grande maioria, com 58%, dos investidores aposta na vitória de Geraldo Alckmin, que é seguido por Luciano Huck com 16%. A pesquisa ocorreu antes do apresentador negar pela segunda vez que será candidato. Em terceiro lugar ficou Jair Bolsonaro, com 10% dos participantes. “Outro” teve 5% e Henrique Meirelles apareceu com 4%.
Ainda com votos tiveram Marina Silva (3%), o presidente da Câmara Rodrigo Maia (2%) e Lula (1%). Não chegaram nem a 1%, Ciro Gomes, Jaques Wagner, João Doria e Michel Temer.