A 3 Tentos (TTEN3) teve um lucro líquido de R$ 76,9 milhões no segundo trimestre de 2023, queda de 36,% na base anual.
O recuo do lucro não acompanha a alta da receita líquida da companhia de soluções e suporte para o agronegócio, que foi de 17,6%, chegando a R$ 1,7 bilhão. Do outro lado a 3 Tentos viu seu lucro bruto cair 27,2% na base anual, para R$ 184,2 milhões, e sua margem bruta ficar em 10,5% entre abril e junho deste ano, contra 16,9% no mesmo intervalo de 2022.
Em insumos, que abrange sementes, fertilizantes e defensivos e que foi o destaque negativo do trimestre, a empresa viu a sua margem sair de 21,9% para 16,4%, com o lucro bruto em R$ 55,8 milhões.
“O desempenho no segmento de Insumos está relacionado a queda nos preços dos insumos, e a estiagem durante a safra 22/23 impactando a venda de defensivos. Devido a este cenário, tivemos uma pressão nas margens com a comercialização desses produtos em níveis de preços menores se comparado ao nível de preço dos estoques”, explica a empresa no documento publicado na noite desta segunda-feira (14).
Fora isso, a 3 Tentos também registrou um crescimento das suas despesas com vendas, gerais e administrativas, que subiram 6,6% no ano, cegando a R$ 143,4 milhões – aumento explicado, de acordo com a empresa, pelo aumento do volume de grãos exportados e pela expansão de novas lojas.
“O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado foi de R$43,9 milhões, redução de 54,8% comparado ao segundo trimestre de 2022. A margem Ebitda ajustada de 2,5% apresentou redução de 4,0 pontos percentuais. se comparado com o mesmo período do ano anterior”, falam. “O desempenho nos segmentos de Insumos e Indústria impactaram o resultado operacional. Em Insumos com a queda nos preços e estoques a custos mais elevados, e na Indústria com a fixação mais lenta do produtor referente ao grão entregue”.
A 3 Tentos, por fim, teve um resultado financeiro positivo de R$ 17,1 milhões, ante R$ 6,3 milhões no segundo trimestre de 2022 – diferença explicada, principalmente, por conta de instrumentos derivativos utilizados como hedge. A companhia encerrou junho com dívida líquida de R$ 537 milhões.