19 empresas listadas em Bolsas pelo mundo possuem US$ 6,5 bilhões em bitcoins, diz estudo

Estudo diz ainda que US$ 43,2 bilhões em bitcoins são mantidos por fundos fechados de criptomoedas, ETFs e outros produtos negociados em bolsa

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A onda de grandes empresas entrando no mercado de criptoativos parece realmente estar avançando. 19 empresas de capital aberto e com um valor de mercado combinado de US$ 1 trilhão, possuem cerca de US$ 6,5 bilhões em Bitcoin.

O dado é de um estudo recente da Nickel Digital Asset Management, uma gestora britânica especializada em criptomoedas. De acordo com os dados, essas empresas gastaram US$ 4,3 bilhões para comprar bitcoins, sendo que a maior parte delas fez a aquisição nos últimos 18 meses.

A Nickel aponta que sete dessas companhias adquiriram a moeda digital em 2020, enquanto pelo menos outras oito, incluindo a fabricante de carros elétricos Tesla (TSLA34), compraram bitcoins nos quatro primeiros meses deste ano. Eles lembram que mesmo com a companhia de Elon Musk suspendendo as vendas de automóveis usando a criptomoeda, ela manteve seus investimentos.

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Destas 19 empresas listadas em bolsa, 13 estão sediadas nos Estados Unidos ou Canadá, três são europeias, uma turca, uma de Hong Kong e mais uma tem sede na Austrália. O estudo ainda aponta que outras 17 companhias compraram bitcoins, mas não revelaram detalhes de suas posições atualmente.

A gestora afirma ainda que US$ 43,2 bilhões em bitcoins são mantidos por fundos fechados de criptomoedas, ETFs e outros produtos negociados em bolsa. Desse valor, o estudo diz que cerca de 65% da participação está nos EUA e Canadá.

Anatoly Crachilov, cofundador e CEO da Nickel Digital, ressalta o número crescente de empresas que fizeram alocações significativas em Bitcoin como parte de suas estratégias de reserva de tesouraria.

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Desde o fim do ano passado, companhias como a Square, MicroStrategy e Tesla fizeram grandes compras da criptomoeda. Mais recentemente a argentina Mercado Livre (MELI34) também informou a adoção dessa estratégia.

“Isso, juntamente com uma inclusão confirmada de criptoativos na construção do portfólio pelos principais gestores de ativos globais, como Paul Tudor Jones, Bill Miller, Ruffer e Guggenheim Partners, é um endosso muito importante para a funcionalidade emergente do Bitcoin como hedge contra a inflação”, avalia Crachilov.

Ele afirma ainda que a crise da Covid-19 e as políticas monetárias expansionistas implementadas pelos bancos centrais de vários países “mudaram dramaticamente a perspectiva das moedas fiduciárias, aumentando o risco de desvalorização da moeda”. Além disso, ele diz que a inflação em alta nos EUA e as grandes compras de ativos feitas pelo Federal Reserve também tem levado muitas empresas a buscarem um investimento em ativos alternativos, como o Bitcoin.

O estudo ainda ressalta uma pesquisa feita pela Nickel no início deste ano com investidores institucionais e gestores da Europa, que gerenciam juntos mais de US$ 110 bilhões em ativos, mostrando que nos próximos dois anos 81% deles esperam ver um aumento nas empresas que têm bitcoins em suas reservas de tesouro. Destes, cerca de 29% projetam um crescimento dramático nessa tendência.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.