Linx: comportamento de “unicórnio” pode dobrar valor da empresa na bolsa, dizem analistas

Após lançamento de subadquirente, fabricante de software para o varejo já subiu 40% na bolsa – e pode subir muito mais

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – A fabricante de software para o varejo Linx (LINX3) pode estar se transformando em um novo “unicórnio” brasileiro ao aplicar esforços em iniciativas que a transformam lentamente em uma espécie de fintech multifuncional.

Desde o lançamento da subadquirente Linx Pay, no dia 18 de outubro, a ação da empresa na bolsa de valores passou de R$ 17,99 a R$ 25, uma alta de 40%, em apenas uma semana. E o mercado quer mais.

Para analistas do Bradesco BBI, o papel pode chegar a R$ 31 em uma estimativa relativamente conservadora. No caso mais otimista, eles veem até R$ 38 – ou seja, o valor de mercado da empresa mais que dobraria na comparação com o período pré-Linx Pay.

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Por que a empolgação?

Se tudo correr bem, a Linx pode entrar em uma categoria de empresas que chama muita atenção mundialmente com sua tecnologia complementar de pagamentos. Entre os nomes de maior destaque, as chinesas do pagamento digital Wechat e Alipay já transacionam mais pagamentos na China que os meios tradicionais.

E há exemplos mais próximos. Nesta semana, o IPO da brasileira Stone na bolsa de valores de Nasdaq, nos EUA, teve participação até do megainvestidor Warren Buffett e foi uma demonstração da confiança que se tem na área de fintechs. Estima-se que a Stone processa R$ 80 bilhões em pagamentos anualmente.

Fornecedora de software de vendas com mais de 40% deste mercado, a Linx já tem a seu favor uma base de clientes fiéis que podem ver vantagem na integração completa entre seus sistemas de pagamento e de organização empresarial, incluindo TEF e conciliação. Sua expectativa é de angariar, em 5 anos, um mercado de R$ 125 bilhões só a partir desta base.

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Graças a esta integração, a empresa acredita ter um bom argumento para cobrar taxas de transação um pouco mais elevadas que a média. O cliente pode contrabalancear o valor do MDR com ganhos de eficiência.

A novidade também abre as portas da empresa a uma nova gama de investidores. “Acreditamos que a ‘nova Linx’ conseguiu atrair investidores que não observavam o mercado de tecnologia anteriormente”, dizem analistas do BBI.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney