Salto no ranking, grandes vitórias e títulos: por que 2025 foi o ano de João Fonseca

Em uma temporada de confirmação, brasileiro saltou do 145º para o 24º do ranking, venceu campeonatos e se firmou entre os principais nomes do circuito

Marina Verenicz

Foto: Reprodução Instagram/ @joaoffonseca
Foto: Reprodução Instagram/ @joaoffonseca

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Em apenas dois anos no circuito profissional, João Fonseca teve uma das evoluções mais rápidas já registradas no tênis mundial.

Somente em 2025, o carioca saltou do 145º para o 24º lugar no ranking da ATP, consolidando a transição de promessa para realidade no mais alto nível do esporte.

O avanço foi sustentado por títulos, vitórias expressivas e desempenho consistente nos principais torneios do calendário.

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Primeiro título

A temporada começou em alta com a conquista do Challenger de Canberra, na Austrália — o primeiro título da carreira.

Na sequência, veio a estreia em Grand Slams, no Australian Open, onde chamou atenção ao eliminar Andrey Rublev, então top-10 do mundo, logo na primeira rodada.

O resultado colocou Fonseca no Top 100 da ATP aos 18 anos, feito inédito para um brasileiro nessa idade na Era Aberta.

O brasileiro João Fonseca reage durante sua partida de primeira rodada contra o russo Andrey Rublev. REUTERS/Jaimi Joy

Vitória na Argentina

O mês seguinte seria ainda mais simbólico. No Aberto da Argentina, Fonseca chegou à final e fez história ao conquistar o título, tornou-se o brasileiro mais jovem a erguer um troféu de simples em um torneio ATP na Era Aberta. O resultado o colocou como o tenista brasileiro mais bem ranqueado do circuito.

Tênis – ATP 250 – Argentina Open – Final – Buenos Aires Lawn Tennis Club, Buenos Aires, Argentina – 16 de fevereiro de 2025. O brasileiro João Fonseca reage após vencer a final contra o argentino Francisco Cerundolo. REUTERS/Matias Baglietto IMAGENS TPX DO DIA.

A partir daí, Fonseca passou a conviver com expectativas maiores, e respondeu bem. Na gira americana e europeia, alternou bons desempenhos com tropeços naturais à idade, mas se manteve no Top 50.

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Ao completar 19 anos, tornou-se o tenista mais jovem entre os 50 melhores do mundo, reforçando seu lugar entre as principais promessas da nova geração internacional.

Maturidade

Nos Grand Slams, mostrou competitividade independente da superfície.

Em Roland Garros, estreou com vitória sobre o número 28 do mundo, Hubert Hurkacz, avançou à terceira rodada e só foi parado pelo então top-5 Jack Draper. Em Wimbledon, brilhou na grama com triunfos sobre Jacob Fearnley e Jenson Brooksby, caindo novamente na terceira fase, desta vez para o chileno Nicolás Jarry.

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Tênis – Wimbledon – All England Lawn Tennis and Croquet Club, Londres, Reino Unido – 4 de julho de 2025 João Fonseca, do Brasil, em ação durante sua partida da terceira rodada contra Nicolás Jarry, do Chile. REUTERS/Isabel Infantes

A trajetória seguiu de evolução contínua. O desgaste físico da temporada e a exigência dos jogos de cinco sets não impediram Fonseca de estrear com vitória também no US Open, sobre Miomir Kecmanović, antes de ser superado pelo tcheco Tomas Machac, número 22 do ranking.

Consagração

A consagração definitiva viria no fim do ano. Em outubro, Fonseca conquistou o ATP 500 da Basileia, na Suíça, seu maior título até então, e o mais relevante de um brasileiro desde os tempos de Gustavo Kuerten.

A campanha confirmou que o jovem não apenas vence adversários mais experientes, como lida de forma natural com a pressão e o peso de rivais mais bem ranqueados.

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João Fonseca vence o ATP 500 da Basiléia | Foto: Pierre Albouy / Reuters

Davis

A temporada ainda reservou um capítulo especial com a seleção brasileira: pela Copa Davis, Fonseca derrotou Stefanos Tsitsipas em solo grego e ajudou a garantir a classificação do país, reforçando seu papel como novo protagonista do tênis nacional.

João Fonseca (Foto: Andre Gemmer/CBT)

Ao final de 2025, João Fonseca acumulou no ano dois títulos Challenger, um ATP 250 e um ATP 500 e encerrou a temporada como número 24 do mundo, após subir 121 posições. Mais do que promessa, tornou-se realidade no mais alto nível do tênis.

O desempenho excepcional cumpre uma das metas traçadas pela equipe do atleta para 2026, de ser cabeça de chave no Australian Open, onde iniciará, já em janeiro, sua terceira temporada como profissional. Se o ritmo for mantido, o tênis brasileiro pode estar diante de seu novo grande nome.

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