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Indiciado por suposto envolvimento em esquema de apostas esportivas, Bruno Henrique pode entrar na lista de atletas denunciados ou, até mesmo, condenados por participação nesses casos.
O atacante do Flamengo é suspeito pela Polícia Federal (PF) de estelionato e fraude em competição esportiva, em uma investigação que apura a manipulação de jogos de futebol para benefício de apostadores.
O jogador é suspeito de ter forçado um cartão amarelo em uma partida do Brasileirão de 2023.

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No Brasil, em 2023, a Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), culminou em uma série de sanções a diferentes atletas envolvidos em manipulações de resultados em partidas das Séries A e B do ano anterior.
Foi o primeiro grande caso no país desde a “Máfia do Apito”, em 2005, quando 11 partidas do Brasileirão daquele ano foram anuladas e remarcadas devido ao envolvimento do árbitro Edilson Pereira de Carvalho no resultado dos jogos, para benefício de terceiros.
Na Penalidade Máxima, os jogadores foram investigados por participar de manipulação de resultados e por forçar cartões amarelos para beneficiar apostadores.
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Como resultado, a FIFA baniu do futebol Gabriel Tota, Ygor Catatau e Matheus Phillipe. Paulo Miranda e Onitlasi Junior Moraes receberam pena de suspensão de 720 dias cada.
Paulo Sérgio Marques Corrêa, André Luiz Siqueira Júnior e Mateus da Silva Duarte foram punidos com 600 dias, enquanto Eduardo Bauermann e Fernando Neto receberam suspensão de 360 dias.
Alef Manga foi punido em outra investigação e também recebeu 360 dias de suspensão, além de uma multa de R$ 50 mil. Ele já voltou a atuar no último ano e atualmente defende o Avaí, na Série B do Campeonato Brasileiro.
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Fora do Brasil, as leis europeias no futebol são ainda mais rígidas.
No Campeonato Inglês, Lucas Paquetá, do West Ham, foi denunciado após uma investigação da Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês).
A conduta do meia em quatro jogos do West Ham, entre 2022 e 2023, está sendo apurada, com benefícios para familiares.
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O atleta nega o envolvimento e conhecerá a decisão da FA ao final desta temporada.
No mesmo caso de Paquetá, esteve envolvido Luiz Henrique, ex-Botafogo e atualmente no Zenit, durante o período em que o atacante atuava no Betis, da Espanha.
Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, três pessoas foram indiciadas, incluindo Bruno Tolentino Coelho, tio de Paquetá, cuja transferência via Pix no valor de R$ 30 mil ao atacante foi constatada nas averiguações.
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Ainda na Inglaterra, Ivan Toney, do Brentford, pegou um gancho de oito meses após infringir 232 vezes o código de conduta que proíbe atletas de fazerem apostas, entre 25 de fevereiro de 2017 e 23 de janeiro de 2021. O atacante também recebeu uma multa de 50 mil libras (R$ 306,8 mil).
Das 29 apostas em resultados de partidas, Toney apostou 16 vezes que seu time venceria. Ele participou de 11 dessas partidas e esteve no banco de reservas em outra ocasião.
O caso mais chocante envolve as 13 apostas restantes, nas quais o atacante torceu para que seu próprio time perdesse. Atualmente, ele defende o Al-Ahli, da Arábia Saudita.
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O italiano Sandro Tonali, do Newcastle, cumpriu uma suspensão de dez meses por apostas ilegais enquanto atuava no Milan e no Brescia. A pena foi definida pela Federação de Futebol da Itália (FIGC). O jogador confessou que apostava em vitórias dos times pelos quais atuava.
Além do Futebol
Na Major League Baseball (MLB), dos Estados Unidos, um dos casos mais emblemáticos ocorreu em 1919, no início do esporte.
“Shoeless” Joe Jackson e outros sete jogadores do Chicago White Sox foram banidos após o escândalo da World Series daquele ano, conhecido como “Black Sox Scandal”. Eles foram acusados de combinar uma manipulação no resultado das partidas.
Também emblemático, o caso de Pete Rose, líder em múltiplas estatísticas da MLB, fez com que o ex-treinador e jogador fosse impedido de entrar no Hall da Fama do esporte.
Em 1989, ele esteve sob suspeita de apostas em jogos de beisebol enquanto ainda defendia o Cincinnati Reds. Em 2004, após anos negando as acusações, Rose admitiu e confessou que realmente apostou a favor, e não contra, os Reds.