Brasil foi país que mais transferiu jogadores de futebol em 2024, diz estudo da FIFA

No futebol profissional masculino, os atletas brasileiros concentraram os maiores gastos de clubes ao redor do mundo em 2024, recebendo quase R$ 7 bilhões

Maria Luiza Dourado

Endrick (Reprodução/Instagram)
Endrick (Reprodução/Instagram)

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O Brasil foi o país que mais transferiu jogadores em 2024, com um total de 2.350 transferências ao longo da temporada. É o que mostra o relatório Global Transfer Report (Relatório Global de Transferências) da FIFA.

Segundo os dados do estudo sobre futebol masculino, a Argentina aparece em segundo lugar na lista, com 1.217 transferências feitas no ano, seguida pelo Reino Unido (1.078), França (1.052) e Nigéria (954).

Os jogadores que se transferiram internacionalmente em 2024 eram de 176 nacionalidades diferentes. Neste universo, os atletas brasileiros concentraram os maiores valores, recebendo um total de US$ 1,19 bilhão de clubes por transferências internacionais no ano, montante que equivale a R$ 6,87 bilhões na cotação atual.

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Eles foram seguidos pelos franceses (US$ 926,9 milhões), portugueses (US$ 620,5 milhões), argentinos (US$ 605,5 milhões) e espanhóis (US$ 500,8 milhões).

Destinos mais comuns

O maior fluxo de transferência em números absolutos foi de jogadores saindo de um clube no Brasil para uma equipe em Portugal (262 transferências). O caminho inverso, de Portugal para o Brasil, aparece em segundo lugar (223 transferências).

As rotas movimentaram US$ 33,9 milhões (R$ 195,66 milhões) e US$ 24,8 milhões (R$ 143,14 milhões) em taxas de transferência, respectivamente.

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Destinos mais caros

Apenas 46 transferências de jogadores da França para a Inglaterra foram responsáveis por US$ 305 milhões, tornando esta rota o principal fluxo de transferências em termos de gastos.

Leia mais: Clubes movimentam R$ 8 bi em janela de transferências puxada por Manchester City

Confederações

Os clubes da confederação europeia de futebol, a UEFA, foram os maiores receptores de taxas de transferência, com um total de US$ 6,94 bilhões (R$ 40,05 bilhões). Já os clubes da CONMEBOL, a confederação de futebol da América do Sul, receberam a segunda maior quantia, com um total de US$ 1,13 bilhão (R$ 6,52 bilhões).

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Em termos de gastos com taxas de transferência, a dominância europeia é ainda mais pronunciada, com mais de 80% de todos os gastos desse tipo originando-se de clubes na região da UEFA (US$ 6,96 bilhões, ou R$ 40,17 bilhões).

A confederação com o segundo maior gasto em taxas de transferência foi a confederação asiática de futebol, a AFC, com um total de US$ 695,4 milhões, ou R$ 4 bilhões (8,1% do total). Isso foi impulsionado principalmente por clubes da Arábia Saudita e do Catar, com gastos de US$ 464,5 milhões (R$ 2,7 bilhões) e US$ 117,7 milhões (R$ 680 milhões), respectivamente.

Maria Luiza Dourado

Repórter de Finanças do InfoMoney. É formada pela Cásper Líbero e possui especialização em Economia pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.