Recomendação de ações: conheça alguns dos termos mais usados pelos analistas

Não existe uma metodologia única para as recomendações dos analistas e termos utilizados variam bastante

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Na hora de acompanhar os relatórios de analistas fundamentalistas sobre empresas listadas em Bolsas, muita gente ainda mostra dúvidas em relação a alguns dos termos usados. Isso ocorre com grande freqüência, já que não existe um padrão único adotado pelos analistas.

Além disso, considerando a importante participação dos investidores estrangeiros no mercado brasileiro, muitos relatórios trazem termos em inglês, muitos dos quais não têm uma tradução direta para o português.

Análise relativa ou absoluta
A primeira distinção que deve ser feita é checar se a análise se refere ao comportamento absoluto ou relativo do ativo. Algumas recomendações de COMPRA, por exemplo, são absolutas, ou seja, o analista espera que o preço da ação irá subir em relação à cotação atual, com possibilidade de gerar ganhos ao investidor.

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Por outro lado, alguns analistas utilizam uma metodologia diferente. Por exemplo, a classificação OUTPERFORM indica que a cotação do ativo em questão, na opinião do analista, deve superar algum índice de referência, como, por exemplo, o Ibovespa ou mesmo um índice setorial.

A melhor forma de identificar qual o critério adotado é, de posse do relatório, checar as últimas páginas da análise, que, para a maioria das instituições que atuam neste mercado, traz uma descrição mais detalhada da metodologia e dos critérios adotados.

Alguns termos em português
Os termos mais usados pela maioria dos analistas que publicam seus relatórios em português são os tradicionais COMPRA, MANUTENÇÃO E VENDA. No entanto, é comum também a utilização de termos como NEUTRA ou MANTER para ativos nos quais os analistas esperam um desempenho em linha nos próximos meses.

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Alguns analistas também usam a expressão ATRAENTE, muitas vezes dentro de uma conceito intermediário entre MANUTENÇÃO e COMPRA. Já o termo FORTE COMPRA aparece em alguns relatórios, em geral indicando os papéis “preferidos” pelos analistas ou com potencial de valorização significativo.

Outra expressão usada por muitos analistas é RESTRITO, que indica que o banco ou corretora não está divulgando sua recomendação sobre o ativo. Isso geralmente ocorre quando a instituição está trabalhando em algum projeto de finanças corporativas com a empresa, de forma que não seria ético à instituição revelar sua recomendação pois pode estar de posse de informações confidenciais.

Expressões em inglês
Se alguns investidores encontram dificuldades em entender as recomendações em português, o problema se agrava quando os relatórios usam termos em inglês. No entanto, assim como em português, boa parte dos relatórios em inglês usa as expressões BUY, HOLD e SELL, referindo-se, respectivamente, à COMPRA, MANUTENÇÃO E VENDA.

Outra forma bastante utilizada, principalmente quando a análise é relativa a um índice de mercado ou setor, é a classificação que considera OUTPERFORM (previsão de desempenho acima do índice de referência), NEUTRAL ou PEER PERFORM (em linha) e UNDERPERFORM (expectativa de desempenho inferior ao indicador em questão).

Utilizando uma metodologia similar, bastante aplicada a carteiras recomendadas, muitos analistas usam termos como OVERWEIGHT, NEUTRAL ou UNDERWEIGHT, indicando que o investidor deve aumentar sua exposição, mantê-la inalterada ou reduzi-la, respectivamente.

Dentre os termos usados encontram-se também REDUCE, que geralmente equivale à VENDA, e também FULLY VALUED, muitas vezes usado entre MANUTENÇÃO e VENDA.

Por fim, uma expressão muito usada, tanto em relatórios de instituições brasileiras como estrangeiras, é TOP PICK. Ela equivale, de certa forma, ao FORTE COMPRA, indicando uma ação na qual o analista mostra uma preferência, geralmente fazendo parte de uma carteira recomendada.