BM&F: conheça a instituição onde derivativos são o centro dos negócios

Após incorporar instituições com diferentes focos, a Bolsa de Mercadorias & Futuros se tornou o maior <em>clearing</em> da América Latina

Camila Schoti

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SÃO PAULO – Visando organizar, operacionalizar e desenvolver um mercado de títulos e contratos futuros transparente, a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) concentra operações que vão desde produtos agropecuários, como café, soja e boi gordo, a derivativos financeiros, como contratos de DI, Ibovespa e dólar comercial futuro.

Para tal, a BM&F mantém local e sistemas próprios para negociação, registro, compensação e liquidação de operações de compra e venda. Além de criar mecanismos e normas para o acompanhamento e a regulação de seus mercados e também para garantir aos participantes o cumprimento das obrigações assumidas no sistema de negociações.

Após incorporar, ao longo de sua história, diversas instituições com características distintas, a BM&F centraliza atualmente mercados variados e negocia inúmeros tipos de contratos, como futuros, a termo, opções, além da negociação de títulos públicos e privados, sendo a maior clearing da América Latina.

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Um breve histórico
A BM&F é fruto de um acordo entre a Bolsa de Mercadorias de São Paulo (BMSP), fundada por empresários ligados à exportação e agricultura em outubro de 1917, com a Bolsa Mercantil & Futuros (BM&F) que surgiu em julho de 1985, oferecendo produtos financeiros diversos. O acordo entre as duas foi firmado em maio de 1991, quando ambas uniram suas atividades operacionais, surgindo a Bolsa de Mercadorias & Futuros.

A instituição foi ganhando força e em junho de 1997 ocorreu novo acordo operacional, desta vez com a Bolsa Brasileira de Futuros (BBF), fundada em 1983, com o objetivo de fortalecer o mercado doméstico de commodities e consolidar a BM&F como o principal centro de negociação de derivativos do Mercosul.

Posteriormente, em maio de 2004, a BM&F se tornou a principal clearing da América Latina, depois de adquirir atividades da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) e da Centralclearing de Compensação e Liquidação, centralizando operações com títulos públicos e renda fixa, ativos emitidos por instituições financeiras, títulos privados e etc.

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Tipos de mercados
Desta maneira, atualmente diversos mercados são centralizados na BM&F. Um dos principais são os mercados futuros, em que as partes assumem o compromisso de compra e venda para liquidação física ou financeira em uma data futura, contando com o ajuste diário do valor dos contratos.

Há também os mercados a termo, semelhantes aos futuros, mas não há ajuste diário ou mesmo intercambialidade de posições, de maneira que as partes ficam vinculadas uma à outra até a liquidação do contrato.

Os contratos de swap, em que as partes trocam índices de rentabilidade por outro para fazer hedge, equalizar preços, arbritrar mercados ou mesmo alavancar sua exposição ao risco, também são negociados na BM&F. Além disso, opções sobre disponível, opções sobre futuro, opções flexíveis, operações estruturadas e outros derivativos de balcão, podem ser negociados.

Contratos de DI são os mais negociados
O tipo de contrato mais negociado nos mercados futuros da BM&F são os contratos de Deposito Interfinanceiro (DI), que apresentam um volume de negociação que supera em muito o segundo tipo de contrato mais negociado, o DDI de cupom cambial. Em terceiro lugar, estão os contratos futuros de dólar comercial.

Ao contrário do que se costuma imaginar, os negócios realizados com mercadorias agropecuárias, como café, milho, soja e boi gordo, tem participação menor na BM&F. Já no mercado de opções, o Índice do Depósito Interfinanceiro (IDI) lidera as negociações, juntamente com as opções de dólar comercial.