Preço justo de uma ação: conheça a avaliação pelo fluxo de caixa descontado

Análise do fluxo de caixa descontado é uma das metodologias mais usadas para avaliar o valor das empresas

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Freqüentemente, diversas instituições publicam relatórios com os seus “preços alvo” ou “preços justos” para as ações de uma série de empresas. Mas como é determinado o chamado “preço justo” por ação?

Certamente, uma das abordagens mais utilizadas pelos analistas de mercado para estabelecer o valor justo de um papel é a análise pelo Fluxo de Caixa Descontado, ou Discounted Cash Flow – DCF em inglês. A metodologia determina que a empresa seja avaliada pelo valor dos seus fluxos de caixa trazidos a valor presente por uma determinada taxa de desconto, daí seu nome.

Prevendo o fluxo futuro de caixa
Para chegar ao valor justo do papel, através do método de DCF, deve-se, primeiramente, projetar, para um determinado números de anos, o fluxo de caixa da empresa, com base em algumas premissas futuras feitas pelo próprio analista, e depois aplicar a taxa de crescimento na Perpetuidade.

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Assim, o analista prevê o desempenho das principais variáveis da empresa, como receitas, despesas, etc, em um período onde se sinta confortável em projetar o comportamento destas variáveis. Como a empresa seguirá sua trajetória nos anos seguintes, cabe ao analista determinar uma taxa de crescimento para o fluxo de caixa no futuro, que é conhecida como taxa de crescimento na perpetuidade.

Analisando a valor presente
Projetando-se a soma dos fluxos futuros trazidos a valor presente por uma taxa de desconto, chega-se ao “valor justo” da empresa. Esta taxa de desconto leva em consideração tanto a taxa livre de risco quanto quaisquer elementos de risco, como endividamento, por exemplo, que possam afetar a empresa. Assim, para empresas que atuam em ambientes de menor risco, a taxa é menor, com o inverso sendo válido para riscos maiores.

De acordo com um dos cálculos básicos da matemática financeira, descontar um fluxo de caixa por uma taxa baixa leva a um maior valor presente, enquanto taxas de desconto mais elevadas acabam reduzindo o valor presente da empresa.

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É importante ressaltar as aspas no termo “valor justo”. O estabelecimento, principalmente, da taxa de desconto e das premissas futuras envolve critérios subjetivos, de modo que o “valor justo” estabelecido a uma determinada companhia conta, necessariamente, com o viés do analista.

Chegando ao “valor justo” da ação
Estabelecido o “valor justo” da empresa, resta saber o quanto corresponde às parcelas financiadas via dívida ou via ações. Vale lembrar que a avaliação pelo DCF analisa a empresa pelo lado das fontes de recursos, de forma que é preciso segregar o quanto corresponde ao endividamento (recursos de terceiros) e o quanto se refere ao montante financiado por capital próprio, sob a forma de ações.

Para atingir o valor do equity, basta subtrair a parcela referente ao valor de mercado da dívida líquida da empresa. Por fim, para chegar ao “valor justo” da ação, basta dividir o valor do equity da empresa pelo número de ações emitidas.