Fim da linha: é hora da entrevista demissional

Tarefa de demitir um funcionário é delicada e merece cuidados; funcionário deve controlar emoções e ser o mais sincero possível

Waldeli Azevedo

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SÃO PAULO – Quem já passou pela experiência, sabe. Demitir alguém é uma das tarefas mais complicadas do ambiente profissional. Justamente por isso, deve-se ter muita atenção à prática, que pode se tornar mais branda com a utilização de um recurso: a entrevista “demissional”.

Disponha-se também a ouvir
Ao demitir alguém, seja cumprindo ordens ou por decisão própria, você deve alegar os motivos que o levaram a esta medida. Afinal, a parte atingida deve saber o que de fato ocorreu, certo?

Esta orientação também vale para as pequenas empresas, onde o próprio empreendedor se vê envolvido neste processo ou destaca alguém de sua confiança, já que, na maioria das vezes, não conta com a assistência de um profissional de Recursos Humanos.

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Apresentados os motivos, de forma clara, objetiva e isenta de qualquer agressividade, é hora então de ouvir. Embora alguns profissionais discutam a validade deste recurso, por acreditarem que o funcionário demitido está envolvido em muito rancor e não poderá contribuir muito em sua declaração, este é um bom momento para tentar entender melhor alguns processos e identificar possíveis falhas.

O outro lado da moeda
O funcionário demitido sentirá então que possui espaço para falar, declarar suas opiniões, sugerir melhorias. E é isso que deve fazer na entrevista demissional.

Livre de qualquer “pressão”, já que não se sente mais como parte integrante da empresa, o empregado pode manifestar sua opinião, apontar pontos falhos na empresa ou mesmo no trabalho que está sendo desenvolvido.

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Demitido ou não, vale a prática
A entrevista demissional funciona também quando o funcionário se demite por conta própria. Porém, nesta situação, o empregador deve ter “sangue frio” para entender a repentina saída do empregado e assimilar o golpe, principalmente nas pequenas empresas, onde as equipes são bastante enxutas e uma baixa pode significar um obstáculo e tanto.

Neste caso, procure ouvir seu funcionário. Apure quais os motivos que o levaram a tomar a decisão e quais são as suas perspectivas. O que ele está procurando em sua nova posição? Será que a empresa está comunicando bem as oportunidades de crescimento? Por acaso o clima organizacional está ruim? É importante investir algum tempo no entendimento das causas que levam as pessoas a se desligarem da empresa, pois só assim é possível reduzir a rotatividade dos funcionários, tão prejudicial ao andamento dos negócios.

Na outra ponta da mesa
Da mesma forma, cabe também ao demitido aproveitar o espaço para se manifestar de maneira clara e civilizada. Vale sempre a dica: nunca feche portas no meio corporativo.

Lembre-se: que o chefe ofendido de hoje pode trabalhar novamente com você no futuro, o mundo empresarial é bastante pequeno!

Relações Humanas e delicadas
É claro que cada situação é única e que nenhuma regra é aplicável a todos os casos.

Portanto, o melhor a fazer, em cada circunstância, tanto como empregado quanto como empregador, é controlar as emoções e se expressar da maneira mais clara e sincera possível.

Tenha consciência de que se trata de um ambiente de trabalho e de uma relação que, apesar de todas as diferenças, deve ser preservada, claro, na medida do possível.