Yellen coloca imposto corporativo mínimo global em agenda

Yellen dirá que os EUA trabalham com países do G-20 para encontrar um mínimo apropriado que possa parar o chamado “race to the bottom”

Bloomberg

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A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, defenderá em discurso um imposto corporativo mínimo global em meio aos esforços para avançar os planos do presidente Joe Biden de elevar as taxas para empresas americanas, disse uma pessoa com conhecimento do conteúdo.

A visão de Yellen, divulgada anteriormente pelo site de notícias Axios, faz parte de uma iniciativa para evitar que as empresas busquem lugares com impostos mais baixos enquanto o governo tenta elevar a carga tributária para companhias dos EUA com o objetivo de ajudar a financiar o programa de infraestrutura de US$ 2,25 trilhões.

“Competitividade é mais do que como empresas sediadas nos EUA se saem contra outras empresas em ofertas globais de fusão e aquisição”, diz o discurso de Yellen ao Conselho de Assuntos Globais de Chicago. “Trata-se de garantir que os governos tenham sistemas tributários estáveis que gerem receita suficiente para investir em bens públicos essenciais e responder às crises, e que todos os cidadãos compartilhem de forma justa o ônus de financiar o governo.”

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Yellen dirá que os EUA trabalham com países do G-20 para encontrar um mínimo apropriado que possa parar o chamado “race to the bottom”, quando empresas competem para reduzir custos e, com isso, afetam os padrões de serviços, produtos e condições laborais. Os EUA estão envolvidos em negociações lideradas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, com cerca de 140 países, para desenvolver um acordo global sobre impostos mínimos, mas os participantes ainda não chegaram a um acordo.

O plano de Biden, divulgado na semana passada, inclui aumentar a alíquota do imposto de renda corporativo de 21% para 28%. A taxa, antes em 35%, foi reduzida pelo ex-presidente Donald Trump. O governo Biden também estuda um imposto mínimo global de 21%, o que seria um aumento em relação aos cerca de 13% que as empresas atualmente devem sobre os lucros no exterior.

“Juntos, podemos usar um imposto mínimo global para garantir que a economia mundial prospere” com base em regras mais equitativas “na tributação das corporações multinacionais e estimule a inovação, o crescimento e a prosperidade”, segundo o discurso de Yellen.

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