Volume de serviços sobe 2,6% em julho ante junho, mas cai 11,9% ante julho de 2019

De acordo com o consenso Bloomberg, a projeção era de queda de 10,1% em julho na base anual

Equipe InfoMoney

Bares vazios na hora do almoço, no Rio de Janeiro (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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SÃO PAULO – O volume de serviços prestados subiu 2,6% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou nesta sexta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), marcando a segunda taxa positiva seguida.

Na comparação com julho de 2019, a queda foi de 11,9%, resultado que decepcionou as expectativas. De acordo com o consenso Bloomberg, a projeção era de queda de 10,1% em julho na base anual.

No acumulado do ano, o volume de serviços caiu 8,9% frente a igual período de 2019. O acumulado nos últimos 12 meses (-4,5%) mantém trajetória descendente desde janeiro (1,0%), com o resultado negativo mais intenso desde julho de 2017 (-4,6%).

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A expansão de 2,6% do volume de serviços de junho para julho foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para os serviços de informação e comunicação (2,2%) e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,3%). O primeiro setor acumulou um ganho de 6,3% nos últimos dois meses, mas ainda sem eliminar as perdas de 9,2% dos cinco primeiros meses do ano. Já o segundo ramo cresceu 14,4% entre maio e julho, depois de recuar 25,2% no período março-abril.

Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (2,0%) e de outros serviços (3,0%), com o primeiro acumulando ganho de 4,0% nos últimos dois meses, depois de recuar 17,4% entre fevereiro e maio; e o último setor recuperando parte da perda acumulada entre março e maio (-11,8%), ao avançar 10,5% no período junho-julho de 2020. Em contrapartida, o único resultado negativo desse mês ficou com os serviços prestados às famílias (-3,9%), após avançar 12,2% entre maio e junho.

O índice de média móvel trimestral cresceu 2,2% no trimestre encerrado em julho de 2020 frente ao nível do mês anterior, interrompendo, portanto, a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2020. Entre os setores, quatro das cinco atividades cresceram neste mês, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,5%), seguido pelos serviços prestados às famílias (2,5%), outros serviços (2,1%) e informação e comunicação (1,1%). Por sua vez, interrompendo sete meses de queda, os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,0%) tiveram estabilidade em julho.

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Frente a julho de 2019, o volume de serviços caiu 11,9%, sua quinta taxa negativa seguida neste indicador. O resultado deste mês trouxe retração em quatro das cinco atividades e crescimento em pouco mais de um quarto (28,3%) dos 166 tipos de serviços investigados.

Os serviços prestados às famílias (-54,9%), os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-11,3%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (-14,6%) exerceram as principais influências negativas, devido à queda nas receitas de restaurantes, hotéis, catering e serviços de bufê e atividades de condicionamento físico, no primeiro setor; de transporte aéreo e rodoviário coletivo (ambos de passageiros), rodoviário de carga, correio nacional, transporte metroferroviário e estacionamento de veículos, no segundo; e de gestão de ativos intangíveis, limpeza geral, soluções de pagamentos eletrônicos, administração de programas de fidelidade, agências de viagens e locação de automóveis, no último.

Também com queda frente a julho de 2019, mas com menor impacto no índice geral, os serviços de informação e comunicação (-2,6%) perderam receita em telecomunicações, programadoras e atividades relacionadas à televisão por assinatura, atividades de exibição cinematográfica, operadoras de TV por assinatura por satélite e tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet.

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