Cinema e streaming puxam alta de 0,7% nos serviços em janeiro

Alta em janeiro foi puxada pelos serviços de informação e comunicação, especialmente de cinemas, programadoras de conteúdo para TV fechada e plataformas de streaming, aquecidos pelas férias escolares

Equipe InfoMoney

Férias escolares puxaram movimento nos cinemas e nos serviços de streaming no início do ano

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O volume de serviços no Brasil 0,7% em janeiro em relação a dezembro, de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O movimento dos serviços audiovisuais (27,6%) impulsionado pelas férias escolares foi o destaque no mês.

É o terceiro resultado positivo consecutivo do indicador, acumulando um ganho de 1,9% no período.

O consenso LSEG previa queda de 0,4% em janeiro frente dezembro e alta de 1,6% na comparação com igual período de 2023.

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Quatro das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE ficaram no campo positivo no mês: informação e comunicação (1,5%), setor com maior impacto sobre o resultado geral; serviços profissionais, administrativos e complementares (1,1%) e transportes (0,7%).

Os outros serviços (0,2%) mostraram uma ligeira variação positiva e os serviços prestados às famílias (-2,7%) assinalaram queda.

O setor de serviços se encontra 13,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 0,7% abaixo de dezembro de 2022 (ponto mais alto da série histórica).

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Impacto das férias

Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, destacou em nota que este foi o quarto resultado positivo seguido para o setor de informação e comunicação (1,5%), que acumulou no período um ganho de 3,8%.

“O principal impacto positivo ficou com a parte de serviços audiovisuais (27,6%), impulsionado pelo crescimento da receita das empresas que atuam com exibição cinematográfica, programadoras de conteúdo para TV fechada e plataformas de streaming“, detalhou.

Lobo lembrou que, com o período de férias, as salas de cinema acabaram recebendo mais público e aumentando o faturamento das empresas desse segmento.

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“Ainda dentro do setor de informação e comunicação, destaco o aumento da receita das empresas que trabalham com edição integrada à impressão de livros, em função da produção de material didático direcionado às escolas. E, por último, os serviços de tecnologia da informação (3,8%) também contribuíram com o bom desempenho do setor neste mês”, explicou.

Turismo cai

Quem decepcionou em janeiro de 2024 foi o índice de atividades turísticas, que caiu 0,8% ante o mês anterior, após ter mostrado expansão de 2,6% em dezembro. Com isso, o segmento de turismo se encontra 3,5% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 4,3% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Apenas quatro dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de retração verificado na atividade turística nacional (-0,8%). As influências negativas mais relevantes ficaram com Rio de Janeiro (-5,7%) e Rio Grande do Sul (-6,2%).

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Em sentido oposto, Ceará (11,9%), Bahia (2,7%), São Paulo (0,3%) e Minas Gerais (1,1%) assinalaram os principais avanços em termos regionais.

Transportes

O volume de transporte de passageiros no Brasil registrou expansão de 2,9% em janeiro ante dezembro, após registrar quatro taxas negativas seguidas, período em que apontou perda acumulada de 8,0%.

Dessa forma, o segmento se encontra 5,6% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 27,2% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

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Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou expansão de 0,6% em janeiro de 2024, após ter recuado 0,9% em dezembro. Esse segmento está 4,4% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 37,0% acima de fevereiro de 2020.