Volume de serviços cresce 1,1% em julho e atinge maior nível em cinco anos; dado fica em linha com o esperado

A projeção, de acordo com o consenso Refinitiv, era de alta de 1% frente junho e de 18% na comparação anual

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O volume de serviços no Brasil avançou 1,1% em julho na comparação com junho, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta terça-feira (14).

Essa foi a quarta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 5,8%. Com isso, o setor está 3,9% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e também alcança o patamar mais elevado desde março de 2016. Mesmo com o avanço, o setor ainda está 7,7% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014.

Na comparação com julho de 2020, o volume de serviços avançou 17,8%, quinta taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o setor cresceu 10,7% frente a igual período do ano anterior. Em 12 meses, ao passar de 0,4% em junho para 2,9% em julho, manteve a trajetória ascendente iniciada em fevereiro deste ano (-8,6%).

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O número ficou praticamente em linha com o esperado. A projeção, de acordo com o consenso Refinitiv, era de alta de 1% frente junho e de 18% na comparação anual.

O resultado do setor em julho foi puxado por apenas duas das cinco atividades, em especial, pelos serviços prestados às famílias (3,8%), que acumulam ganho de 38,4% entre abril e julho. Já os Serviços profissionais, administrativos e complementares avançaram 0,6%, com crescimento de 4,3% nos últimos três meses, e superaram, pela primeira vez, o patamar pré-pandemia, ficando 0,5% acima de fevereiro de 2020.

“Essas duas atividades são justamente aquelas que mais perderam nos meses mais agudos da pandemia. São as atividades com serviços de caráter presencial que vêm, paulatinamente, com a flexibilização e o avanço da vacinação, tentando recuperar a perda ocasionada entre março e maio do ano passado”, explica o analista da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Nos serviços prestados às famílias, destaque para o desempenho dos segmentos de hotéis, restaurantes, serviços de buffet e parques temáticos, que costumam crescer em julho devido às férias escolares. Já nos serviços profissionais, administrativos e complementares, destaque para as atividades jurídicas, serviços de engenharia e soluções de pagamentos eletrônicos.

Apesar do avanço em julho, serviços prestados às famílias operam 23,2% abaixo do patamar de fevereiro de 2020. Essa é a única das cinco atividades que ainda não superou o nível pré-pandemia.

“Isso é compreensível já que se trata da atividade em que há a maior concentração de serviços prestados de forma presencial. É uma atividade que lida com restrições de oferta. Alguns estabelecimentos fecharam e outros reabriram, mas ainda não operam com plena capacidade. No lado da demanda, há pressão por conta da falta de avanço da massa de rendimento das famílias e do nível de desemprego elevado, que impedem que esse serviço cresça na mesma forma que os demais apurados dentro do setor”, acrescenta Rodrigo Lobo.

Com impactos negativos no índice geral, serviços de informação e comunicação (-0,4%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,2%) e os outros serviços (-0,5%) tiveram variações abaixo de um ponto percentual.

Embora as atividades presenciais tenham crescido em julho, Lobo observa que são as atividades não presenciais que vêm sustentando a recuperação do setor de serviços desde a fase mais aguda da pandemia, entre março e maio do ano passado. De junho do ano passado a julho deste ano, o setor soma 13 taxas positivas, com exceção da taxa de março passado, que teve variação negativa devido ao fechamento de atividades consideradas não essenciais por conta da segunda onda do novo coronavírus.

(com Agência de notícias do IBGE)

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