Vírus eleva demanda por médicos virtuais e expande telemedicina

Mercado global de telemedicina alcançaria 37 bilhões de euros (US$ 42 bilhões) até 2021, mas crescimento deve aumentar

Bloomberg

Saúde estetoscópio notebook (Shutterstock)

Publicidade

(Bloomberg) — O novo coronavírus que obriga a bloqueios e abala economias também tem estimulado uma revolução silenciosa no campo da telemedicina.

A propagação da COVID-19 pela Europa, com o aumento do número de pacientes, o medo de contaminação e sistemas de saúde saturados levam muitas pessoas a buscar consultas médicas on-line.

A lista de empresas que oferecem médicos virtuais inclui startups como Doctolib, financiada pela General Atlantic, a francesa Qare, que tem apoio da seguradora Axa, a unidade Livi da sueca Kry International, a Push Doctor, do Reino Unido, e a Compugroup Medical, da Alemanha.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“É uma pena, mas a atual epidemia pressiona pacientes a dar o salto e pode acelerar uma mudança de hábitos”, disse Olivier Thierry, diretor-presidente da Qare, plataforma francesa que oferece consultas em vídeo com sua equipe de médicos. “As previsões de crescimento mudam a cada dia.”

O negócio de conectar médicos e pacientes por meio de consultas por vídeo teve um início lento na Europa devido à reticência de pacientes, um ambiente regulador hostil, disparidades nos sistemas de saúde e regras de seguro.

Agora, com os hospitais saturados para lidar com o vírus, pacientes recorrem a esses serviços e governos deixam de lado as reservas sobre os riscos das “consultas de sofá” para facilitar a regulamentação.

Continua depois da publicidade

Em 2018, a Comissão Europeia estimou que o mercado global de telemedicina alcançaria 37 bilhões de euros (US$ 42 bilhões) até 2021, com taxa de crescimento anual de 14%. Agora, esses números podem ser superados, pois as preocupações com o vírus aumentam a demanda, tornando essas consultas mais rotineiras e amplamente aceitas.

O CEO da Qare espera que a telemedicina represente cerca de 10% das 400 milhões de consultas médicas anuais da França até o final de 2021, em relação a números insignificantes atualmente.

A Qare, que cobra uma comissão de 20%, disse que nas últimas semanas registrou 25% mais consultas do que o normal. No ano passado, a empresa registrou 80 mil consultas em relação às 8 mil em seu primeiro ano completo de operação em 2018.

Aproveite as oportunidades para fazer seu dinheiro render mais: abra uma conta na Clear com taxa ZERO para corretagem de ações!