Vendas no varejo sobem 1,1% em setembro, diz IBGE; consenso era de alta de 0,2%

Resultado veio bem acima bem acima do esperado, uma vez que o mercado projetava alta de 0,2% na base mensal, segundo o consenso Refinitiv

Roberto de Lira

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O volume de vendas do comércio varejista no Brasil avançou 1,1% em setembro na comparação com agosto, em dados ajustados sazonalmente, interrompendo uma sequência de três meses retração. No acumulado de 2022, o varejo registra alta de 0,8%. Já nos últimos 12 meses, o setor acumula queda de 0,7%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (9) pelo IBGE. Na comparação com setembro de 2021, houve alta de 3,2%.

O resultado foi um bem acima do esperado, uma vez que o mercado projetava alta de 0,2% na base mensal. Para o resultado anual, a previsão era de alta de 1,4% sobre setembro de 2021, segundo o consenso Refinitiv.

A média móvel trimestral em setembro foi de 0,3%.

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No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e materiais de construção, o volume de vendas cresceu 1,5% frente a agosto. A média móvel trimestral foi de 0,4%. O volume de vendas frente a setembro de 2021 cresceu 1,0%. O acumulado no ano foi de -0,6% e o nos últimos 12 meses, de -1,6%.

Atividades

Seis das oito atividades pesquisadas mostraram aceleração em setembro: Livros, jornais, revistas e papelaria (+2,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+1,7%), Combustíveis e lubrificantes (+1,3%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+1,2%), Tecidos, vestuário e calçados (+0,7%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (+0,6%).

Por outro lado, duas atividades apresentaram resultados negativos nas vendas durante o mês: Móveis e Eletrodomésticos (-0,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,0%).

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As duas atividades complementares do varejo ampliado ficaram estáveis frente a agosto: Veículo e motos, partes e peças com -0,1% e Material de construção, com 0,0%.

Comparação anual

Ante setembro de 2021, houve alta em cinco das oito atividades: Combustíveis e lubrificantes (+34,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (+31,8%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+6,8%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+5,9%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+3,8%).

Na mesma comparação, três setores tiveram queda: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-9,5%), Móveis e eletrodomésticos (-5,9%).

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No âmbito do varejo ampliado, ambas as atividades caíram: Veículos e motos, partes e peças (-1,2%) e Material de construção (-7,9%).

Por Estados

Na série com ajuste sazonal, 18 das 27 unidades da Federação tiveram resultados positivos, com destaque para: Paraíba (+4,5%), Rio de Janeiro +(3,1%) e Pernambuco (+2,3%). Por outro lado, nove atividades pressionaram negativamente, com destaque para Mato Grosso do Sul (-1,7%), Espírito Santo (-1,5%) e Roraima (-1,2%). Já o Tocantins apresentou estabilidade (0,0%) na passagem de agosto para setembro.

Frente a setembro de 2021, houve resultados positivos em 24 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (+41,6%), Amapá (+13,7%) e Roraima (+3,2%). Pressionaram negativamente três unidades: Rio de Janeiro (-3,1%), Bahia (-2,5%) e Pernambuco (-2,1%).