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O volume de vendas do comércio varejista nacional na passagem de dezembro de 2021 para janeiro de 2022 teve alta de 0,8%, mostrou nesta quinta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com janeiro de 2021, a baixa foi de 1,90%.
Os números foram melhores do que o esperado. A expectativa, segundo consenso Refinitiv, era de que as vendas no varejo subissem 0,3% frente dezembro, ainda que tivessem baixa de 2,65% na comparação anual.
Mesmo com o avanço na comparação mensal, cinco das oito atividades tiveram resultado negativo no período. Nos últimos doze meses, o varejo acumula alta de 1,3%. O setor encontra-se 0,8% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), e 6,5% abaixo do pico da série (outubro de 2020).
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“Desde julho de 2021 (3,6%) o varejo não tem crescimento, pois a taxa de 0,4% de novembro de 2021 está no campo da estabilidade. Já para os meses de janeiro, é o maior desde 2019, quando foi de 1,6%”, comenta o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas em janeiro. Mesmo assim o varejo avançou, puxado pelas atividades de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,8%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,4%). “A atividade de hiper e supermercados, que tem um peso muito grande, ficou no campo da estabilidade (-0.1%), o que fez com que outras atividades tivessem mais influência no índice”, explicou Santos.
No caso do varejo ampliado, a queda de 0,3% é explicada, principalmente, pela atividade de Veículos e motos, partes e peças, que caiu 1,9%.
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Queda de 1,9% na base anual
Na comparação interanual, o varejo caiu 1,9%, com resultados negativos em cinco das oito atividades pesquisadas.
“No campo negativo, as principais contribuições para o resultado de janeiro de 2022 vieram de Móveis e eletrodomésticos, com -1,1 p.p de impacto, e Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com -0,9 p.p. Já no campo positivo, destaca-se a contribuição de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com impacto de 1,1 p.p.”, explica Santos.
Móveis e eletrodomésticos, que caiu 11,4% frente a janeiro de 2021, teve oitava queda consecutiva nesta comparação. Já os Outros artigos de uso pessoal e doméstico, setor que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., contabilizaram -6,0% frente a janeiro de 2021, maior queda desde outubro de 2021 (-7,2%) e sexta consecutiva.
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O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou aumento de 10,1%, na comparação do mês contra mesmo mês do ano anterior, terceiro consecutivo e o maior dos últimos três meses (em novembro havia sido 2,5% e em dezembro registrou 7,7%).
No varejo ampliado, a queda de 1,5% foi puxada pela atividade de Material de construção, que registrou -7,8%, sétima queda consecutiva. “Isso se deve a uma elevada base de comparação. O setor cresceu muito no início da pandemia, com resultados positivos de junho de 2020 (22,6%) até junho de 2021 (5,4%), iniciando trajetória de queda desde então”, contextualiza Santos.
Varejo está 0,8% abaixo do patamar pré-pandemia
Santos destaca que o resultado de janeiro está 0,8% abaixo do dado de fevereiro de 2020, anterior a pandemia. Já em relação ao pico da série, que foi em outubro de 2020, o setor encontra 6,5% abaixo.
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Estre as atividades que estão acima do patamar pré-pandemia, destacam-se Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (23,7%), Material de construção (9,8%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,4%).
Já as atividades de Livros, jornais, revistas e papelaria (-35,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-14,1%) e Combustíveis e lubrificantes (12,9%) ainda estão bem abaixo do nível pré-pandemia.
Vendas do varejo crescem nas 15 das 27 unidades da federação
Na comparação com dezembro, o volume de vendas do varejo foi positivo em 15 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Rio de Janeiro (3,0%), Alagoas (2,8%) e Pernambuco (2,5%). Por outro lado, os destaques negativos vieram do Amapá (-3,7%), Rio Grande do Norte (-1,8%) e Amazonas (-1,7%). Minas Gerais, nessa comparação, teve variação nula (0,0%).
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Frente a janeiro de 2021, o predomínio foi de taxas negativas (16 do total de 27), com destaque para: Amapá (-10,8%), Sergipe (-8,9%) e Distrito Federal (-7,8%). As demais 11 Unidades da Federação alcançaram resultados positivos na comparação interanual, destacando-se: Amazonas (35,3%), Roraima (7,5%) e Espírito Santo (7,2%). Santos destaca que o crescimento do Amazonas se deve a baixa base de comparação, uma vez que o estado passou por um forte lockdown em janeiro de 2021.
(com Agência de notícias do IBGE)
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