Vendas no varejo sobem 0,1% em novembro, com auxílio da Black Friday, informa o IBGE

Setor acumula alta de 1,7% no ano e de 1,5% em 12 meses; varejo nacional opera 4,5% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020

Roberto de Lira

Black Friday ajudou nas vendas do mês (Shutterstock)

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As vendas do comércio varejista no Brasil se recuperaram da queda de 0,3% em outubro e tiveram ligeira alta de 0,1% em novembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com novembro de 2022, houve alta de 2,2% nas vendas, no sexto avanço consecutivo do indicador.

O consenso LSEG de analistas projetava crescimento de 0,1% nas vendas no mês e estimava avanço de 2,1% na comparação anual.

O setor acumula alta de 1,7% no ano e de 1,5% em 12 meses. O varejo nacional opera 4,5% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 1,9% abaixo do maior nível da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).

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Para Cristiano Santos, gerente da pesquisa, o comércio apresenta trajetória de crescimento em 2023, mas sem avanços significativos mês a mês. “O setor apresentou uma volatilidade muito baixa com resultados muito próximos de zero. À exceção de janeiro, no restante do ano ou houve estabilidade ou taxas muito baixas”, analisou em nota.

Das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, seis tiveram resultados positivos em novembro. Os principais impactos sobre o índice geral vieram de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+18,6%), Móveis e eletrodomésticos (4,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (3,0%).

Para o gerente da pesquisa, um dos fatores que explicam o resultado é a Black Friday, que acontece no fim de novembro que que, em 2023, ajudou a garantir a estabilidade das vendas.

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Ele explicou que quatro atividades são influenciadas pela Black Friday: Tecidos, vestuário e Calçados; Móveis e Eletrodomésticos; Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; e Outros artigos de uso pessoal e domésticos.

“A atividade que mais cresceu foi Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, seguida por móveis e eletrodomésticos. Além da Black Friday, o fator, que mais contribuiu para o desempenho de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, foi a depreciação do dólar, que recuou 2,5% em novembro, ajudando às vendas dos produtos de informática”, explicou Santos.