Vendas no varejo brasileiro surpreendem e sobem 1% em fevereiro; alta anual é de 8,2%

Consenso de analistas previa queda de 1,0% na comparação mensal e alta de 3,30% na anual; no comércio varejista ampliado, o volume cresceu 1,2% no mês

Roberto de Lira

Supermercado no Rio de Janeiro (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Supermercado no Rio de Janeiro (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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As vendas do comércio varejista do Brasil cresceram 1% em fevereiro, após a forte alta de 2,8% registrada em janeiro, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista subiu 8,2% ante fevereiro de 2023, no 9º avanço seguido. O acumulado no ano mostra alta de 6,1% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses registrou crescimento de 2,3%.

Os dados vieram acima do consenso LSEG de analistas, que previa queda de 1,0% na comparação mensal e alta de 3,30% na anual.

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No comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e também material de construção, o volume cresceu 1,2% na série com ajuste sazonal.

Segundo o IBGE, a última vez que o varejo havia registrado dois meses consecutivos de alta tinha sido em setembro de 2022, entre agosto e setembro.

Assim, o comércio atingiu o máximo da série histórica, superando em 0,5% o nível recorde anterior, de outubro de 2020, e 7,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.

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Em fevereiro, houve taxas positivas em seis das oito atividades pesquisadas pelo IBGE: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (3,2%), Móveis e eletrodomésticos (1,2%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (0,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,3%).

As queda aconteceram nas atividades do varejo de Combustíveis e lubrificantes (-2,7%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%).