Valor médio da cesta básica aumentou em seis de oito capitais em abril, mostra pesquisa

Segundo estudo HORUS/FGV-Ibre, a cesta mais cara em abril continuou sendo a do Rio de Janeiro, com valor de R$ 916,11

Roberto de Lira

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O valor médio da cesta de consumo básica de alimentos subiu em abril em relação ao mês anterior em seis das oito capitais analisadas mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo, empresa de inteligência de consumo  HORUS em parceria com o FGV/Ibre.

As cidades que registram as maiores altas foram Belo Horizonte e Rio de Janeiro, com 3,0%, e Curitiba (1,7%). Já Manaus e Salvador registraram as maiores quedas, com -2,4% e -1,9% respectivamente.

A cesta mais cara em abril continuou sendo a do Rio de Janeiro (R$ 916,11), seguida pelas de São Paulo (R$ 858,18) e Brasília (R$ 747,69).

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Por outro lado, as capitais Belo Horizonte (R$ 631,21), Manaus (R$ 666,76), e Salvador (R$ 706,81) registraram os menores valores.

Nos últimos seis meses, a variação acumulada no valor da cesta básica caiu em 7 das 8 capitais da pesquisa, com reduções que variam de -7,6% a -1,1%. Apenas no Rio de Janeiro foi registrado aumento no período, com alta de 3,3%.

Produtos em destaque

De acordo com a pesquisa, do 18 produtos da cesta básica, três apresentaram aumento de preço em todas as capitais: feijão, leite UHT e farinha de mandioca. Outros produtos que tiveram altas expressivas em diversas capitais foram arroz, ovos, bovinos e suínos.

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Segundo o levantamento, a farinha de mandioca continua com tendência de alta por conta das condições climáticas nas principais regiões produtoras e pela redução na área de plantio.

Já a alta do preço dos ovos pelo terceiro mês consecutivo, que ocorreu em quase todas as capitais, tem sido impactada pela elevação no custo de produção e alimentação das aves, em especial, o milho e o farelo de soja nos meses anteriores, o que vem resultando em diminuição na oferta da proteína.

A oferta limitada de leite no campo, devido ao clima adverso e pela saída de produtores da atividade no ano passado, também tem impactado no preço do produto e de seus derivados.

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A área de plantio de arroz e feijão teve forte redução nos últimos anos, tendo sido direcionada para as culturas de soja e milho, que são mais rentáveis e voltadas para mercado internacional.

A safra brasileira de arroz deverá ser a menor em 25 anos e a área plantada de feijão, a menor dos últimos 30 anos. O aumento nos custos de produção e a queda na rentabilidade têm desestimulado o plantio desses alimentos no Brasil.

Por outro lado, óleo de soja e frutas foram as categorias que mais apresentaram redução de preço em todas as capitais. Além do açúcar, outros produtos que registraram queda de preço em quase todas as capitais foram legumes e frango.