Vacina da Pfizer-BioNTech poderia proteger contra cepa britânica

Os resultados publicados nesta quarta-feira mostraram que anticorpos no sangue de pessoas vacinadas foram capazes de neutralizar uma versão do vírus mutante

Bloomberg

(Pexel/Retha Ferguson)

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(Bloomberg) — Pfizer e BioNTech chegaram à conclusão de que sua vacina contra a Covid-19 pode oferecer proteção contra a nova variante do coronavírus do Reino Unido, segundo resultados de outro ensaio de laboratório.

Assim como um estudo anterior do Departamento Médico da Universidade do Texas, os resultados publicados na quarta-feira mostraram que anticorpos no sangue de pessoas vacinadas foram capazes de neutralizar uma versão do vírus mutante criado em laboratório. O estudo foi publicado na plataforma BioRxiv, em pré-print, antes da revisão por pares.

Ao contrário da pesquisa anterior, que se concentrou em uma mutação principal, o novo estudo testou todas as 10 mutações localizadas na proteína spike do coronavírus, que o ajuda a se anexar às células do hospedeiro.

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Anticorpos no sangue de 16 voluntários em um ensaio anterior com a vacina na Alemanha mostraram o mesmo nível de eficácia contra a nova cepa criada em laboratório quanto contra o vírus original. O resultado “torna muito improvável” que as variantes do Reino Unido escapem da proteção da vacina, escreveu a equipe de pesquisa, liderada pelo CEO da BioNTech, Ugur Sahin.

No entanto, a equipe da BioNTech está pronta para adaptar a vacina se necessário no futuro, disse. Isso poderia ser necessário para proteger contra outras cepas em meio a evidências de que outra variante da África do Sul possa ser mais difícil de ser identificada.

Um outro estudo sobre essa cepa despertou preocupação. Cientistas descobriram que metade das amostras de sangue de um grupo de pacientes que tiveram Covid-19 não possuía os anticorpos necessários para proteger contra a variante sul-africana, que se espalha pelo mundo.

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O estudo, conduzido pelo Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul, sugere que esses indivíduos podem já não estar protegidos de uma reinfecção. Na outra metade, os níveis de anticorpos eram reduzidos e o risco de reinfecção não pôde ser determinado, segundo o instituto. Os resultados não foram revisados por pares e se basearam em uma pequena amostra.