Vacina da Moderna contra Covid-19 é aprovada por comitê da FDA, agência sanitária dos Estados Unidos

Recomendação do comitê não significa que a FDA aprovou a vacina, mas sinaliza que a autorização está bem próxima de acontecer

Equipe InfoMoney

(Getty Images)

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SÃO PAULO – O Comitê Consultivo de Vacinas da Food and Drug Administation (FDA, na sigla em inglês), agência reguladora americana de vigilância sanitária, recomendou, nesta quinta-feira (17), a aprovação da vacina produzida pela farmacêutica Moderna.

Na semana passada, a FDA confirmou que a vacina da Moderna apresenta 94% de eficácia, acrescentando que o imunizante funcionou bem em pessoas de todas as idades, raças e gêneros. Os efeitos colaterais foram generalizados, ocorrendo na maioria dos receptores, mas geralmente de curta duração. Os sintomas incluem fadiga, dores de cabeça, dores musculares e dores no local da injeção.

A Moderna foi a segunda empresa a fazer o pedido para uso emergencial nos Estados Unidos, no dia 30 de novembro. A primeira foi a vacina da americana Pfizer, em parceria com a alemã BioNTech, que começou a ser aplicada no país nesta segunda-feira (14).

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O comitê consultivo da FDA apresentou uma abstenção, 20 votos a favor e nenhum contrário à recomendação do imunizante da Moderna. A decisão não significa que a FDA aprovou a vacina, mas a agência costuma acatar as orientações seguidas pelo grupo.

De acordo com a agência de notícias Bloomberg, após o posicionamento do comitê, a FDA pode aprovar o uso emergencial da vacina a partir desta sexta-feira (18).

RNA mensageiro

As vacinas da Moderna e da Pfizer utilizam a mesma tecnologia para produzir suas vacinas, baseadas em uma molécula conhecida como mRNA, ou RNA mensageiro. Essa molécula contém instruções genéticas para fazer proteínas dentro das células.

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Para a vacina da Moderna, os pesquisadores criaram um mRNA com o código para fazer a proteína spike do coronavírus. A proteína é a chave para as células infectantes do vírus. É também o que pode fazer com que o sistema imunológico de alguém produza anticorpos contra o vírus, mas sem causar infecção, uma vez que o restante do vírus está ausente.

Só o fato de as duas vacinas de mRNA estarem apresentando resultados bons já é algo notável para a ciência como um todo. Isso porque o procedimento de utilizar o mRNA para vacinas é um feito inédito na história. “O fato de mais uma vacina de RNA mostrar proteção inaugura uma nova era de vacinas, com vacinas genéticas que podem ser produzidas muito mais rapidamente. Estaremos menos vulneráveis numa próxima vez”, explicou Natalia Pasternak, pHd em Microbiologia e diretora-presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC), ao InfoMoney anteriormente.

Natalia ainda lembrou que é mais fácil sintetizar uma vacina de RNA, já que não há necessidade de cultivar o vírus nem de purificar proteína. Basta ter a sequência do vírus. Ainda sim, a cientista vê com bons olhos esse avanço.

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