Vacina da AstraZeneca requer reforço para elevar proteção, diz estudo

Pesquisadores analisaram dados de 2 milhões de pessoas na Escócia e de 42 milhões de indivíduos no Brasil

Bloomberg

(Divulgação/Unsplash)

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(Bloomberg) — A proteção contra casos graves de Covid-19 após duas doses da vacina da AstraZeneca começa a diminuir cerca de três meses após a segunda injeção, de acordo com um estudo que reforça a necessidade de reforço.

Pesquisadores analisaram dados de 2 milhões de pessoas na Escócia e de 42 milhões de indivíduos no Brasil e avaliaram o risco de quadros graves de Covid, como internações e mortes, três meses após a segunda dose. O estudo não analisou o imunizante da Astra contra a variante ômicron, que não estava circulando na época.

“Encontramos uma proteção vacinal decrescente contra hospitalizações e mortes por Covid-19 na Escócia e no Brasil”, disseram os pesquisadores no estudo, publicado na The Lancet na segunda-feira. Eles disseram que doses de reforço devem ser consideradas para pessoas que receberam o esquema de duas doses da vacina da Astra, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford.

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O Reino Unido, que utilizou a vacina da Astra para imunizar pessoas acima de 40 anos, já está empenhado em uma rápida administração de reforço com o imunizante de RNA mensageiro da Pfizer e da parceira BioNTech ou da Moderna.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, espera que o reforço da imunidade ajude a frear a propagação da ômicron e aliviar a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde.

Um crescente conjunto de evidências sugere que três doses das vacinas contra a Covid mais usadas no mundo serão necessárias para gerar anticorpos suficientes contra a ômicron. Os anticorpos são apenas uma parte da defesa imunológica, pois as células T também desempenham um papel, o que dificulta avaliar a eficácia da atual geração de vacinas contra a ômicron.

No mês passado, o diretor-presidente da Astra, Pascal Soriot, disse que a vacina da empresa poderia ser a razão pela qual o Reino Unido mostrava melhores dados em relação às hospitalizações por Covid do que a Europa na época.

Ele sugeriu que o desenvolvimento mais lento da resposta das células T pode significar que a vacina fornece imunidade mais durável aos idosos, embora tenha dito que mais dados são necessários, uma opinião compartilhada por cientistas.

Penny Ward, professora de medicina farmacêutica do King’s College London, disse que, embora o artigo dê uma “impressão bastante alarmante à primeira vista”, também mostra que há “eficácia sustentada da vacina na prevenção de internações e mortes por Covid de pelo menos 50% durante o período do estudo”.

Ela acrescentou que os dados reiteram a importância de as pessoas tomarem doses de reforço “o mais rápido possível”.

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