UE prevê crescimento mais fraco da zona do euro e inflação abaixo de 3% em 2024

Na edição de inverno de seu relatório de projeções, a Comissão Europeia cortou a previsão para o crescimento do PIB em 2024, de 1,2% em novembro para 0,8% agora

Estadão Conteúdo

(Christian Lue/Unsplash)

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A zona do euro terá crescimento abaixo do esperado em 2024, entrando neste ano em ritmo mais fraco depois de evitar por pouco uma recessão técnica e estagnar no segundo semestre de 2023, segundo relatório de projeções econômicas da Comissão Europeia publicado nesta quinta-feira (15).

Segundo o relatório, a inflação deve acelerar sua trajetória de queda, mantendo uma evolução moderada dos preços.

Na edição de inverno de seu relatório de projeções, a Comissão Europeia – braço executivo da União Europeia (UE) – cortou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 2024, de 1,2% em novembro para 0,8% agora.

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E apesar de esperar uma “aceleração gradual” da economia ao longo deste ano, a Comissão também rebaixou a projeção para o PIB em 2025, de 1,6% para 1,5%. A Comissão reduziu ainda sua estimativa para o crescimento do PIB em 2023, de 0,6% para 0,5%.

No documento, o órgão explica que a piora nas perspectivas para os próximos dois anos tem como base as taxas de crescimento mais baixas do que o esperado em 2023, em um quadro de queda do poder de compra doméstico, colapso da demanda externa, forte aperto monetário e retirada parcial do apoio fiscal.

A Comissão Europeia prevê que a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) deve cair de 5,4% em 2023 para 2,7% em 2024 e 2,2% em 2025, se aproximando da meta do Banco Central Europeu (BCE), de taxa de 2%. Anteriormente, a estimativa para 2023 era de 5,6% e a projeção para 2024 era de 3,2%. A de 2025 ficou inalterada.

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Para o órgão, a queda da inflação e a continuidade da força do mercado de trabalho – representada pelo crescimento dos salários e emprego resiliente – devem criar um ambiente propício para o fortalecimento da economia neste ano. Além disso, a Comissão espera uma normalização do comércio com parceiros externos e relaxamento das condições de crédito mais cedo que o antecipado.