Ucrânia mantém batalha em Bakhmut e Finlândia se junta à Otan

Finlândia compartilha uma fronteira de 1.300 km com a Rússia

Reuters

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Os combates se intensificaram dentro e ao redor de Bakhmut enquanto a Ucrânia zombava das alegações russas de ter capturado o centro administrativo da cidade no leste ucraniano, dizendo que as forças russas levantaram uma bandeira da vitória sobre “algum tipo de banheiro”.

A Finlândia, que compartilha uma fronteira de 1.300 km com a Rússia, ingressará na terça-feira (4) na Otan, pouco mais de um ano depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, em parte em resposta ao que a Rússia disse ser expansão agressiva da aliança para o leste.

A batalha pela cidade e centro logístico de Bakhmut é uma das mais sangrentas do conflito, com pesadas baixas em ambos os lados.

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Yevgeny Prigozhin, chefe da força mercenária Wagner que lidera o cerco, disse no domingo (2) que suas tropas levantaram uma bandeira russa no prédio administrativo do centro da cidade, embora soldados ucranianos ainda detivessem algumas posições ocidentais.

Mas os militares ucranianos desdenharam dessa afirmação e disseram que os combates estão ocorrendo ao redor do prédio do conselho da cidade, bem como em outras cidades próximas.

“Bakhmut é ucraniana e eles não capturaram nada e estão muito longe de fazer isso”, disse Serhiy Cherevatyi, porta-voz do comando militar do leste, à Reuters.

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“Eles levantaram a bandeira sobre algum tipo de banheiro. Eles prenderam sabe-se lá o quê, penduraram o trapo e disseram que haviam capturado a cidade. Muito bem, deixe-os pensar que a tomaram”, acrescentou Cherevatyi por telefone.

O Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas disse em um comunicado à noite que 45 ataques inimigos foram repelidos no total nas últimas 24 horas, com Bakhmut no “epicentro das operações” junto com as cidades de Avdiivka e Maryinka mais ao sul.

A Reuters não pôde verificar os relatos do campo de batalha.

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No limite de uma parte da província de Donetsk sob controle russo, Bakhmut tinha uma população de 70 mil habitantes antes de a Rússia invadir a Ucrânia em fevereiro do ano passado.

As forças russas, atoladas em uma guerra de desgaste após uma série de contratempos, estão buscando uma vitória em sua ofensiva de inverno, mas sofreram muitas baixas em Bakhmut.

Comandantes militares ucranianos disseram que sua própria contraofensiva – apoiada por tanques ocidentais recém-entregues e outros equipamentos – não está longe, mas enfatizaram a importância de manter Bakhmut e infligir perdas nesse meio tempo.

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“As pessoas estão prontas para a contraofensiva, tudo o que estamos esperando são ordens e detalhes sobre em que direção devemos seguir – Bakhmut, Soledar ou qualquer outro lugar”, disse um soldado de 35 anos de uma brigada de tanques perto de Bakhmut, que usou o nome de Polyot.