Trump volta à campanha eleitoral depois de 10 dias afastado com COVID-19

Republicano, de 74 anos, está tentando mudar a dinâmica da corrida presidencial

Reuters

Donald Trump (Foto: Drew Angerer/Getty Images)

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WASHINGTON (Reuters) – O presidente norte-americano Donald Trump retoma nesta segunda-feira sua campanha presidencial com um comício no disputado estado da Flórida, depois de 10 dias afastado por ter sido diagnosticado com COVID-19, em uma corrida intensa nas três semanas até as eleições de 3 de novembro.

O evento, em um aeroporto em Sanford, Flórida, será o primeiro comício de campanha de Trump desde que ele revelou em 2 de outubro estava com a COVID-19. Trump, que passou três noites em um hospital em Washington, disse no domingo que está totalmente recuperado e já não transmitia a doença, mas não disse se havia testado negativo para o coronavírus.

O presidente Republicano, de 74 anos, está tentando mudar a dinâmica de uma corrida presidencial em que as pesquisas mostram uma possível derrota para o Democrata Joe Biden, de 77 anos.

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Por meses, Trump trabalhou furiosamente para desviar a atenção do público do vírus e de seu tratamento da pandemia, que infectou quase 7,7 milhões de pessoas nos Estados Unidos, matou mais de 214.000 e trouxe milhões de desempregados. Sua própria doença colocou os holofotes diretamente em sua resposta ao coronavírus durante o trecho final da corrida presidencial.

Em um sinal de otimismo, Biden segue na segunda-feira para Ohio, um estado que Trump venceu por 8 pontos percentuais em 2016 e quase certamente deve vencer novamente. É a segunda viagem de campanha de Biden em duas semanas para Ohio, que antes era considerado fora de alcance, mas onde as pesquisas agora mostram uma disputa acirrada.

Além do comício da Flórida, nos próximos dias Trump tem atos de campanha marcados para na Pensilvânia na terça-feira, Iowa na quarta-feira e Carolina do Norte na quinta-feira. Sua posição sobre a epidemia será observada atentamente nesse período final, com os eleitores querendo saber se sua abordagem mudou depois de contrair o vírus.

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Críticos o culpam por não encorajar apoiadores em eventos de campanha, e até mesmo funcionários da Casa Branca, a usar máscaras protetoras e seguir as diretrizes de distanciamento social. Pelo menos 11 assessores próximos de Trump também contraíram a COVID-19.

Biden, que disse que é irresponsável qualquer candidato realizar eventos em que os participantes não usem máscaras ou não adotem o distanciamento social, criticou a abordagem do presidente.

“O presidente Trump vem a Sanford hoje (segunda) trazendo nada além de comportamento imprudente, retórica divisionista e fomento do medo”, disse Biden, o ex-vice-presidente democrata, em um comunicado.

As pesquisas mais recentes na Flórida, onde uma derrota de Trump estreitaria dramaticamente seu caminho para a reeleição, mostram Biden com uma pequena vantagem. Trump venceu na Flórida em 2016 por apenas 1,2 pontos percentuais, o que ajudou a impulsioná-lo para a Casa Branca.