Trump é novamente ofuscado pela Covid-19 na reta final de campanha à presidência

Presidente americano começou o fim de semana com perspectivas positivas; contudo, mais uma vez, o coronavírus interferiu

Bloomberg

Donald Trump (Foto: Drew Angerer/Getty Images)

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(Bloomberg) — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entra na última semana antes das eleições com o aumento dos casos de coronavírus no país e outro surto na Casa Branca, o que ameaça os esforços para reverter sua sorte com uma série de comícios em busca de votos.

Trump começou o fim de semana com perspectivas positivas. Assessores da campanha acreditavam que seu melhor desempenho no debate final contra o candidato democrata Joe Biden poderia atrair eleitores ainda indecisos.

Mas, mais uma vez, o coronavírus interferiu.

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Na noite de sábado, veio a notícia de que várias pessoas do círculo do vice-presidente dos EUA, Mike Pence, haviam contraído o vírus.

Os testes positivos incluem o conselheiro político de Pence, Marty Obst, e o chefe de gabinete do vice-presidente, Marc Short. Outra pessoa que trabalha com Pence também foi diagnosticada com coronavírus nos últimos dias, segundo pessoas a par do assunto.

Pence quase não foi afetado pelos casos de coronavírus que invadiram a Casa Branca no mês anterior, infectando Trump, a primeira-dama, seu filho adolescente e vários assessores importantes. Além disso, Pence também lidera a força-tarefa contra o coronavírus da Casa Branca.

Apesar do novo surto em seu gabinete – e das diretrizes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças que sugerem que ele deve permanecer em quarentena, a menos em caso de trabalho essencial, que requer uso de máscara -, Pence disse que continuará com seus cronogramas oficiais e de campanha.

“O vice-presidente manterá sua programação de acordo com as diretrizes do CDC para equipe essencial”, disse o secretário de imprensa de Pence, Devin O’Malley, em comunicado.

Esses compromissos incluiriam uma visita ao Senado na noite de segunda-feira para presidir a votação de confirmação de Amy Coney Barrett, terceira indicada de Trump para a Suprema Corte dos EUA.

“Como vice-presidente, sou presidente do Senado. E vou estar em um assento”, disse Pence na sexta-feira, antes da notícia do surto de coronavírus em seu círculo de assessores. Ele acrescentou que não iria “perder a votação por nada no mundo”.

O gabinete do vice-presidente não respondeu a um pedido de comentário no domingo sobre se Pence manteria os planos. Mas sua presença pode tornar o coronavírus mais uma vez o centro das atenções no que pretendia ser um momento comemorativo para a Casa Branca, como aconteceu na série de casos que se seguiram ao anúncio de Trump no Rose Garden, em 26 de setembro, sobre a indicação de Barrett.

Em carta no domingo, o líder da minoria no Senado Chuck Schumer, democrata de Nova York, pediu aos colegas que “votem rapidamente e a uma distância segura” e evitem se reunir no plenário do Senado.

“O descuido deles com a saúde e segurança de seus colegas e funcionários do Capitólio reflete o descuido com a saúde e segurança dos americanos durante esta crise”, escreveu Schumer.

Comentários de Meadows

Para aumentar os problemas do governo, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, disse em entrevista no domingo à CNN disse que os EUA “não vão controlar” o coronavírus, que matou mais de 225 mil americanos.

“Não vamos controlar a pandemia”, disse Meadows. “Vamos controlar o fato de termos vacinas, terapêuticas e outras áreas de mitigação.”

Biden, em comunicado, disse que os comentários de Meadows sinalizam que “eles desistiram de seu dever básico de proteger o povo americano”.

A resposta à pandemia do governo pesou na campanha de Trump o ano todo. A média das pesquisas nacionais do RealClearPolitics mostra Biden com vantagem de 8 pontos. Cerca de 57% dos americanos desaprovam a condução da pandemia por Trump e apenas 39% aprovam, de acordo com pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada na última quarta-feira.

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