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(Bloomberg) — A indústria de transporte marítimo global registra sua melhor fase desde 2008, pois a combinação de demanda crescente por produtos e colapso da cadeia de suprimentos sob o peso da Covid-19 eleva ainda mais os preços do frete.
Quer se trate de navios porta-contêineres gigantes, graneleiros com milhares de toneladas de carvão ou embarcações especializadas para transportar carros e caminhões, os lucros estão em alta.
Com a frota mercante transportando cerca de 80% do comércio mundial, os ganhos atingem todos os segmentos da economia. O boom de 2008 trouxe uma enorme onda de novos pedidos de navios, mas a expansão foi rapidamente desfeita pelo colapso da demanda, quando a crise financeira desencadeou a mais profunda recessão global em décadas.
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As causas desse boom são duplas. Primeiro, a reabertura econômica após os lockdowns, que impulsionou a demanda por bens e matérias-primas. Paralelamente, o coronavírus continua a causar problemas nas cadeais de suprimento, congestionando portos e atrasando navios. Tudo isso limita o número de embarcações disponíveis para transportar mercadorias pelos oceanos. E trouxe grandes ganhos para o setor de transporte marítimo nos últimos meses.
A bonança é concentrada no transporte de contêineres – onde as taxas batem novos recordes, mas não se limita ao segmento. O setor de transporte marítimo registra os maiores ganhos diários desde 2008, de acordo com a Clarkson Research Services, parte da maior corretora de navios do mundo. Os únicos lanterninhas são os mercados de petroleiros e gás, onde pressões de baixa estão em jogo.
“Não tenho certeza se a tempestade perfeita explica, é simplesmente espetacular”, disse Peter Sand, analista-chefe de transporte da Bimco.
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O transporte de contêineres continua sendo a estrela. Agora o custo para transportar uma caixa de aço de 12 metros da China para a Europa é de US$ 14.287. O valor representa aumento de mais de 500% em relação ao ano anterior e eleva o custo de transporte de tudo, como brinquedos, bicicletas e café.
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