Tarifas de Trump podem reduzir déficit dos EUA em US$ 4 tri, diz órgão do Congresso

As atuais taxas tarifárias podem não se manter, pois as negociações com os parceiros comerciais e os desafios legais internacionais estão em andamento

Reuters

Presidente dos EUA, Donald Trump, ao lado do secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, enquanto Trump faz anúncio sobre tarifas na Casa Branca, em Washington, D.C., Estados Unidos
2/04/2025
REUTERS/Carlos Barria
Presidente dos EUA, Donald Trump, ao lado do secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, enquanto Trump faz anúncio sobre tarifas na Casa Branca, em Washington, D.C., Estados Unidos 2/04/2025 REUTERS/Carlos Barria

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WASHINGTON (Reuters) – O aumento de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as importações vindas de parceiros comerciais pode reduzir o déficit nacional em US$4 trilhões na próxima década, estimou o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) nesta sexta-feira.

Se a elevação das tarifas por Trump continuar, o aumento da receita poderá reduzir os déficits primários em US$3,3 trilhões e cortar os pagamentos federais de juros em US$700 bilhões na próxima década, disse o CBO, um órgão independente do Congresso.

As atuais taxas tarifárias podem não se manter, pois as negociações com os parceiros comerciais e os desafios legais internacionais estão em andamento.

Mas a receita tarifária adicional poderia ajudar a compensar os aumentos de déficit provocados pela lei de corte de impostos aprovada neste ano. O CBO estimou que isso aumentaria o déficit em US$3,4 trilhões na próxima década.

A dívida federal dos EUA é de US$37,18 trilhões, de acordo com o Departamento do Tesouro. Ela tem crescido tanto sob governos republicanos quanto democratas, conforme o Congresso continua autorizando o governo federal a gastar mais dinheiro do que recebe.

A estimativa mais recente do CBO representa um aumento em relação a junho, quando foi prevista uma redução de US$2,5 trilhões nos déficits primários e um corte de US$500 bilhões nos gastos com juros.