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A empresa ou a marca que você admira é coerente do ponto de vista social? Ela aplica no dia a dia as causas que costuma defender nas redes sociais?
As corporações serão questionadas, com uma frequência maior, a fazer isso, segundo o estrategista de comunicação Marc Tawil, jornalista que já foi nº 1 LinkedIn Top Voices e que foi duas vezes TEDxSpeaker.
Ele foi o entrevistado desta semana do podcast Aqui Se Faz, Aqui Se Doa, produzido pelo Instituto MOL e pelo Movimento Bem Maior, com o apoio do InfoMoney. O 34º episódio do programa analisa as relações entre investimento privado social, comunicação e sociedade, em um mundo em profunda transformação desde o início da pandemia, e contou com a participação da CEO do IDIS, o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, Paula Fabiani.
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“É inevitável que as marcas e as empresas vão ser cobradas cada vez mais a dizer de qual lado estão em determinados pontos. Então, uma empresa que diz ser a favor da igualdade racial vai ter que comprovar quantas pessoas pretas ela tem no seu conselho. Uma empresa que diz ser não misógina, ela vai ter que comprovar que tem mulheres no conselho”, disse Tawil (ouça aqui a entrevista completa).
Com as crises sanitárias e econômicas causadas pela Covid, aumentaram as doações feitas por corporações no Brasil.
O podcast divulgou os números do Monitor das Doações da Associação Brasileira de Captadores de Recursos que mostram que, entre março de 2020 e julho de 2021, foram doados cerca de R$ 7,1 bilhões como resposta à pandemia. Desse total, R$ 6 bilhões vieram de empresas.
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Outros dados de destaque, citados pelo programa, foram o do Brasil Giving Report de 2020. Essa pesquisa apontou que 86% dos brasileiros concordaram que as empresas devem apoiar as comunidades locais. Mais um ponto interessante é que 71% afirmaram estarem mais inclinados a comprar produto ou serviço de uma companhia que doe a causas sociais ou que apoie a comunidade.
Tawil afirmou acreditar que houve um despertar de consciência para as causas sociais por parte das empresas e que essas sementes plantadas em 2020 já começaram a germinar.
“As empresas já se ligaram que o impacto vai além da distribuição do dinheiro ou da compra de cesta básica. Ele inclui a própria inclusão, com perdão da redundância. Inclui a diversidade, os grupos”, declarou.
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Ele pontuou que, após 16 meses de pandemia, vê uma transformação nos hábitos dos consumidores, que estão mais exigentes, criteriosos, cuidadosos com a saúde, econômicos e voltados para as suas famílias. E essa mudança afeta em vários elementos, como na comunicação que é feita por empresas e entidades.
“A gente está dando um reset nas relações. E essa relação de consumo, de comunicação, de conversa também vai passar por isso. Não consigo mais conceber que a pessoa se aproxime de mim com uma conversa de fevereiro de 2020. Eu já estou mudado”, exemplificou.