Sputnik V: vacina russa contra Covid é 92% eficaz, diz estudo preliminar

A Sputnik V é a segunda vacina contra a Covid-19 a apresentar resultados preliminares na fase 3 de testes, um dia depois do anúncio da Pfizer

Equipe InfoMoney

(REUTERS/Dado Ruvic)

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SÃO PAULO – Nesta quarta-feira (11), o Instituto Gamaleya, instituição russa de pesquisa, anunciou por meio de comunicado que a Sputnik V, primeira vacina desenvolvida no país contra o Sars-CoV-2, apresentou 92% de eficácia na prevenção da Covid-19.

Os dados preliminares ainda precisam ser revisados por cientistas e publicados em revista científica para serem confirmados. Ainda de acordo com o comunicado, a definição da eficácia veio após “o cálculo baseado em 20 casos confirmados de Covid-19 entre os indivíduos vacinados e entre aqueles que receberam placebo”.

A pesquisa, atualmente, envolve 40 mil voluntários na fase 3 – que é a etapa final. Mais de 20 mil deles já receberam a primeira dose e outros 16 mil receberam as duas doses. Os dados foram demonstrados após uma análise realizada 21 dias após a administração da primeira dose.

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O Instituto Gamaleya informou ainda que não houve eventos adversos inesperados durante os ensaios e que o monitoramento dos participantes ainda está em andamento.

“O uso da vacina e os resultados dos testes clínicos demonstram que ela é uma solução eficiente para parar a disseminação do coronavírus, uma ferramenta de prevenção, e esse é o mais bem sucedido meio para derrotar a pandemia”, diz o ministro da Saúde, Mikhail Murashko, no comunicado oficial.

Segunda vacina a mostrar dados de eficácia

A Sputnik V é a segunda vacina contra a Covid-19 a apresentar resultados preliminares na fase 3 de testes. Na última terça-feira (10), a farmacêutica Pfizer e o laboratório alemão BioNTech anunciaram que a sua BNT 162b tem a eficácia de 90% na prevenção da doença.

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Apesar das polêmicas iniciais relacionadas à vacina do Instituto Gamaleya, como o registro antes mesmo de iniciar a última fase de testes, as etapas iniciais tiveram sua segurança confirmadas por um estudo técnico publicado na revista “The Lancet”. Nessa época, a vacina também passou a configurar na lista das imunizações disponíveis segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os recentes resultados de eficácia, porem, ainda não foram postados em nenhum periódico médico.

Além da Sputnik V, a Rússia tem mais duas vacinas na fase de testes. A EpiVakCorona, criada pelo Instituto Vektor de Novossibirsk, também está na etapa final e já foi registrada pelo governo russo. A terceira imunização, ainda sem nome divulgado, foi desenvolvida pelo Centro Chumarov e iniciou a segunda fase de testes em 4 de outubro. Ambas não constam na OMS.

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(Com agências internacionais)