Setor de serviços do Brasil cresce 0,3% em outubro e registra nona alta consecutiva

Todas as cinco atividades tiveram alta, com destaque para transportes

Agências de notícias

Caminhões trafegam no trecho do Rodoanel entre a Rodovia Castelo Branco e a Raposo Tavares, sentido litoral – 18/02/2016 (Foto: Francisco Carlos Ferreira/Estadão Conteúdo)
Caminhões trafegam no trecho do Rodoanel entre a Rodovia Castelo Branco e a Raposo Tavares, sentido litoral – 18/02/2016 (Foto: Francisco Carlos Ferreira/Estadão Conteúdo)

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O volume do setor de serviços do Brasil cresceu 0,3% em outubro em relação a setembro e teve alta de 2,2% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Este foi o nono resultado positivo seguido, período em que acumulou alta de 3,7%.

O número ficou levemente acima do esperado. A projeção média de analistas consultados pela Reuters era de alta mensal de 0,2% e anual de 2,2%.

O volume de serviços está 20,1% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e renovou o patamar recorde da série histórica. Essa é a maior sequência de resultados positivos desde o período de oito meses compreendido entre fevereiro e setembro de 2022, quando houve crescimento acumulado de 5,6%.

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 O acumulado no ano foi de 2,8%. Em 12 meses, alta também de 2,8%, reduzindo o ritmo de expansão frente ao acumulado até setembro (3,1%).

Todas as cinco atividades tiveram alta, com destaque para transportes (1,0%), que emplacaram o terceiro resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 2,4%, renovando o ápice da sua série histórica.

O transporte aéreo e o rodoviário de cargas foram protagonistas novamente. “O aéreo tem crescido por conta do maior número de passageiros transportados, o que se reflete em maiores receitas para as companhias aéreas. E o aumento das receitas das empresas de transporte rodoviário de cargas cresce, em grande medida, por conta dos fretes realizados para o escoamento da produção agrícola, que terá safra recorde neste ano, e de entregas oriundas do comércio eletrônico”, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

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Os demais avanços do setor de serviços vieram de informação e comunicação (0,3%), que reduziram o ritmo de expansão frente a setembro (1,2%); de outros serviços (0,5%), que tiveram o quarto avanço seguido, com ganho acumulado de 3,4%; e dos profissionais e administrativos (0,1%) e prestados às famílias (0,1%), ambos com ligeiros acréscimos após recuo no mês anterior.

“Os serviços de TI, dentro do setor de informação e comunicação, têm sido bastante demandados no pós-pandemia por conta da necessidade de digitalização das empresas. Com aumentos continuados por serviços de armazenamento de dados em nuvem, desenvolvimento e licenciamento de aplicativos, consultoria em tecnologia da informação, tratamento de dados e suporte técnico em TI”, avalia o gerente da pesquisa.

(com Reuters e Agências de notícias do IBGE)