Senado dos EUA define regras de julgamento contra Trump

Trump é o terceiro presidente dos Estados Unidos a ser submetido a um julgamento de impeachment

ANSA Brasil

(Crédito: World Economic Forum/Greg Beadle/ Fotos Públicas)

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WASHINGTON, 22 JAN (ANSA) – O Senado dos Estados Unidos definiu na madrugada desta quarta-feira (22), após 13 horas de debate, as regras para o julgamento do processo de impeachment do presidente americano, Donald Trump.

Além disso, a maioria republicana rejeitou todas as tentativas dos democratas para convocar novas testemunhas contra o mandatário. A expectativa é que o julgamento seja retomado nesta tarde.

Trump é o terceiro presidente dos Estados Unidos a ser submetido a um julgamento de impeachment. Ele é acusado de abuso de poder por ter pressionado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a anunciar uma investigação contra Joe Biden, pré-candidato democrata à Casa Branca e cujo filho, Hunter, foi conselheiro de uma empresa ucraniana de gás, a Burisma.

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Já a denúncia por obstrução do Congresso foi por ter instruído membros do governo a não prestarem depoimentos. O magnata, por sua vez, nega as irregularidades.

Ontem (21), o início da sessão foi marcado por polêmicas, principalmente porque as 11 emendas apresentadas pelo líder da oposição, Chuck Schumer, para citar testemunhas chaves e obter documentos foram barradas pelos republicanos.

A medida é mais um indício de que o processo contra Trump provavelmente será encerrado com a absolvição do presidente, que tentará sua reeleição nas próximas eleições em novembro. As regras definidas confirmam o projeto apresentado pelo líder da maioria republicana, Mitch McConnel. Segundo o cronograma, acusação e defesa terão um prazo de 24 horas – dividido em três sessões de oito horas cada – para apresentar os argumentos iniciais.

Logo depois, os senadores vão ter 16 horas para os interrogatórios. Além disso, uma outra votação irá definir se o Senado ouvirá ou não as testemunhas que não prestaram depoimento durante a fase de investigação na Câmara.

Os democratas querem ouvir os principais assessores da Casa Branca que trabalharam em estreita colaboração com Trump, incluindo o chefe de gabinete interino Mick Mulvaney e o ex-assessor de Segurança Nacional John Bolton.

Apesar da insistência, por 53 a 47 votos, o Senado rejeitou três propostas democratas para obter documentos e provas no julgamento. A maioria republicana também bloqueou a moção de Schumer para convocar os funcionários e as emendas para exigir o acesso a registros do Departamento de estado e do escritório de orçamento da Casa Branca.

A intimação de Bolton, que disse estar disposto a cumprir qualquer ordem desse tipo, também foi bloqueada. McConnel já havia prometido obstruir qualquer tentativa de burlar o procedimento por meio de emendas, o que, de fato, aconteceu. “Se qualquer emenda for apresentada para forçar opiniões prematuras no meio do julgamento, eu vou agir para prorrogar [a apreciação] dessas emendas”, disse.

Condenação – Para condenar Trump, serão necessários dois terços dos votos dos senadores, o que equivale a 67 de um total de 100. A oposição democrata conta hoje com 47 senadores, incluindo dois independentes. Ou seja, 20 dos 53 republicanos precisariam votar pelo impeachment, algo que, no cenário atual, só acontecerá se surgir algum fato novo.

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