Produção industrial avança 0,4% em janeiro ante dezembro, em linha com o esperado

Após nove meses de alta, o setor acumulou crescimento de 42,3%

Equipe InfoMoney

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A produção industrial avançou 0,4% em janeiro de 2021 frente dezembro de 2020, na série com ajuste sazonal, divulgou o IBGE nesta sexta-feira (5).

A estimativa, segundo compilação feita pela Refinitiv com economistas, também era de 0,4% na base mensal.

Após nove meses de alta, o setor acumulou crescimento de 42,3%, eliminando a perda de 27,1% registrada entre março e abril, que havia levado a produção ao nível mais baixo da série. Mesmo com o comportamento positivo nos últimos meses, o setor industrial ainda se encontra 12,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

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Em relação a janeiro de 2020, na série sem ajuste sazonal, a indústria avançou 2,0%. O acumulado nos últimos 12 meses teve queda de 4,3% em janeiro, mantendo a redução na intensidade de perda frente aos resultados dos meses anteriores.

A alta de 0,4% da atividade industrial, de dezembro de 2020 para janeiro de 2021, alcançou duas das quatro grandes categorias econômicas e 11 dos 26 ramos pesquisados. Diferentemente dos meses anteriores, no resultado de janeiro não predominam taxas positivas entre as grandes categorias econômicas e as atividades industriais pesquisadas.

Indústria de produtos alimentícios exerce maior influência positiva

Entre as atividades, a principal influência positiva foi dos produtos alimentícios, que avançou 3,1%, eliminando parte da redução de 11,0% acumulada nos três últimos meses de 2020.

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Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram de indústrias extrativas (1,5%), de produtos diversos (14,9%), de celulose, papel e produtos de papel (4,4%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%) e de móveis (3,6%).

Por outro lado, entre as 14 atividades em queda, metalurgia (-13,9%) exerceu o principal impacto negativo no mês, interrompendo seis meses de taxas positivas consecutivas e que acumularam expansão de 59,0% nesse período.

Vale destacar os resultados negativos em equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-10,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%), outros equipamentos de transporte (-16,0%), máquinas e equipamentos (-2,3%), produtos do fumo (-11,3%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-4,9%) e produtos têxteis
(-2,5%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda frente a dezembro de 2020, bens de capital cresceu 4,5%, a maior taxa para janeiro de 2021, marcando o nono mês seguido de alta e acumulando nesse período avanço de 148,4%.

O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (2,0%) também cresceu acima da média da indústria (0,4%), eliminando o resultado negativo assinalado em dezembro de 2020 (-0,4%). Por outro lado, os segmentos de bens intermediários (-1,3%) e de bens de consumo duráveis (-0,7%) apontaram as taxas negativas em janeiro de 2021, com o primeiro revertendo a expansão de 1,4% observada em dezembro último; e o segundo interrompendo oito meses de taxas positivas consecutivas, período em que acumulou avanço de 552,2%.

Destaques ano a ano

Na comparação com 2020, destaque para os resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 26 ramos, 52 dos 79 grupos e 57,9% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que, em 2021, o mês de janeiro teve dois dias úteis (20 dias) a menos do que em 2020 (22).

Entre as atividades, as principais influências positivas foram de máquinas e equipamentos (17,7%), produtos de metal (12,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8%), produtos de minerais não-metálicos (11,5%) e produtos de borracha e de material plástico (9,5%).

Outros impactos positivos importantes vieram de outros produtos químicos (5,4%), de produtos têxteis (21,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,3%), de metalurgia (3,6%), de celulose, papel e produtos de papel (4,9%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (6,7%) e de couro, artigos para viagem e calçados (6,4%).

Por outro lado, ainda na comparação com janeiro de 2020, entre as oito atividades que apontaram redução na produção, produtos alimentícios (-5,5%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,5%) e outros equipamentos de transporte (-36,7%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria.

Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (17,0%) assinalou, em janeiro de 2021, o avanço mais acentuado. O segmento de bens intermediários (2,3%) também mostrou crescimento acima da média da indústria (2,0%).

Por outro lado, os setores produtores de bens de consumo duráveis (-4,2%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,4%) registraram taxas negativas.

(com agência de notícias do IBGE)

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